Deixa eu completar... por Múcio Ataíde

Múcio lançou seu décimo-terceiro livro em estilo. Para uma plateia de meia dúzia, aí incluído o petiz Artur. Tive a ventura de estar entre os adultos presentes. O evento deu-se em 10 de maio corrente, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Pitangui, um amplo e iluminado salão que comporta um batalhão. Mas valeu para o pelotão.

Obreiro e pregador das letras, o Múcio, confrade e conterrâneo recantista não engana no laborioso e lavor. Enfrenta a inana e se sai bacana. A sessão transcorre tranquila, até serem acionados os alto-falantes do vizinho Bar do João do Beijo, cujas sextas, de tempos imemoriais,, são regadas e regaladas de música ao vivo, nas interpretações extraordinariamente belas da goela do próprio João. Pena é a coincidência das duas operações...

Mas vá lá, para os bons de ouvidos, uma orelha na viola, e um par delas no livro do Ataíde. Dos Ataídes, aliás, pois pai e filho compartilham nome e sobrenome ... e com seu linguajar poético, o menino envolve o homem, com a sua inesgotável volúpia de antecipar o desfecho de cada história perante a mais inesgotável ainda paciência ...e firmeza, paternas. É quase toda a obra uma louvação ao progenitor, nas mais diversas situações, sempre presente na bem cuidada narração do filho, com umas pitadas do mais fino humor cotidiano.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 18/05/2024
Código do texto: T8066181
Classificação de conteúdo: seguro