As primeiras ferramentas de gestão (parte 1)

Termina um ano e logo em seguida começa outro, um novo ano se inicia logo após o fim de outro. Começa o Ano Novo, sem intervalo para comerciais, sem pausa para o café, sem coffee break. Na maioria das vezes e dos lugares acontece um ajantarado, denominado de ceia, fato incomum durante o ano. Quem sabe uma aposta, uma simpatia, para ter fartura na mesa durante o ano que começa. Alguns recessos ou férias coletivas são promovidos por instituições entre a data do Natal (25/12) e do Ano Novo (01/01), aproximadamente cinco dias, para revigorar forças para a próxima etapa entre o Ano Novo vindouro e o Natal seguinte, um espaço de tempo com aproximadamente trezentos e sessenta dias.

O tempo é como um rio onde não se pode tocar na mesma água outra vez. Para um tempo que não volta a oportunidade de um Ano Novo. Surgem então novas possibilidades, e novas probabilidades de algo dar certo. A possibilidade de acontecer coisas e fatos que não aconteceram. Rever posições e traçar novas estratégias, para alcançar objetivos, novos e antigos ainda não alcançados. A busca incessante da direção e da perfeição. O aríete insistente em abrir as portas, recuando, avaliando e voltando com forças revigoradas, uma nova chance.

O homem é o único ser que tem a ideia de sua finitude. Observa o início e o fim do dia e da noite, bem como o início e o fim de outros seres ao seu redor. O homem precisa determinar um fim, para construir um novo início, um novo ciclo. Para isto criou as horas, os dias, as semanas, os meses, e os anos. Construindo novos inícios a partir de fins determinados, criou décadas e séculos. Finda um período para criar outro semelhante, criando assim novas chances e novas oportunidades. Saindo de uma mesmice cria objetivos para o futuro. Constrói e reconstrói o inalcançável, o futuro, a utopia.

Tudo é mensurável e se não for cria-se um modelo para tal, e outros modelos surgem em seguida. O homem contou dias e noites a partir do levantar do Sol no horizonte. Criou diferentes relógios para fracionar e medir o tempo, durante a presença ou ausência do Sol na abóbada celeste.

A presença ou ausência do Sol provocou a sensação térmica. E o homem criou instrumentos para medir a sensação térmica. Avaliando temperaturas em graus Celsius, Fahrenheit ou Kelvin, em termômetros com coluna com elementos diversos como: de cromo ou de mercúrio.

Para ausência de luz criou a lâmpada classificando sua capacidade e intensidade de iluminação por whatts ou velas, lembrando o artefato luminoso utilizado antes das lâmpadas. Deus disse que haja luz [Genesis], e o homem fez a luz. Pode transformar a noite em dia com a iluminação artificial.

Inicialmente o homem usou partes do corpo para medir comprimentos e quantidades como braças e passos; polegadas, palmos e pés. Mãos, punhados e pitadas (uma mão de milho corresponde a cinquenta espigas). Assim começam os usos e costumes,

ferramentas e instrumentos de medição. As medidas das coisas e das quantidades, a gestão do tempo, das coisas e do conhecimento.

Ainda hoje é possível medir um comprimento em polegadas ou centímetros, braças ou jardas, pés e metros. Velocidades e grandes distancias em léguas, milhas ou quilômetros. Pesos em onças ou quilos. Volumes em litros ou galões, baldes e barris.

O homem criou os linguajares urbanos para medições e avaliações. E os linguajares rurais, para as mesmas tarefas, como léguas, arrobas, acres e hectares. Criou escalas de milímetros a quilômetros, de miligramas a quilogramas e de mililitros a litros. Passou a medir distancias e tamanhos; pesos e quantidades; volumes líquidos e volumes sólidos. Com padrões de medidas pode sair do escambo para o comercio de produtos.

Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 05/01/2014 Texto escrito para: O Mossoroense – Mossoro/RN

Roberto Cardoso (Maracajá)
Enviado por Roberto Cardoso (Maracajá) em 29/09/2015
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