FIO DE ESPERANÇA

Podemos martelar nossa cuca, e martelar, e martelar. Ainda assim será difícil colocar no papel, com toda a fidelidade nossos pensamentos e desejos, e ambições. Somos seres ilimitados, criados à imagem e semelhança do Grande Arquiteto do Universo, no entanto, entretanto, ah e, portanto, regras normas e leis nos tornam pequenos e mesquinhos diante de nós mesmos e do mundo. Acostumados a viver sob o peso dessas navalhas aceitamos de bom grado, que nos seja tolhido nosso verdadeiro potencial, e vivemos de maneira pobre e inferior. Galgar os degraus da sabedoria, do conhecimento, e do amor para com nossos irmãos e com DEUS, que deveria ser nosso objetivo maior, torna-se algo cansativo e enfadonho, pois a sociedade acostumada com o pouco que oferecemos não nos cobra uma postura diferente. Em contrapartida, nos oferece prazeres fáceis e ilimitados que nos mantém a viseira do “esquecimento”. Acostumados com esses presentes, somos dia-a-dia colocados num patamar mais inferior e insignificante. Como então contestar as “conquistas alcançadas” pela visão limitada? Está tudo dentro dos padrões sociais aceitáveis! Não é mesmo? Chegamos até a agradecer tamanha bondade, e assim nos esquivamos de nossa verdadeira responsabilidade, fazendo de nosso agradecimento uma desculpa “plausível” para nossa inércia e má vontade. O individualismo cresce de maneira assombrosa e a cada dia encontra mais adeptos. Amparado pela cobiça e pelo orgulho, este mal mundial nos transporta cada vez mais para um abismo de lava e fogo, e por incrível que pareça ainda assim nos sentimos protegidos. Em pleno século XXI, apesar de toda tecnologia e evolução, vivemos como neandertais. Mas tenho esperança de que ainda será possível plantar nossas Acácias e viver sob sua sombra protetora, para finalmente sermos os donos de nossos pensamentos e de nossa vida. Deixaremos de ser Pedra Bruta, e teremos condições de construir o Templo dentro de nossos corações, do qual somos os pedreiros.