Aradia, a primeira bruxa na tradição italiana

Aradia (Herodias) é uma das personagens mais importantes da Stregheria (Bruxaria Italia), chamada de Strega Sagrada, nasceu em 11 de Agosto de 1313 d.C. em Volterra, Toscana, região Norte da Itália.

As tradições e folclore da Bruxaria Italiana contam que Aradia foi enviada a Terra por sua mãe Diana, a Grande Deusa das Bruxas e Fadas, para que ela ensinasse a Bruxaria aos homens e trouxesse o reflorescimento da Antiga Religião Pagã.

Aradia é considerada uma "Avatar" feminina; uma Deusa que encarnou na Terra para trazer a liberdade para as classes oprimidas pelo clero e pela nobreza. Sua história foi contada de geração em geração pelos Clãs e famílias de Streghe. Parte de sua história pode ser encontrada na obra do folclorista Charles G. Leland, Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane.

Stregheria (a "Velha Religião") é a bruxaria italiana. A tradição se iniciou no século XIV, com os ensinamentos de Aradia, a Feticeira Sagrada. O Sistema Strega data das civilizações pré itálicas como os Etruscos. Há muitas coisas similares entre a Strega e Wicca. A natureza é considerada como a “Grande Mãe”. Há uma antiga história baseada nos ensinamentos de Aradia, onde ela profetiza a chegada da “Idade da Filha” quando a razão irá predominar. A idéia de vida após a morte para um stregan é que ele irá retornar para os domínios de Luna assim como há Lua Cheia e voltarão à terra, assim como a lua mingua. Quando prontos, passam pelo Sol para ganharem novos corpos para seu retorno às estrelas. Há os Grigori, aqueles que vigiam , os Guardiães, e os Grimas que mantêm as tradições puras e garantem que elas sejam passadas adiante. Os Lares são os espíritos ancestrais, que podem ser chamados quando se precisa de ajuda.

Em 1890 o folclorista Charles Leland publicou um livro intitulado: “ Aradia, The Gospel of the Witches” (Aradia, o Evangelho das Feiticeiras). Em 1886, Leland se tornou íntimo de uma mulher italiana chamada Madalena, que se auto intitulava bruxa. Durante 10 anos ela deu às informações que fariam parte do Aradia. O livro tem algumas distorções quanto à visão do paganismo, mas ainda se pode encontrar informações valiosas sobre stregheria. O livro é uma interessante visão da bruxaria italiana pra-gardneriana. Leland foi o primeiro a descrever o sabá das bruxas, contando que elas ficavam nuas, celebravam e faziam amor durante a Lua Cheia. Essa visão, que é consagrada em Gardner, tinha sido compilada quase um século antes de Gardner.

Mas Leland não é a única fonte de informação sobre bruxaria italiana; no volume 3 de "Folk-Lore; Transactions of the Folk Lore Society, publicado em 1897, o autor, J.B. Andrews dá importantes informações sobre a bruxaria italiana, como por exemplo, quando ele relata sobre a "religião oculta" dos napolitanos. O poeta Horácio, por volta do século 30 a.C. também faz relatos sobre as bruxas italianas. Outros documentos antigos fazem claras alusões ao culto secreto a Prosérpina e Diana.

As bruxas italianas procuraram também a Maçonaria, para protegerem seu antigo culto. Influências maçônicas são facilmente reconhecidas quando se examina as práticas modernas. Por exemplo, o grupo conhecido como Carbonari (1820) tinha três degraus de iniciação demarcados pelos cinturões coloridos que os seus membros usavam: azul, vermelha e preta. Um triângulo marca o primeiro nível.

A Strega é dividida tradicionalmente em três tríades: Janarra, Tanarra e Fanara. Quando Aradia trouxe a Velha Religião pela primeira vez à Itália, ela ensinou seus seguidores os segredos da Terra, da Lua e das Estrelas. As Fanara são as guardiãs dos Antigos Mistérios e estão na parte nordeste da Itália. Elas guardam os segredos das Linhas Lei e das forças da Terra. As Janarra e Tanarra ocupam a Itália Central. As Janarra guardam os segredos da Lua e das energias lunares. Tanarra são os guardiões dos mistérios estelares. Eles possuem os mistérios das forças estelares.

Brener
Enviado por Brener em 27/12/2010
Código do texto: T2694324
Classificação de conteúdo: seguro