PIGMEUS

 

 

                                                     O fotógrafo Sebastião Salgado fará uma exposição de locais ainda intocados do planeta terra. Ao ler a reportagem, chocou-me saber a situação dos pigmeus na África. O fotógrafo revelou que não foi possível fotografar os pigmeus na República Centro-Africana e no Norte do Congo-Brazzaville, porque os pigmeus são muito caçados, muitas tribos africanas se alimentam deles, acham que ao comer um pigmeu adquirem potência sexual e outras coisas.      

                                               Na minha santa ignorância, imaginava que já conhecia tudo sobre o planeta. Por isso, transcrevo a seguir um relato sobre a problemática dos  pigmeus colhido em pesquisa na internet:          

 

                                                          “ Estima-se que há entre 250.000 e 600.000 pigmeus que vivem na floresta tropical do Congo.

 

Preconceito

 

Os Pigmeus africanos sofrem preconceito e opressão de outros grupos étnicos Africano, principalmente o canibalismo dos Bantos. Alguns países pretenderiam usar os Pigmeu como curiosidade turística e convertê-los em patrimônio nacional, como se se tratasse de animais raros de uma reserva. Esta é uma situação discriminatória que, nascida das diferenças entre os Pigmeu e os demais povos africanos, ainda perdura hoje.

Relatórios de Genocídio

 

O povo foi caçado e consumido como se fossem animais. Os pigmeus são vítimas muito constantes de canibalismo. As guerras contra eles foram considerados "subumanas". Há uma lenda de alguns povos banto que diz que se você encontra um pigmeu sozinho na floresta, você deve estuprá-lo até a morte e após sua morte assá-lo e comer sua cabeça, deve-se também cortar o resto do corpo do pigmeu com um pedaço para cada habitante da aldeia e distibuí-los de casa em casa, assim você trará boa sorte e boa colheita para sua tribo.

Há ampla evidência de assassinatos em massa, canibalismo e estupros de pigmeus devido à tal tradição e é feita uma investigação contra o extermínio de pigmeus. Apesar de terem sido orientados por praticamente todos os grupos armados, a maior parte da violência contra os pigmeus é atribuído ao grupo rebelde, o Movimento para a Libertação do Congo, que faz parte do governo de transição de origem banta e ainda controla grande parte do norte e os seus aliados.

Escravidão

 

Na República do Congo, onde pigmeus representam 5 a 10% da população, muitos pigmeus vivem como escravos de mestres Bantos. A nação está profundamente dividida entre estes dois grandes grupos étnicos. Os pigmeus escravos pertencem desde o nascimento até à sua morte aos mestres Bantos em um relacionamento que os Bantos chamam de honrada tradição. Chegam a ser considerados parte do seu patrimônio familiar e, como tais, são transmitidos como herança de geração em geração. Nessas condições, é o patrão negro quem responde por eles diante da sociedade. Defendem-nos em tribunais, onde às vezes os Pigmeu nem sequer têm o direito de comparecer, e conservam seus eventuais documentos públicos, que usam sem maiores controles.

Os Bantos desfrutam dos bens que os Pigmeu caçam e colhem e exigem que trabalhem em seus campos. Em troca, lhes dão retalhos velhos de tecido, alguns produtos de cultivo e até suas cabanas, quando estas já estão semidestruídas.

Danças coletivos e jogos mímicos

 

Os Pigmeus, por viverem na floresta tropical escura, quente e úmida, encontram na coleta e na caça suas formas de subsistência. Não acumulam alimentos nem bens naturais e vivem daquilo que a natureza lhes oferece. Mas nem sempre contam com o suficiente para atender às necessidades mínimas - às vezes, passam longos períodos de fome. Como os demais povos caçadores da África, nunca se interessaram nem pela agricultura nem pela criação de gado. O único animal doméstico que costumam ter é o cachorro. A mulher é muito respeitada na sociedade pigméia, e a monogamia é uma tradição tão firme que chega a ser difícil aos estudiosos explicá-la.

O homem em idade de casar busca uma esposa em um grupo distinto do seu. É uma forma de intercâmbio: um grupo cede a outro uma mulher se este está em condições de dar-lhe outra no lugar, para que o vazio deixado por uma seja preenchido pela outra.

Todas as noites, os Pigmeu costumam se reunir em danças coletivas e jogos mímicos, que são suas atividades preferidas nas horas de lazer.

Não é fácil falar da religião dos Pigmeus, porque eles não costumam expressar suas crenças com ritos externos e, além disso, a religião dos diferentes grupos não é uniforme. Geralmente, crêem  num Ser Supremo criador, que se personifica no deus da selva, do céu e do além. Crêem ainda que as almas dos bons se convertem em estrelas do firmamento, enquanto as almas dos maus são condenadas a vagar eternamente pela selva e dão origem às doenças dos humanos.

Os Pigmeus acreditam também na vida além da morte, mas não se estendem muito sobre o assunto, logo se esquecendo das tumbas de seus antepassados.

Conclusão

 

O povo Pigmeu é um povo que luta por sua sobrevivência e diferente da maioria dos homens ele só extrai da natureza o que é necessário para garantir essa sobrevivência.”

 

Gdantas