Para os cristãos, a morte não é o fim!

Uma das verdades absolutas, a morte não é bem vinda e só com muita fé, oração e pela graça de Deus ela é compreendida e aceita. Cada amigo ou parente que se vai provoca em nossa vida um abalo e, invariavelmente uma profunda reflexão sobre a nossa caminhada neste mundo. Ainda bem que a sabedoria de Deus nos protegeu: ninguém sabe a hora.

Para quem vive segundo as verdades evangélicas, a morte deve ser pensada de modo otimista e tranquilo; a fé nos garante que não se morre, mas passa-se para a eternidade, vai-se morar com Deus! Contemplar a sua face!

Entretanto, a morte pode representar o fim para aqueles que orientam sua vida segundo o materialismo, que não conseguem transcender e abraçam o sentimento de que nossa origem é a terra, e que aqui termina tudo. Para esses infelizes, que se abstraem de Cristo e da sua ressurreição, o nada acaba sendo a meta definitiva da sua existência.

Nas palavras do papa Bento XVI, "não se deve ter medo da morte do corpo, segundo nos lembra a fé, porque é um sonho do qual seremos um dia despertos". "A verdadeira morte, a que é preciso temer, é aquela da alma, que o Apocalipse chama de 'segunda morte' . De fato, quem morre em pecado mortal, sem arrependimento, fechado na orgulhosa rejeição do amor de Deus, se exclui do reino da vida."

Ainda segundo ele, no fim quem triunfa é a Vida: “não se trata de simples raciocínios humanos, mas sobre um dado histórico de fé: Jesus Cristo, crucificado e sepultado, ressuscitou com o seu corpo glorioso. Jesus ressuscitou para que também nós, acreditando n’Ele, possamos ter a vida eterna. Este anúncio situa-se no coração da mensagem evangélica. Declara-o com vigor São Paulo: «Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa fé». E acrescenta: «Se tão somente nesta vida esperamos em Cristo, somos os mais miseráveis de todos os homens» (1 Cor 15, 14.19). Desde a alvorada de Páscoa, uma nova primavera de esperança invade o mundo; desde aquele dia, a nossa ressurreição já começou, porque a Páscoa não indica simplesmente um momento da história, mas o início duma nova condição: Jesus ressuscitou, não para que a sua memória permaneça viva no coração dos seus discípulos, mas para que Ele mesmo viva em nós, e, n’Ele, possamos já saborear a alegria da vida eterna.”

A ressurreição de Cristo deve ser a nossa esperança; ela nos deixa uma certeza: também nós ressuscitaremos para a vida eterna. Aqui abrem-se os caminhos: felicidade ou infelicidade eterna? Céu ou inferno? Só Deus sabe, só ele poderá nos julgar. O Evangelho nos orienta: depende na nossa vida. Podemos alimentar nossa caminhada no Amor, na amizade com Deus e passarmos nossa eternidade ao seu lado gozando as glórias do Céu. O Céu nada mais é do que a graça de estar ao lado de Deus. Contrariamente, poderemos orientar a nossa vida independentemente de Deus, desprezando-o, ignorando-o e morrer sem sua amizade; neste caso estaremos condenados à infelicidade eterna, às amarguras do inferno, ou seja, separados, distantes de Deus e do Paraíso.

“Convertei-vos e crede no Evangelho!” Estamos vivos e muita coisa ainda é possível em nossa vida. Deus conta conosco, nos espera de braços abertos e faz de tudo para a nossa salvação. Pensemos nisso!