A Primavera corresponde ao Elemento Ar, tendo como uma de suas divindades, Zéfiro (o vento Oeste),  também considerado uma brisa suave ou vento agradável, pois era o mais suave de todos os ventos tido por benfazejo e mensageiro da  Estação da Primavera.
Esta imagem é uma pintura de Sandro Botticelli em torno de 1482, com o título – A Primavera, a qual festeja a chegada da estação. No meio de um bosque de laranjeiras, surge sobre um prado Vênus, deusa do amor e a beleza. A tela é composta de outras figuras, cada uma delas entretida com suas ações individuais. Vênus é controla as outras figuras, com um olhar despreocupando e distante, com sua mão estendida em gesto de benção, vestida de uma forma casta, bem diferente de outras imagens que a representam. Acima de Vênus está seu filho Cupido (Eros, para os gregos), que atira suas flechas de amor com os olhos vendados (cupido tem duas flechas, uma delas com a ponta de fogo e a outra de chumbo). Ao atirar a de fogo o atingido se apaixonará pela primeira figura que ver, pois o amor é cego, se for com a ponta de chumbo estará livre da paixão. A figura masculina azul que surge alada em dos cantos da tela é Zéfiro, divindade dos ventos, que penetra violentamente no jardim a Ninfa Clóris, de forma brutal e avassaladora ocasionando a curvatura das árvores e jogando-a sobre a Deusa Flora, que está um pouco a sua frente. Essa cena misteriosa é proveniente de um texto da antiguidade, provavelmente o dos “fastos”, que se encontra no calendário romano dos festivais o qual devemos a Ovídeo. O poeta descreve neste texto o princípio da Primavera como o momento em que a Ninfa Clóris se transforma em Flora e algumas flores escapam de sua boca. Zéfiro arrepende-se de seu ato brutal e para recompensá-la a transforma na Deusa das Flores, Rainha da Primavera. Os outros personagens da narrativa são as três dançarinas, conhecidas como as Três Graças (Aglaia – luminosa; Eufrosina – alegre; Tália - a que traz flores) e companheiras de Vênus. Ao lado destas, está Mercúrio, mensageiro dos Deus, com seu Caduceu que está na mão elevada, o bastão rodeado por duas serpentes, que é sua principal insígnia e, sua presença simboliza a proteção do Jardim.

Nota: As informações aqui descritas foram obtidas em minha aula na Disciplina de Iconologia e Iconografia.

verita
Enviado por verita em 24/09/2011
Código do texto: T3238859
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