Um guerreiro lutando com as armas do saber...

Chamar uma pessoa de guerreiro na atualidade parece que se tornou clichê, ficou um termo batido, desgastado, visto que as pessoas, de tanto ouvir ou ler a expressão, acabam-se acostumando e a palavra perde o seu sabor e o seu clima de provocar emoção e fazer o imaginário popular trabalhar, mas quando se refere ao professor como guerreiro, o termo mantém sua integridade, sua força lingüística, porque o professor é, de fato, um guerreiro.

Um guerreiro que não luta com armas materiais, com objetos, nem com a força física, muito embora haja seu desgaste físico, a consumação diária de seu ser nas batalhas empreendidas. Luta sim com toda a sua formação adquirida, com seu conhecimento, com informações, com o seu saber. O guerreiro para a sua sobrevivência, às vezes, mata; o professor também pratica tal ato para que sobreviva. Tem de matar a ignorância, a falta de conhecimentos de seus alunos, e é este o grande momento de sua vida, o de sua realização pessoa poder compartilhar o seu conhecimento, polarizar situações e socializar conteúdos de modo a atingir seus alunos e quando os atinge fere seus sentimentos. É o momento que sua vitória se estabelece e se firma. Ele não ao podium para receber os seus troféus que tanto merece, não ostenta os louros da vitória, não desfila perante uma multidão, não aparece na mídia, aparece sim no momento em que se quer denegrir sua imagem, mostrar suas imperfeições. Existe perfeição sobre a face da Terra? Claro que não. Perfeição só em Deus.

E o guerreiro continua em suas lutas, entrando e participando de batalhas, afinal é um ser humano como outro qualquer que quer apenas justiça, ver reconhecido o seu valor, ter um salário justo e poder desempenhar com segurança sua prática pedagógica. É o mínimo que o guerreiro precisa para que sua vitória aconteça em outros contextos de lutas.

E o guerreiro sai a campo para garimpar outros saberes, outros conhecimentos, suas verdadeiras armas as quais os mune e os leva a todos os campos de concentração aonde ele precisa ir.

E em nossos dias, o guerreiro tem o desprazer de ver também suas derrotas na desvalorização profissional, numa série de discursos e promessas que ficam apenas no papel, na fala, na perfeita oratória de governantes, que usam como um engodo numa sociedade anestesiada e com pensamentos engessados. E estas derrotas, cada vez mais, abatem o guerreiro, tiram-lhe a motivação, frustram-no e vão o deixando sem chão.

Mesmo assim, o guerreiro não desiste, continua sua luta, como professor que é e no seu papel de guerreiro e trazendo dentro de si sua grande e poderosíssima arma do conhecimento – o seu saber, pode ver sua contribuição: formador de opiniões e neste mister sua vitória é certa.

Neste dia, em que se comemora o Dia do Professor, saudemos a todos os guerreiros.

Parabéns, Professor!

Autor: Luiz Antonio Damasceno

(um professor homenageando a todos colegas)

EEEFM Domingos José Martins - Marataízes, 15 de outubro de 2011

AO “MESTRE SENHOR DAMASCENO” TODA A MINHA ADMIRAÇÃO POR SUA CORAGEM DE ENFRENTAR TODAS AS DIFICULDADES PRESENTES NA VIDA, PARA PODER TRANSMITIR CULTURA E CONHECIMENTO... OH!!! MEU AMIGO NÃO SOIS UM MERO “SOFISTA”... ÉS UM “ DOM QUIXOTE”...MAS COM UM FINAL BEM MAIS BRILHANTE!!!

TODO MEU AMOR À TI “MESTRE”!!!

(DEDICADO AO TEXTO DE LUIZ ANTONIO DAMASCENO)

BY GUTEMBERG