PALAVRA, COM E SEM CURVA

Se me perguntarem se sou contra a venda e o uso das drogas letais, a resposta é: sim. Não bebo, não fumo, e nunca vendi ou fiz uso de nenhum dos produtos acima mencionados.

A ser fato o que é diuturnamente veiculado na chamada grande mídia, no Brasil, e no resto do planeta Terra, centenas de milhares de pessoas morrem em decorrência do uso não somente do "pó", mas de diversos outros tipos de venenos que levam o indivíduo para os subterrâneos da morte. Segundo minhas pesquisas, a maioria morre antes de completar trinta anos de idade. Essas mortes acontecem no contexto da existência de poderosas organizações especializadas no fabrico e venda de drogas em suas diversas formas.

No entanto, parece-me, não seria realista ver essa realidade divorciada da superestrutura ideológica conhecida como capitalismo, na sua complexidade in toto, sem levar em consideração elementos ideológicos em suas facetas filosóficas, jurídicas e políticas das classes sociais dominantes nas diversas sociedades.

O conhecido escritor Francês, Honoré de Balzac, que escreveu La Comédie Humaine, já dizia, no século dezenove, que por trás de toda grande fortuna econômico-financeira há um amontoado de crimes, e não acho difícil de concordar com essa assertiva, lembrando que pode haver exceções.

A maioria das populações do planeta Terra não é constituída nem de super milionários ou multi bilionários. Tem em seu bojo pessoas que , no cotidiano, lutam pela sobrevivência física. Estudos, feitos por especialistas, mostram que, em pleno século vinte e um, do calendário Gregoriano, milhões de seres humanos continuam literalmente morrendo de fome, e os políticos, do belo planeta Terra, sorriem, fazendo seus belos discursos e tomando suas bebidas preferidas, isso porque as palavras dos políticos partidários são cheias de escorregadias curvas que levam ao genocídio acima mencionado.

Dentro dessa superestrutura emergem estruturas formadas de pessoas que, em sua grande maioria, nada tem a perder. Com o passar do tempo, mesmo sem cultura acadêmica, elas passam a perceber a enorme distância sócio-econômica que caracteriza as diversas sociedades espalhadas pelos diversos continentes.

O que contrasta essas estruturas e os políticos partidários é o fato de suas palavras não terem curvas, e disso já sabem os que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir. Seus membros já "sacaram" que , a depender dos políticos, o excremento continuará quase que o mesmo, pois o político em si já é uma perigosa curva, na qual só confiam os que , mentalmente, ainda não sairam do útero, da grande vagina conhecida como ignorância em seu sentido Latino, ou seja: Ignorar significa desconhecer.

Antigamente, essas estruturas eram constituídas de malandros que geralmente não passavam de batedores de carteiras, linguajar avoengo mas que reflete um passado que ainda não completou um século de existência. Para saber disso, basta ouvir os grandes compositores do belo samba Brasileiro.

Hoje em dia, pŕincipalmente em cidades do porte de São Paulo, a palavra do malandro não tem curva, e ele não é mais batedor de carteiras. Ele carrega uma metralhadora, e deixa um enorme rastro de sangue por onde passa. Ou ele compra o policial corrupto, ou vai para a guerra em linha reta, sabendo que, se ele morrer, imediatamente será substituído por outro, que também nada tem a perder. Como já disse alguém, esse é o nosso belo quadro social, constantemente lembrando que as palavras dos nossos supostos representantes políticos estão lotadas de escorregadias curvas.

IRAQUE

Iraque
Enviado por Iraque em 21/10/2012
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