Crítica do filme X-MEN: Apocalypse

Como fiz com o filme X-MEN: Dias de um futuro esquecido, escrevo sobre algumas coisas que pude observar no filme, mas sem entrar em detalhes para não tirar a graça pra quem ainda vai ver. Em primeiro lugar, é importante dizer que a nova trilogia de X-MEN: X-MEN: Primeira Classe, X-MEN: Dias de um futuro esquecido e X-MEN: Apocalypse é muito superior à primeira trilogia de X-MEN: X-MEN 1, 2 e 3. Na primeira trilogia a história estava centrada na disputa de projetos entre os dois grupos mutantes: os X-MEN e a Irmandade de Mutantes, a disputa entre Xavier e Magneto. Já nos últimos filmes se abriu o leque aparecendo os personagens do Clube do Inferno, Magneto e Mística (os dois líderes da Irmandade de Mutantes), as Sentinelas e agora Apocalypse e tudo indica que o próximo vilão será o Senhor Sinistro, como sugere a cena final depois dos créditos. O que possibilitou essa revolução nos filmes dos X-MEN foi X-MEN: Primeira Classe, até agora o melhor roteiro, que relacionou a história dos mutantes a eventos históricos de uma maneira que nenhum outro conseguiu, transcendendo o gênero de filme de herói. Dias de um futuro esquecido se apoiou num grande sucesso dos quadrinhos e em alguns dos melhores episódios da série animada clássica. Apocalypse é o maior vilão dos X-MEN e não tinha como não ser uma boa história. En Sabah Nur é o primeiro mutante, um megalomaníaco que pensa ser um deus e que defende a sobrevivência dos mais fortes. Diferente de Sinistro que é um cientista de estilo nazista, que tem uma leitura do darwinismo que o levou defender a criação através de experiências científicas de uma raça mutante pura e superior e de Magneto que é um líder de estilo messiânico mas que deseja uma sociedade livre para os mutantes, Apocalypse é um fanático que entende a seleção dos mais fortes pela luta e cultua a morte e a destruição, ele é a encarnação do mal. Esse filme resolveu todas as contradições pelas mudanças de diretor desde X-MEN 3 e fez referências a todos os outros filmes. Magneto se mostrou de novo um herói trágico e não um vilão. A história de Magneto aparece por completo; ele aparece sempre ligado aos setores oprimidos, de judeu do campo de concentração de Auschwitz a operário de fábrica no Leste Europeu, vivendo sob os regimes totalitários do nazismo e do stalinismo. Magneto sempre sofre tragédias, faz escolhas erradas e comete erros, mas se posiciona pelo que é justo e combate o verdadeiro mal. A ausência de Cable, o escolhido para derrotar o Apocalypse, foi solucionada colocando-se alguém que tem os mesmos poderes que ele para enfrentar o Apocalypse em seu lugar. E ainda se fez referência a um quadrinho clássico que é A Origem da Arma X. É um filme que vale a pena assistir. Destaque para a atuação da atriz que interpretou a Psylocke. Em suas aparições, chegava a roubar a cena, tendo sido melhor do que a Mística, que era a líder dos X-MEN nesse filme. Como era de se esperar, Charles Xavier, Magneto e Apocalypse, que representam os principais projetos políticos para a raça mutante - convivência pacífica com os humanos, luta pela liberdade e supremacia dos mutantes e a sobrevivência dos mais fortes entre os mutantes, foram os personagens que mais se destacaram.