A fenomenologia do espirito em Hegel.

Georg Wilhelm Friedrich Hegel alemão 1770-1831, nasceu em Stuttgart, o principal expoente do idealismo alemão.

Racionalista por natureza, elaborou um sistema filósofo complexo fundamentado na dialética idealista.

Procurou conciliar a Filosofia com a realidade, para Herbert Marcuse 1898-1979, Hegel foi a grande expressão do idealismo alemão, entre as suas grandes obras a Fenomenologia do Espírito, e, Princípios da Filosofia do Direito.

Para compreender o pensamento de Hegel é fundamental entender alguns aspectos do seu pensamento, o primeiro a realidade como manifestação do espírito.

Conceito herdado da filosofia de Fichte e Schelling, ampliado no pensamento de Hegel. O que significa entender a realidade como espírito, entretanto, não como substância como fora definido na filosofia de Aristóteles, como também pensava Schelling, entretanto, a realidade em movimento, desse modo, como ação do sujeito.

Para Hegel o espírito só poderá ser entendido como processo dialético, sendo que o real enquanto espírito só é possível o seu entendimento no movimento dialético nos três estágios da dialética, tese, antítese, síntese, consecutivamente.

Com efeito, as sucessivas superações as quais são apresentadas pela realidade por meio de movimentos contraditórios, desse modo, o sistema leva constante embate na permanente superação dos antagonismos.

O que Hegel Chamou de dialética, termo técnico referido na Filosofia antiga helênica na figura de Platão, entretanto, com aplicação distinta.

Hegel compreende o movimento em três momentos, processos articulados, primeiro a tese, que corresponde ao ser em si, segundo ao ser outro, a dinâmica do movimento, o terceiro, o retorno do ser para si, significando a superação das contradições daqueles instantes.

Portanto, para Hegel a realidade é um contínuo movimento, denominado de devir, etimologia herdada do pensamento de Heráclito. Todavia, todo movimento é uma preparação para outro movimento continuamente.

Para Hegel a consciência que atingir o saber absoluto, alcança a razão enquanto tal, compreendendo por meio da certeza a realidade, desenvolvendo a unidade entre o ser e o pensar.

Exatamente, nesse ponto a harmonização da subjetividade e da objetividade. A filosofia de Hegel apresenta um grande sistema filosófico, que concilia o espírito com a natureza, sendo que o fundamento condutor está na relação dialética entre finito e o infinito.

A ideia é sempre o entendimento do finito, a limitação das coisas em sua compreensão absoluta, o possível saber das coisas em si, em direção ao conhecimento da coisa plena, a busca do infinito pela finitude, a superioridade do espírito por meio da história humana.

Desse modo, o espirito subjetivo refere-se ao indivíduo, sendo que o espírito objetivo as instituições, particularmente, a filosofia, que compreende a realidade em si mesma.

Hegel ainda diz que a história é o desenvolvimento do espírito no tempo, a filosofia entende esses movimentos no uso da razão absoluta, sendo que a história para Hegel é a contínua movimentação da consciência na evolução das ideias em direção a construção de uma sociedade objetiva.

Sintetiza o saber em tudo que é real, sendo que a realidade é racional, desse modo, a mesma do ponto de vista epistemológico é compreensível logicamente, o que equivale dizer ter significação para o processo histórico, na contínua evolução do mundo pela dialética dos opostos.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 20/09/2016
Reeditado em 20/09/2016
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