Herbert Marcuse: Eros e civilização.

1898-1979.

Formulou uma exuberante obra.

Eros e civilização.

Uma junção entre as teorias de Freud e Marx.

Em análise ao desenvolvimento civilizatório.

Com efeito, a necessidade da repressão dos instintos.

Para Freud sem reprimir os instintos não seria possível o desenvolvimento da civilização.

Portanto, o combate do livre prazer em prol do trabalho.

Sendo a assim, a repressão a base do desenvolvimento econômico.

A negação do prazer em defesa do princípio da realidade.

Sem a renúncia não seria possível o Estado político.

Ideologia freudiana.

Marcuse discorda de Freud.

O diagnóstico até está correto.

Todavia, não a sua psicanalise social política.

Pois tal situação não é definitiva.

Tão somente produto de um determinado tempo histórico.

Poderá com efeito, associar desenvolvimento econômico.

Com uma sociedade não repressiva.

Para Marcuse as imposições repressivas.

São produtos de uma organização política histórica.

E não uma necessidade natural e eterna do mundo político.

Tal resultado fruto do liberalismo econômico.

Em uma civilização mais social, melhor equilibrada economicamente.

Com o desenvolvimento tecnológico.

Criaria condições em relação ao trabalho obrigatório.

Possibilitando ampliação do tempo livre.

Todavia, é necessário a intervenção humana.

Com a finalidade de mudar a trajetória da história.

Na perspectiva de uma sociedade mais justa, igualitária economicamente.

Na substituição do modo de produção.

Criando um novo Estado político, em defesa da renda distribuída.

Entretanto, se isso não acorrer.

Será perpetuado o desenvolvimento científico.

A serviço da dominação do homem.

Desse modo, a continuidade da repressão.

Criando o que o próprio Marcuse refletiu.

Denominado de homem unidimensional.

Alienado completamente.

Incapaz de desenvolver o pensamento crítico.

Não será capaz de combater a repressão.

Desse modo, não construirá sociedades alternativas.

Edjar Dias de Vasconcelos.