REFLEXÕES DO ANDARILHO O EU EM CONSONÂNCIA COM O OUTRO

Multiversos paralelos em consonância de realidades múltiplas, tudo que entra em nossa vida constrói uma realidade de mundos possíveis, onde a mente só se sincroniza em um tempo real.

A sua realidade e única em todo cosmo, pois tudo que faz parte do seu universo e recorrente a sua atração, nem sempre somos atingidos por acontecimentos que não façam parte da nossa realidade mesmo que esteja do nosso lado ou intimamente ligados a nos mesmos, como a dor do outro ou problemas de conexão existencial.

Os acontecimentos se interligam por leis naturais do próprio cosmo, não se ligando a causas explicáveis, pois o amanhã sempre vai ser uma incógnita enquanto o hoje ainda esta em movimento subjetivo com possibilidades diversas onde nem tudo vai depender de você.

E para que o outro se conecte aos seus objetivos devera haver uma Sincronicidade, ou seja uma frequência conectiva de pensamentos gerados pelo nosso próprio campo magnético.

Comandadas por frequências quânticas guiadas por conexões espaço tempo ou mais simplificado causas e efeitos, ou lei de atração, ou ação e reação, ou seja tudo que emitirmos receberemos uma resposta independente da formula usada para livre manifestação do pensamento, como em um espelho que reflete a nos mesmos.

Talvez por isso muitos resolvem viver em isolamentos pessoais para manter sua sobriedade mental, como Viktor Emil Frankl descreve em seu livro um psiquiatra no campo de concentração que e um clássico a ser lido por todos para gerar uma onda de pensamento positivo no caso de fuga de problemas que achamos não ter solução.

Pois sem universos próprios de pensamento poderemos fracassar na construção de nos mesmos, e evitar o pensamento de manada que nos levara ao caos da servidão voluntaria como descrito por Étienne de La Boétie o grande humanista.

O universo tem ferramentas próprias para sua persecução idiomática, onde nem sempre precisamos entender a língua do outro para que se tenha comunicação, muitas culturas se comunicam com símbolos como elos de ligação tempo e espaço como a própria antropológia busca comprovar estudos de conexões históricas de diferentes povos.

O pensamento pode ser real com objetos mentais pré-construídos com cores, sons, ser tocado ser sentido isso mesmo antes de ser construído, como a obra que nasce da mente de um artista, em algum lugar ela já existia, como causa preexistente.

Também pode ser irreal como o que existe em nossa própria mente sem manifestação no mundo real, como um sonho que tem gosto, som, sentimento que só atinge a nos mesmos, como uma fantasia com algo real que se torna um pensamento platônico mas de existência impossível.

Mas não há duvida de que o real e o irreal pertence apenas aquele que o sente, pois cada um e tocado a sua forma pelas informações recebidas na sua vida cotidiana.

Ao final somos a soma de nos mesmos com a subtração do que tiramos do outro e do ambiente ao qual nos conectamos, ou seja, mesmo que sejamos planetas únicos necessitamos girar em uma orbita coletiva dividindo múltiplos fatores de conexão como ar, luz, gravidade, na soma de todos os átomos que ao mudarem de posição continuam em sua forma original.

Linhas conectivas se interligam em pontes multidimensionais que se conectam por frequência de movimentos cósmicos, que são o resultado da lei da atração que se transmutam por fluxos emanados de mentes conectadas em ondas cíclicas de tempo anterior independente da união corpórea.

Sendo observado que em fluxos de espaço tempo diferentes temos formas corpóreas diferentes, podendo variar em formas gasosas, de temperatura, voláteis, de luz, aquáticas, microscópicas, sendo que todas elas são capazes de gerar ondas frequênciais possíveis de se conectarem.

Voltando a ideia inicial, temos que a energia cinética do pensamento próprio vai refletir em você o que você mesmo dispersou.

Exemplificando; pessoas negativas vão atrair pessoas negativas, os que se auto vitimizam vão atrair pessoas com a mesma linha de pensamento no qual tais forças se comunicam interagindo e criando variados grupos multidimensionais fixos sujeitos a propagação de energia negativa.

Temos os grupos voláteis que contrapõem no campo existencial os fixos, os voláteis estão em estado de transição, porem dispostos a evoluir, independente da faixa frequêncial a que se ocupem.

Os fixos seriam os que se transmutam espaço tempo sem que tenham atingido o necessário para a continuidade multiplanica, em nosso orbe os grupos fixos são como seres de concepções ideológicas imutáveis, que vivem de dogmas sem se aterem a real necessidade de mudança.

Os voláteis funcionam como um recém-alfabetizado, onde primeiro identifica uma letra, depois transformadas em silabas, palavras, frases e que tem um aprendizado continuo e estão sempre em busca de conhecimento, não se apegando a determinado ponto de vista.

Os voláteis buscam entendimentos múltiplos para formação de uma ideia critica e que assim se seguira por múltiplas existências sempre em aprimoramento independente da forma existencial a que esteja na sua continuidade cósmica.

Não devemos viver com ideias prontas e acabadas como a própria natureza nos oferece, como a pedra um pedaço de madeira, pois para nos humanos nem uma explicação se encerra em si mesma, tudo varia em tempo espaço com construção própria para cada época.

Quando o cérebro recebe uma informação ele processa e adequa segundo a própria cultura, o certo do ontem em partes variadas do mundo e o errado do amanhã, o que e certo para uma cultura e errado em outra, valores mudam e se adequam as necessidades especiais de cada povo.

A ideia de uma criança vibra em frequência mais lenta do que a de um adulto pelo fato das capacidades mentais estarem ainda em formação, e quando chega a idade adulta certas capacidades tendem a se estabilizar, e assim o fluxo continuo do desenvolvimento continuam pelo resto da vida se desfragmentando com a chegada da velhice.

E neste processo muitos seres continuam como nascem não amadurecem nunca chegando a velhice assim como nascem se tornando uma fruta verde sem nunca amadurecer apodrecendo sem gerar uma semente fértil para sua continuidade existencial guiada por outro ser.

A verdade e uma variante cósmica que serve apenas para si mesmo não tendo interferência na vida do outro, a não ser que sejamos capazes de criar uma verdade conjunta de aceitação do próximo como extensão de nos mesmos, gerando o principio da alteridade.

A vibração conjunta cria um caminho de transmutação que se conecta com o mundo real e irreal criando opções de escolhas, onde nos tornamos resultados de nossas próprias escolhas.

Afinal de que adiantaria apenas o corpo em movimento sem as faculdades mentais para o discernimento, com certeza ainda estaríamos vivendo na idade da pedra cultuando o fogo, a agua o sol como deuses.

Foi graças ao esforço de muitos que conseguimos chegar ao atual patamar existencial, com uma vida bem mais fácil de longevidade acentuada, e chegamos ao ponto de nos questionamos qual o fator fundamental de tudo isso, se a força motriz corpórea ou a força do pensamento, porem a maioria dos animais gozam de força motriz superior ao homem e continuam sujeitos passivos da própria existência.

E ao chegar ao fim desta reflexão deveremos levar em conta não só o pensamento, mas a qualidade e a formatação desses pensamentos para que tenhamos uma vida mais produtiva seguindo o processo evolutivo com contribuições para o todo.

“As fronteiras são orquestradas por homens, mas o pensamento o céu, o ar, a luz, a agua, não respeitam as leis e continuam a circular independente de leis humanas”.

Paulo Cesar de Castro Gomes

O livro contos reflexivos do andarilho do pluriverso se encontra pronto, aguardando editora para publicação.

Paulo César de Castro Gomes.

Escritor, Graduado em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira Goiânia, pós-graduado em docência universitária pela Universidade Salgado de Oliveira Goiânia, pós graduado em Criminologia e Segurança Pública pela Universidade Federal de Goiás. (E-mail. paulo44g@hotmail.com)