A explicação das três formas de amor: ágape, eros e philia e o Estado político neoliberal.

Etimologicamente existem três formas de amor, ágape, eros e philia.

Explicarei epistemologicamente cada uma das formas de amor.

o amor ágape incialmente ligado ao amor platônico, a sua filosofia, o amor pelas essências das coisas.

Pelas ideias eternas e perfeitas verdade, justiça e beleza.

Posteriormente, amor ágape platônico passou a ser associado ao cristianismo, caridade, fraternidade e justiça social.

Sem interesse a não ser pela própria grandeza divina, o pentecostalismo nega o amor ágape cristão, por ser contrário a luta pela igualdade social.

Portanto, um amor que une o homem a deus, o homem ao homem, pelo princípio de justiça, igualdade e fraternidade, substanciando exegeticamente o afeto de Jesus.

O amor eros, refere especificamente ao amor do instinto, o desejo pelo sexo, homem como animal.

Portanto, o amor erótico que leva a loucura da paixão, um amor comandado pelo mundo hormonal.

A necessidade da vida sexual, sem o eros não é possível o desenvolvimento do afeto, comandado pelo cogito racional.

O eros movimenta todas as formas de desejo sexual, entretanto, de algum modo, funcionando pelo mecanismo do instinto.

Todavia, com a formulação da cognição, o eros passou a ser racionalizado, instrumentalizado em benefício da vida sexual.

Philia amor fraternal dos amigos, a amizade, fundamental querer bem as pessoas, a felicidade consiste em uma relação fraternal mútua.

Aristóteles diz que a philia é necessária como um meio para atingir a felicidade.

Ninguém pode querer viver sem amigos, a fraternidade do outro é fundamental na construção da harmonia emocional.

Portanto, o amor eros só tem sustentabilidade, deixa de ser uma relação de instinto, quando é dialeticizado com a philia.

Em referência ao amor ágape em sua versão hermenêutica cristã, tem como fundamento a ética cristológica.

O verdadeiro amor cristão, aquele que combate todas as formas de injustiças e defende a verdadeira igualdade social entre os homens.

Portanto, fundamental entender a hermenêutica das três relações.

Não é possível viver civilizadamente sem a dialetização das três formas de amor.

Não significa que a pessoa precisa de ter fé, acreditar em deus entretanto, jamais poderá perder a dimensão do amor ágape.

Portanto, a noção correta da justiça social, do mesmo modo, a essencialidade do eros e da philia.

Exatamente as três noções negadas hoje pelo Estado político neoliberal.

A felicidade consiste no equilíbrio das três formas de amar,

na perspectiva política do Estado social liberal.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 26/02/2019
Reeditado em 26/02/2019
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