JARDINAGEM E SUSTENTABILIDADE...

Percebo o quanto o termo sustentabilidade está em moda. Lembro uma blague dita, que fala : "Faz sustentabilidade, quem tem sustança", o que se aplica aos safados que destróem o meio ambiente e despistam com obras tapa-olhos.

Concluí que ficar indignado, esperando por salvadores do mundo será uma realidade, quando não houver mais solução, para o nosso pobre meio, que hoje deve estar perto de um centésimo, se chega a tanto...

Assim fiz uma autocrítica e me perguntei: "O quê você faz para ajudar a minorar o estrago?"

Posso garantir que após pensar um pouco, estou fazendo com que eu e meus clientes em psiquiatria e consultoria de relações humanas estão sendo acordados para ajudar, por um mínimo que seja.

Assim, bolei a idéia de usar as garrafas pet cortadas ao meio e usar as duas metades com algumas perfurações nos fundos (mantendo a tampa das farrafas fechadas) dependuradas pelas bordas, por dois arames em 'S', que, que são colocados com as mudas em dois varais esticados entre pilastras no carramanchão ou outro local possível da casa, criando assim um jardim suspenso, de mini-mudas, que servem para embelezar nossa área livre, servem para serem distribuídas aos cuidadores de jardins públicos e reflorestadores de matas ciliares.

Descobri que para encher a área no entorno da casa de primaveras, basta coletar podas das mesmas, cortá-las em tamanhos de 10 a 20 centímetros, sendo que a borda plantável deve ser cortada em bizel (chanfrada), posta de molho numa metade de pet sem furos, enriquecendo a água com grãos (poucos) de uréia. Quando começam a surgirem os brotos e os esboços de raízes, com uma faca grande e forte fazem-se cortes verticais com a ponta em diversas direções, como se fora um asterisco e depois finca-se a muda no meio destes cortes. Em seguida aperta-se a terra em volta, adicionam-se grãos de uréia na superfície e comprime-se a terra para fixar a muda.

Se se pretende criar um mini-jardim com begônias e mini-rosas, o varal encanta até ao mais insensível.

Para se ter uma idéia, tenho ficado até 21, ou 23 horas plantando, após um dia de trabalho pesado, acrescentando terra tratada e economizando água. Para isto uso um regador e também pode ser adaptada uma torneira na ponta de uma mangueira, onde a quantidade certa de água é usada, sem esquichos ou sujeira.

Restos de ferros de construção, canos de plásticos de duas polegadas de diâmetro, com 20 a 30 centímetros de comprimento, limados para criarem-se dentes que cortem a terra, pés de cabras sem uso, cabos de vassouras inúteis tranasformados em extremidade ponteaguda, tem sido as minhas ferramentas, que me trazem muita alegria, pela criatividade do improviso.

Outro passatempo encorajador é fazer reuniões com pessoas que tem terrenos desocupados e ensinar-lhes a se divertirem plantando hortas, com verduras e legumes. Crio idéias para clientes aposentados, tristes, tornando-os cultivadores de palmeiras do tipo Areca bambú, Coquinho catarro; plantadores de arnica, erva dôce, e tantas hervas úteis.

Não tenho a pretenção de salvar o planeta, só quero saber que minha diversão e de meus amigos fazem bem ao nosso cantinho de meio.

Minha pretenção com este artigo é criar um canal de debate, via e-mail, para que possamos trocar nossas informações. Pretendo em breve colocar na seção de E-livros um .pps, com fotos destas experiências.

Faça parte desta distração e mande suas fotos experimentais.

Publicaremos as mais intrigantes e belas.

Abraços e produtiva vegetariedade, sustentável, sem gastos exorbitantes.

A propósito: um quilo de uréia custa no máximo R$2,00; terra vegetal está por volta de R$5,00, cinco quilos; ao comprar vasos plantados certifique-se que a planta não está confinada em outro vasinho que impede apansão das raízes, bem como o fundo do vaso pode conter pedras ponteagudas em meio à terra, que também matam a planta depressa ( média de 10 a 20 dias no máximo). Transplante-as se descobrir que estão sofrendo com a safadagem do plantador, que o encherá de vasos abandonados, como já tive muitos.

Acredite: É sensacional tentar outras descobertas!

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