Empresas que sofrem do mal de Sísifo perdem dinheiro e não consolidam o crescimento

Conta a mitologia grega que Sísifo, por ser considerado rebelde, foi condenado por toda etenidade a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha.

Sempre que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.

Algumas empresas, observando oportunidades no mercado, passam a explorá-las, aumentando seu faturamento e a complexidade para sua gestão, consequentemente sentem necessidade de implementar um processo de revisão e reorganizacão empresarial.

Motivadas, contratam pessoas, desenvolvem sistemas e novos métodos de trabalho, elevando a qualidade e a agilidade na obtenção de dados e no uso das informações, contudo acomodam-se.

Passado o período de vendas fáceis, a empresa perde faturamento e se ressente do aumento do custo fixo da organização instituída, iniciando, a seguir, o processo de cortes e reducão de gastos.

As posições que têm os salários mais altos são facilmente indicadas para eliminacão, concentrando–se as tarefas nas funcões menores e em pessoas com menos qualificação.

Os trabalhos aguardados não são os que se faziam antes do processo de reorganização, mas sim os atuais e nos mesmos prazos.

A dificuldade em cumprir essas tarefas leva a desorganização, de forma que a empresa não consegue manter o status atual do sistema e ainda prejudica o anterior.

Lembra a fábula da pessoa que vai morar em uma país estrangeiro e além de não aprender a nova língua esquece parte da sua.

Esse desarranjo leva à perda dados, desperdício de tempo e recursos, aumento de conflitos e da rotatividade dos recursos humanos.

Não existe meio termo para os sistemas informatizados, estes têm que ser alimentados de acordo com a regras estabelecidas.

Na impossibilidade, criam-se planilhas eletrônicas, como uma alternativa mais simples, esquecendo-se que estas são pessoais. É pouco provável que uma tarefa executada por uma pessoa ao ser atribuida a outra mantenha a integridade da ferramenta.

Planilhas eletrônicas são excelentes ferramentas, mas, como instrumento aberto, permite alterações e ajustes. Em 99% dos casos que tenho presenciado acontecem mudanças.

Quando não bem entendidas e aceitas são descartadas e novas planilhas são geradas com toque pessoal do usuário.

A empresa encolhe e se desorganiza, ficando despreparada para sustentar novos ensaios de crescimento.

Aparecendo uma nova oportunidade o processo reinicia, produtos são desenvolvidos, a produção é acelerada, o ambiente torna a exigir melhor organização e coordenação das atividades.

Profissionais com mais experiência são contratados e recomeça o ciclo de trabalho para obtencão de um novo padrão administrativo, com implantação de novos procedimentos e adequacão sistêmica.

Reorganizações raramente são possíveis sem conflito, as pessoas com experiência nesse ambiente poucos esforços fazem no sentido de ajudar os recém-chegados. Agem de forma passiva, sabendo que estes a qualquer momento poderão deixar a empresa.

A quantidade de recursos para levar a pedra ao cume do monte e depois ve-la descer não é pequena, contudo é o preço a ser pago pela sina da não sustenção de resultados e da posição no mercado.

Ivan Postigo

Diretor de Gestão Empresarial

Articulista, Escritor, Palestrante

Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

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Ivan Postigo
Enviado por Ivan Postigo em 22/08/2011
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