A Crise na Grécia

Li o artigo do Sr. Nivaldo Cordeiro e confirmei que a crise porque passa a Grécia nada tem a ver com o "imperialismo americano", nada tem a ver com o "capital  de exploração" ou com "banqueiro ganancioso".
De nossas contas cuidamos nós, mesmos, os donos. Se não temos bom senso, não sabemos gerenciar a nossa vida, não é culpando ou transferindo as responsabilidades que iremos mudar a situação.
Quando cometemos um erro, e errar é  de humanos, portanto inerente a cada ser humano, é preciso que se dê um, dois, vinte passos para trás, em busca de acertar o que foi feito equivocadamente ou, errado. Temos de rever as contas, economizar e seriamente, aos pais ´é o que os economistas dizem na TV quase diariamente em suas sugestões econômicas, para ajudar o cidadão a  evitar ou a arrumar sua economia doméstica. Não adianta pedir pros vizinhos, pros amigos sempre que a situação sair do controle. Há um tempo de liquidar os débitos, de aperto, de vacas magras sob pena de se cometer o calote, e quando precisar ninguém irá emprestar ou, se emprestar será sob condições mais rígidas porque ninguém é obrigado a sustentar ninguém em suas maluquices econômicas.
A Grécia foi desajuizada. Gastou mais do que podia, mais do que produzia. E agora, se debate na crise e acusa quem emprestou , quem lhe ajudou de explorador. Uma pena.

 
 
Escrito por Nivaldo Cordeiro | 07 Julho 2015
Artigos - Economia


A Grécia tornou-se a prova viva do fracasso econômico das esquerdas políticas, cujo programa é seguido em toda parte.


As manchetes de todos os jornais do mundo, nos últimos dias, estão debruçadas sobre o caso da crise econômica da Grécia. Os jornalistas fingem que não sabem o que vai acontecer: quebradeira generalizada, desemprego astronômico, queda brutal do PIB, paralisação dos investimentos, fuga de capitais. Isso era possível de ser evitado? Não. A Grécia vem de muitos anos de irresponsabilidade fiscal, tendo a relação dívida/PIB explodido desde 2008, estando hoje em quase o dobro do produto.

A quebra da Grécia afetará o mundo? De forma alguma. A Grécia é um país pequeno e os únicos que sofrerão com o default serão os próprios gregos. Será como foi no caso argentino. Os gregos serão excluídos dos mercados internacionais, não poderão ter suprimento regular de suas necessidades de importação, o sistema bancário será destruído e a formação de poupança também. E, claro, não receberá investimentos externos.

O que houve com a Grécia para se chegar a esse estado de coisas? Basicamente, a Grécia concedeu benefícios demais, direitos demais, aposentadoria precoces demais e gastou como se não houvesse amanhã. É claro que o disparate econômico não pode ter vida longa. Sim, a Grécia tem feito ajustes sucessivos desde 2010, mas sempre de má vontade, meia-boca, e sempre fraudando estatísticas e informações para as autoridades europeias. Seus governos perderam credibilidade. O fato é que nenhum investidor porá dinheiro para ser torrado em gastos improdutivos, a fim de manter a boa vida de quem não trabalha. O fim da linha chegou para a economia falsificada.

Só uma coisa sensata poderia ter sido feita pelos gregos: fazer o melhor acordo possível com os credores, alongando o passivo e atendendo às exigências de austeridade (na verdade, ao bom senso) impostas. Mas os governos recusaram e agora o próprio eleitorado recusou os ajustes, em plebiscito. É a um suicídio nacional que estamos assistindo. A Grécia poderá regredir para uma situação equivalente à dos anos Trinta ou até de antes. Vai empobrecer brutalmente. Esse empobrecimento, todavia, é o menor dos males. O pior é ser excluído das trocas internacionais e ter uma economia desorganizada, no limite da inoperância. Sem moeda, o processo de trocas é impedido e chega-se ao colapso. A fome endêmica será o corolário inevitável. O caos será instalado.

A Grécia tornou-se a prova viva do fracasso econômico das esquerdas políticas, cujo programa é seguido em toda parte. Não é possível distribuir riquezas que não foram produzidas e nada supera o livre mercado. As esquerdas querem distribuir a riqueza dos outros, tomando empréstimos com o propósito definido de não pagar nunca. Isso não existe. Se a relação dívida/PIB sai do controle o país entrará em espiral descendente, no rumo dos infernos.

O único autor do drama grego é sua própria gente, por sua vez seduzida pelas propostas irrealistas das esquerdas populistas, que prometem tudo para se eleger. O desastre é inevitável e está em curso. Ninguém chorará pelos gregos, menos ainda os banqueiros.


 
Nivaldo Cordeiro
Enviado por MVA em 12/07/2015
Reeditado em 13/07/2015
Código do texto: T5308175
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