OS VALORES EM CAIXA

POESIA, RIQUEZA E RAZÃO -continuação

306 -Mas o que conterá nos caixas, se não vai haver moedas?

-Como a moeda simboliza, o valor que se tem na mão,

o que estiver nos tais caixas, seria só num talão!

307 -Então seriam usados cheques?

-O talão em referência, seria um controle pessoal,

que cada possuidor usaria, pra saber seu capital!

308 -Fale-me sobre capital.

-Desde as principais cidades, até um pecado mortal,

ou dinheiro ajuntado, isto tudo é capital!

309 -Sobre as principais cidades.

-Uma bela capital, eu posso isso dizer;

não seria a maior cidade, em um estado a conter!

310 -O que seria uma perfeita capital de estado?

-Se uma cidade conter, uma nobre população;

onde uns ajudam outros, numa nobre união;

não existindo favelas, pra não servir de refrão,

diria ser a tal, perfeita, rainha da região!

311 -Podes falar-me sobre favelas?

-Dessas eu falarei, mas o assunto é cruel;

pois quem mora em barracos, tem a vida como fel!

312 -Continue, mestre.

-Entre meus medonhos sonhos, que na vida já sonhei,

foi viver a realidade, quando numa eu morei!

313 -O senhor já morou em favela?

-Sim, num barraco muito pobre, e até me apaixonei

por uma jovem: Nazaret, de quem nunca esquecerei!

314 -Como era Nazaret?

-Meiga como uma flor, rainha da humildade;

Não possuía riqueza, mas tinha sinceridade!

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