O desafio de ensinar e aprender uma Língua Estrangeira

O ensino - aprendizagem de um segundo idioma é sempre um desafio, tanto para quem ensina como para quem aprende. Por isso é de suma importância que, desde o início da aprendizagem da Língua Estrangeira, o professor desenvolva a autoconfiança em seus alunos, para que eles acreditem na capacidade de aprender.

Talvez, o educador não consiga desenvolver todas as habilidades em seus aprendizes, como a leitura, compreensão e produção oral e escrita, no entanto, ele pode fazer de sua adequada mediação um caminho para que os alunos possam extrapolar o momento da aula, levando-os à autonomia.

Nesse sentido, salienta-se a necessidade de conhecer o que o aluno pretende de fato com o aprendizado de uma segunda língua, ou seja, o porquê de aprender Inglês, Espanhol, Francês...? Quais as vantagens de aprimorar o uso da Língua Estrangeira?

O aprendiz deve receber incentivo do professor para que as aulas consigam atingir o esperado e uma das possibilidades relatadas nos estudos realizados é a de que, se o aluno conhecer a cultura do povo da língua alvo, pode ocorrer um despertar e um interesse maior em sala de aula. Sendo assim, as aulas com exclusivos exercícios de cópias e tradução, repetição e textos descontextualizados devem ser substituídas por atividades lúdicas que explorem outros recursos (Jogos de computador, gravador, TV, jornais, revistas em quadrinhos) segundo as possibilidades da escola, a fim de que o aluno se conscientize de existência de conexão entre o que é estudado e seu entorno social.

O ensino da Língua Estrangeira não apresenta uma fórmula para garantir a assimilação imediata e sabe-se que o professor recebe diversas influências quando aplica uma aula, por isso é importante ressaltar que haja um equilíbrio para gerir a reação dos alunos, pois, a postura do mediador da nova língua, interfere diretamente na evolução ensino/aprendizagem do aluno, assim como, o traço afetivo é capaz de determinar alguns fatores no processo de aquisição, gerando reações diversas que podem ir da insegurança à apreensão.

De acordo com as Diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), ao longo do ensino da língua estrangeira, no ensino fundamental e médio, espera-se que o aluno seja capaz de ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer. Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas; reconhecer que a aquisição de uma ou mais línguas permite acessar bens culturais da humanidade.

Ainda, citando o PCN-EF (1998:82), a avaliação da compreensão escrita deve ser um processo integrado e contínuo. O professor precisa, portanto, “aconselhar, coordenar, dirigir, liderar, encorajar, animar, estimular, partilhar, aceitar, escutar, respeitar e compreender o aluno”.

No entanto, se algumas medidas não forem tomadas, no sentido de conscientizar o professor da necessidade de uma reorganização no método de ensino, a fim de alcançar os objetivos da proposta educacional, a cada ano, o aluno concluirá o Ensino Médio, mais despreparado para ingressar no Ensino Superior ou atuar no mercado de trabalho. Sem essas mudanças, o que foi mencionado no PCN e considerado ideal, não sairá do papel.