EDUCAÇÃO E PRECONCEITO: A INCLUSÃO DO PRECONCEITO E A EXCLUSÃO DE PROFESSORAS OBESAS NA POLÍTICA DE GERALDO ALCKMIN

Dá pra acreditar nisso? O próprio governador de São Paulo eleito por gordinhas e magrinhas, feinhos e bonitinhos, analfabetos e letrados, portadores de necessidades especiais e “normais” levanta a bandeira do preconceito contra pessoas gordas ou “obesas”. Sempre combati qualquer tipo de preconceito em sala de aula e nas aulas de História faço questão de levantar assuntos ainda considerados tabus e polêmicos na sociedade machista e conservadora que é a sociedade brasileira. Só me faltava essa, o governo não aceita pessoas “obesas” como professores ou professoras.

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Extraído na íntegra do Portal Universidade que se encontra no endereço http://www.portaluniversidade.com.br/noticias-ler/professoras-barradas-por-excesso-de-peso-e-uma-questao-legal-e-nao-de-aparencia-diz-alckmin-/957

Professoras barradas por excesso de peso é uma questão legal e não de aparência, diz Alckmin

02/ Fevereiro 2011

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu nesta manhã que obesidade pode ser motivo para barrar a contratação de professores. Questionado sobre cinco profissionais que denunciaram ao jornal Folha de S.Paulo não terem sido aprovadas no exame médico por conta do peso, ele afirmou nesta manhã que “não é uma questão de aparência, mas legal”.

Segundo ele, os critérios técnicos são estabelecidos pelo estatuto do funcionário público, que exige "aptidão física". O governador, no entanto, disse que cabe recurso. “Caso o resultado do exame de saúde tenha sido considerado injusto, as pessoas podem recorrer. Se houver algum erro será imediatamente corrigido.”

De acordo com a reportagem, cinco mulheres com peso entre 90kg e 114kg, que haviam passado por concurso para efetivação na rede foram reprovadas no exame médico. Duas delas teriam ouvido dos médicos que a obesidade as reprovaria.

Ao todo, o Estado aprovou 9.304 novos professores aprovados em concurso no ano passado.

O sindicato dos professores (Apeoesp) divulgou nota de indignação com a decisão de impedir a contratação de obesas. "Nós temos reivindicado que o governo de São Paulo convoque todos os 56 mil aprovados no recente concurso e que realize mais concursos públicos para docentes na rede estadual, tendo em vista que faltam professores de diversas disciplinas e que não é mais possível manter um contingente tão elevado de professores não efetivos na maior rede de ensino do país. Entretanto, além de não atender nossa reivindicação, o governo estadual ainda utiliza justificativas inaceitáveis para impedir que candidatos aprovados tomem posse.", afirma a nota.

O secretário de Educação, Herman Voorwald, não quis falar sobre a questão da obesidade e disse que esta é uma questão da Secretaria de Gestão, responsável pelas contratações. Ele e Alckmin foram à escola estadual Roldão Lopes de Barros, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, para anunciar a entrega de 4,5 milhões de kits escolares na volta às aulas na próxima semana.

Uma das funções sociais e compromisso ético da educação e de qualquer que se diz professor é combater qualquer tipo de coisa que configure um preconceito ou uma discriminação, que por vezes velada, se apresenta no modo como as pessoas se relacionam, nas brincadeiras e falas espontâneas. Na África do Sul, Nelson Mandela foi preso por defender idéias subversivas, 30 anos de sua juventude foram simplesmente cerceados e desrespeito ao direito à liberdade e exercício de sua cidadania fez de Mandela um ícone reconhecido no mundo inteiro. Mas antes desse grande personagem, o Sr. Stephan Bico já havia feito história, havia feito a sua luta para tentar acabar com o “Preconceito Legal” existente contra os negros africanos do Sul, e o jornalista que cobriu o assassinato desse herói, teve que mudar, muitas vezes de cidade para fugir da perseguição que sofrera. Depois de Stephan Bico vieram muitos contra outros na luta contra o apartheid. Esse regime horrível, repugnante e que vai contra todos os princípios humanos era consolidado pela própria Constituição do país dirigido por uma minoria branca de origem inglesa que haviam migrado como colonizadores e exploradores da África, movidos pela sede de lucro imperialista do século XIX. O apartheid estava presente no cotidiano das crianças negras que tinham que estudar em escola separada, até as escadas eram separadas, igrejas, e os negros adultos, crianças e velhos, as mulheres, todos tinham que viver nesse regime separado dos brancos, eram proibidos de morar nos grandes centros, como que se o destino dos negros fosse a periferia.

Assim como o regime do apartheid foi combatido na África do Sul, é dever da educação e de seus agentes combater qualquer tipo de preconceito, dever dos professores, diretores e diretorias e sindicatos lutar contra o que vem acontecendo na Educação. A cada dia que passa os governos oriundos do PSDB inventam uma maneira de acabar com a profissão-professor. Primeiro inventou provas com o intuito de REPROVAR, DESQUALIFICAR e DESMORALIZAR esse profissional inventaram um “cursinho barato e remunerado” para os novos efetivos que se não passarem numa avaliação do governo não poderão assumir o concurso, pense, duas vezes a pessoa é avaliada, então para que o concurso, se terá que fazer outra prova depois de um curso meia boca e oline? O que mais vão inventar para acabar com a profissão-professor? Como não dá para vencer essa categoria pela força, depois de enviar tropas de choques e verdadeiros arsenais bélicos, agora tenta-se acabar com a carreira do professor através de LEIS como a PLC 1093

Audiência Pública contra a PLC29/09: veja as críticas!

Extraido do site http://www.udemo.org.br/Audiencia%20puclica%20plc%2029.htm

“O deputado Carlos Giannazi (PSOL) acusou o projeto de ferir vários princípios legais, entre eles o que determina que a comissão para a escolha de critérios para a evolução funcional seja composta de forma paritária entre integrantes indicados pela Secretaria da Educação e pelos representantes das entidades representativas dos integrantes do magistério.

Giannazi alertou ainda que somente 20% dos professores poderão ser beneficiados em cada avaliação, o que exclui 80% de um suposto aumento salarial. O deputado disse que, enquanto o governo oferece um projeto injusto e ilegal, continua criminalizando a categoria dos professores, responsabilizando-os injustamente pela falta de qualidade na Educação. O parlamentar exibiu slides mostrando escolas em péssimas condições de conservação, o que, para ele, acontece por conta da corrupção pesada que impera no setor. "Um caso de polícia.”

O petista Adriano Diogo declarou ser o PLC 29/09 "um dos mais cruéis dos projetos destinados ao conjunto dos educadores, por estabelecer a meritocracia". Diogo mencionou conceitos do ideário liberal e neoliberal, derivados, segundo ele, da Teoria da Evolução das Espécies elaborada por Charles Darwin. Conforme suas afirmações, o biólogo e economista Tomas Malthus fez a adaptação da citada teoria ao campo da sociologia, estabelecendo o conceito da sociedade de classes ou de castas. Para Diogo, a apropriação desse pensamento pelos liberais é responsável por uma visão elitista da sociedade, ou seja, "da escolha dos melhores" para projetar a evolução social, o que, para ele, é a essência do pensamento por trás das tais PLCs. Já lutamos contra a 1093 e tantas outras, mas Serra veio e passou o seu serrote encima de todos, agora, Alckimin continua a saga e transforma o aparelho do Estado numa máquina de destruir professores. Os políticos do PSDB são uma máquina de destruir escolas e outros patrimônios públicos nesse país, não é possível, parece que estou nos tempos da DITADURA onde os governos ao ficarem descontentes com algum movimento editavam um novo ATO INSTITUCIONAL para tentar destruir aquele suposto movimento. Quantos companheiros foram vitimados pelo AI-5? Pois é, quantos serão vitimados hoje lelas PECs do governo em São Paulo? Quem quer ser professor? Pergunte, faça uma pesquisa: ninguém quer mais ser professor. Por quê?

DEPOIS DAS PLCs A OBESIDADE SE TORNOU UM CRIME EM SÃO PAULO

Como as PLCs não bastaram para ferrar os professores passaram a enfrentar o criminoso ASSÉDIO MORAL dentro das unidades escolares, vivemos na ERA DA PERSEGUIÇÃO NEOLIBERAL. O governo passou a exigir que os peritos que avaliam pedidos de licença por doença neguem e indefira de prontidão qualquer pedido de afastamento, por isso, tem professores surtando, endoidando em sala de aula, quebrando carteiras e saindo na mão com alunos que estão ali só para provocá-lo. Alunos têm levado aparelhos celulares escondidos só para forçar um professor a soltar uma piadinha em forma de brincadeira puxada pelo próprio aluno para gravar e ferrar de vez com a carreira do professor. Carros são amassados nos estacionamento das escolas por vingança. O que mais o governo quer? Acabar com os professores, é isso, depois de PLCs, proibir afastamentos em caso de doença, retirar as abonadas dos professores novos reduzindo-as a apenas duas por ano, depois de garantir uma “estabilidade” com 12 horas aulas apenas ao professor estável que não passasse nas provas, exigências e mais exigências a última cartada do governo foi essa...

Impedir professores obesos de assumir seus concursos dignamente prestados e aprovados. Foi o que aconteceu com as duas professoras do Estado de São Paulo. Tem base?

A Folha recebeu vários comentários sobre esse caso. Veja esse comentário:

Nelson Semeraro (96) - SAO PAULO/SP disse: “É possível vetar qualquer pessoa dependendo da área profissional. Se fosse num desfile de moda, só seriam aceitas as modelos anoréxicas, muito comum! Agora, no caso de uma professora, só é aceitável o veto no caso de problema em sua capacidade profissional, jamais por causa de sua aparência! Isso é um absurdo!”

As críticas dos representantes sindicais

"O PLC 29 não é o que queremos para o magistério", declarou Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeoesp. Ela pediu que a carreira seja reconstruída, pois foi muito prejudicada pela política de bônus e gratificações. "E no mais", disse, "o projeto não repõe os 27,5% de perdas anteriores e não contempla os aposentados".

Marco Antonio Soares, secretário de Direitos Humanos da Confederação das Entidades do Magistério, somou-se aos pedidos de retirada do PLC 29. Ele refutou os salários atuais citados pelo secretário Paulo Renato, dizendo que não são a realidade. Acusou ainda o governo estadual de assediar moralmente os trabalhadores da Educação, culpando-os pela falta de qualidade em um sistema que não conta com os recursos necessários.

Ilda Rodrigues Tanque, do conselho da Apampesp, lamentou a situação do aposentados e criticou a forma como esses profissionais da Educação vem sendo tratados pelos sucessivos governos no Estado. Ilda defendeu o direito dos aposentados a uma vida digna e concluiu: "Não somos desimportantes como querem fazer crer os governantes. Somos úteis, pagamos nossos impostos, consumimos como qualquer cidadão e merecemos o respeito que nos é devido".

Carlos Ramiro de Castro, do Conselho de Administração dos Servidores, protestou contra o não reconhecimento pelo governo estadual, pela Assembleia e pelo Tribunal de Justiça, da entidade que, como declarou ele, continuará a funcionar oficiosamente apesar disso. Carlão afirmou considerar muito triste assistir a pessoas que antes defenderam a democracia, agora que governam, adotarem posturas autoritárias. Ele citou especificamente como exemplos disso o secretário Paulo Renato e o governador Serra.

O representante do Centro do Professorado Paulista, José Maria Conselheiro, destacou que ninguém do magistério é contra a valorização profissional, mas que essa valorização não pode acontecer sem salários dignos. E também apontou que a atual escassez de profissionais na Educação já havia sido prevista pela categoria e concluiu: "Que pai, mãe ou padrinho dirá, na atual circunstância da categoria, a seu filho ou afilhado que ingresse na carreira de professor?"

Luiz Gonzaga Pinto, da Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo), reclamou do item do PLC que obriga os temporários a terem quatro anos de vínculo com a Secretaria da Educação para realizarem a avaliação. "Os 108 mil professores temporários terão que esperar quatro anos para participar da primeira prova. Além disso, o projeto exclui benefícios importantes, conquistados com muita luta, como a licença-prêmio. Luiz Gonzaga classificou como lastimáveis os índices que medem a educação. "Eles espelham problemas sérios no setor".

Maria Cecília Mello Sarno, diretora presidente da Apase (Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo), reclamou da falta de diálogo por parte do governo.Para ela, a qualidade do ensino vai piorar, pois um salário desse nível não vai atrair ninguém para o magistério". E perguntou: "É para ter esse tipo de diálogo que lutamos tanto pela democracia? Queremos reajuste já, que cabe, sim, no Orçamento do Estado".

Para finalizar e refletir sobre a profissão-professor, deixo aqui esse texto do gênio Jô Soares:

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO!

(Jô Soares)

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

É jovem, não tem experiência;

É velho, está superado!

Não tem automóvel, é um pobre coitado;

Tem automóvel, chora de "barriga cheia'!

Fala em voz alta, vive gritando;

Fala em tom normal, ninguém escuta!

Não falta ao colégio, é um 'caxias';

Precisa faltar, é um 'turista'!

Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos;

Não conversa, é um desligado!

Dá muita matéria, não tem dó do aluno;

Dá pouca matéria, não prepara os alunos!

Brinca com a turma, é metido a engraçado;

Não brinca com a turma, é um chato!

Chama a atenção, é um grosso;

Não chama a atenção, não sabe se impor!

A prova é longa, não dá tempo;

A prova é curta, tira as chances do aluno!

Escreve muito, não explica;

Explica muito, o caderno não tem nada!

Fala corretamente, ninguém entende;

Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário!

Exige, é rude;

Elogia, é debochado!

O aluno é reprovado, é perseguição;

O aluno é aprovado, deu 'mole'!

É, o professor está sempre errado...

Mas se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!!!

Quem hoje critica os professores só sabem criticar porque aprenderam alguma coisa com esse profissional. Ao invés de malhar os professores feito o Judas da história, malhem a política tucana que acaba com qualquer projeto de uma educação ou coisa pública que funcione. A destruição da educação começa lá de cima e não aqui debaixo, está no projeto do governo, um projeto neoliberal que visa reduzir gastos.

APELO DE UM PROFESSOR

"Srs. Pais, hoje pela manhã levantem assustado, pensai que estava numa sala de aula, mas foi só um pesadelo. Na aula, eu pedia aos alunos que elogiassem uns aos outros, mas eles começaram a colocar apelidos horríveis em seus coleguinhas. Enquanto eu ntentava escrever na lousa, eles arremessavam bolinhas de papeis do Kide-educação do governo e me acertavam. Em um momento, todos começaram a jogar as carteiras uns nos outros e eu olhei para o corredor para ver se tinha alguém para me socorrer, mas o coordenador estava ocupado em sua mesa preenchendo papeis para a Diretoria de Ensino, a Diretora estava organizando os documentos atrasados para levar à Diretoria, a inspetora estava no andar de cima tentando colocar alunos de outras salas para dentro, pois eles saiam sem autorização do professor e passeavam pelo pátio da escola. Na sala em que eu estava alguns alunos dirigiam-se uns aos outros com apelidos, agrediam-se mutuamente com palavrões, etc, então, propus uma redação e o tema era: “Eu, um retrato de meu pai e de minha mãe”. Nessa hora o pesadelo acabou e eu acordei assustado e vi que estava em minha cama e em minha casa!"

Sabem o que eles escreveram na redação? Nada!

Eles não tinham o que dizer, por que tudo que eles iriam dizer eram mesmas coisas que aprendiam e ouviam dentro de casa: os palavrões, o modo que o pais os tratam a mãe é o mesmo com que tratam seus coleguinhas de sala de aula. Tem criança que não leva desaforo para casa e La fora vai à forra e tira satisfação com coleguinhas, sabem por quê? Porque seu pai não leva desaforo pra casa, e ensina isso ao filho desde cedo, então ele põe em prática onde? Na escola, é claro. Não aceita ser chamado a atenção pelo professor, e agride se for preciso. O machismo do pai manifesta e o pequeno polegar vira um monstro!

Todos os alunos sabiam ler e escrever no sonho, mas todos entregaram a folha em branco, e em todas estavam escrito no rodapé: “Não sei o que dizer!”

Talvez você que critica professor, nem vai a escola para ver como seu filho está se comportando, talvez ele não leve desaforo para casa como você lhe ensinou. Pense: por que muitos professores se afastam? É mais fácil criticar esse profissional do que enxergar as verdadeiras razões que o levam a tantos afastamentos.

Você passaria um mês em sala de aula, com o seu filho impedindo você de avançar com sua proposta de ensino, ele simplesmente não abre o caderno ou apostila para realizar exercícios. Você seria professor de uma criança assim, que não fosse seu filho?

Quanto tempo passaria em uma sala de aula? Trocaria de lugar com o professor de seu filho apenas por uma semana?

Dizem que chumbo trocado não dói, então que tal inverter os papéis, e ficar um dia na sala de aula com um bando de alunos terríveis e mal educados? Ao final irá dizer: “Esse professor é um santo!”

Muitas mães e pais estão passando a mão na cabeça de futuros bandidos. Pais complacentes, alunos insubordinados. Quer formar um novo bandido? Dê tudo ao seu filho, o vídeo-game, o brinquedo que ele quer, arminhas de jatos d’água para ele fazer guerrinha “sem nenhuma maldade com outras crianças”, faça todas as vontades de seu filho e terá criado um monstro. Dizem que na Inglaterra, quando uma criança nasce, os pais lhe dá um livro de presente. Aqui os pais dão arminhas de brinquedo, bola de futebol, carrinho para os meninos e bonecas para as meninas se tornarem cedo boas mamães e donas de casa, algumas ganham até eletrodomésticos e verdadeiras cozinhas de brinquedo para aprenderem a serem donas de casa. Cuidado, depois poderás expriri a célebre frase de César: “Até tu, Brutus!”. Sem identidade e sem encontrar uma referência no pai e na mãe, as casas estão se tornando um laboratório de cientistas malucos (os pais) estão criando verdadeiros “Fanquiteis” dentro de casa, com remendos e pedaços humanos herdados dos seus antepassados fazem de seus filhos uma colcha de retalhos e tentam compensar neles os maus tratos que receberam ou não receberam de seus antepassados. Uns querem compensar o castigo e todo o sofrimento que tiveram que passar em sua trajetória até o serviço quen hoje realiza dizendo: “Não quero isso pro meu filho”, então passa a dar tudo para o filho, e na hora de corrigi-lo, simplesmente se cala. Outros, por nem ter sofrido castigo algum de seus pais e acostumados a ganhar tudo, hoje repetem o mesmo. Uns sofreram demais, outros nunca soube o que é sofrer para dar valor. Tudo isso vejo em sala de aula: uns são muito rebeldes sem causa alguma e indisciplinados, outros são mudos, calados, porém, não fazem nada.

Dependendo do trato que recebem, os filhos podem virar monstro e os pais podem ser vitimas tanto quanto os professores, de seus próprios filhos, olha o caso de Suzane Louise von Richthofen. Não faz tanto tempo e os noticiários deram a seguinte noticia:

“Estudante de direito vai para o motel depois de matar os pais com a ajuda do namorado e abre discussão sobre os motivos da violência doméstica”.

Universitária, bonita, nascida em berço privilegiado, Suzane Louise von Richthofen, 19 anos, tinha tudo para um futuro promissor, mas o que fez? Matou os próprios avós. Não queremos mais monstros, por favor pais, olhem como estão tratando seus filhos e como estão mandando eles para a escola. Professor não é psicólogo, nem pais, sacerdote, pai-de-santo com poderes mediúnicos para lidar com os demônoios da indisciplina que atormentam seus filhos. Pais, eduquem, dêem a eles os princípios de berço e o professor cumprirá a sua função de ensinar sem ficar louco e sem se afastar. Numa outra matéria intitulada “A Menina Monstro” do blog “Por de trás das grades” trazia o seguinte tema:

“Entenda o que é Parricídio”, e um pouco abaixo o autor dava a dimensão de um crime hediondo.

“31 de outubro de 2002, o engenheiro Manfred Von Richthofen e sua mulher, a psiquiatra Marísia, são assassinados á pauladas enquanto dormem em sua mansão em São Paulo.A filha do casal, Suzane Louise Von Richthofen é condenada a 39 anos de prisão apontada como a mentora do crime, executado pelo namorado e o irmão, conhecidos como “Cravinhos”.Um plano bem pensado para o trio, uma saga monstruosa para a polícia, prato cheio para a mídia.” (http://pordetrasdasgrades.com/blog/?p=231)

Com tanta violência, não adianta jogar a culpa nos professores, na falta de condições econômicas, porque as atrocidades está em todas as classes. O que é preciso é repensar em que tipos de cidadãos queremos para o futuro, e é preciso começar a pensar a partir dos pais, o tipo de educação que se está dando desde o berço para depois pensar nas escolas. A educação primária é a de berço e não da escola, a da escola é intelectual e secundária.

As políticas educacionais precisam ser repensadas, o governo é o maior responsável pela violência instalada nas escolas, as famílias são culpadas pelos “frankensteins”, neonazistas preconceituosos que se encontram por ai na sociedade agredindo e matando pessoas. Ao invés de “remendos humanos” que não se identificam uns com os outros, gostaria de ter ALUNOS que querem aprender, sedentos do saber e amantes do conhecimento. Mas para isso é preciso mudar a visão dos governos, dos pais e o aluno será fruto disso. O professor também será fruto de uma mudança estrutural que começa dentro de casa e termina na escola.

Com certeza, os ecos de uma boa educação de berço e os ecos da educação oferecida pelas escolas poderão repercutir no topo do poder, nas lideranças e na mentalidade da população quando tudo isso somar-se a uma mudança de foco na política educacional dos governos. Até agora as políticas estão focadas nos gastos e consideram um desperdício investir na boa formação, a começar pelos professores que não podem fazer novos cursos pelo tempo e pelo salário que ganham, a carga de um professor é de 40 horas semanais com um salário de 1300 reais. Um curso particular por aí custa d3 300 a 500 reais e até mais, somando isso às dividas necessárias o que sobraria para o professor? Uma merreca. E o tempo de aperfeiçoamento? Não existe isso com 40 e até 62 aulas. Quem agüenta? Você agüentaria? Trocaria a fábrica por uma sala de aula? Veja bem, nem um cafezinho digno o professor tem direito, você tem lanche na fábrica, FGTS, se ficar doente e for constatado que não tem mais condições fica na “Caixa” e é aposentado por invalidez, o professor não tem nada disso, e se não tiver mais condições o mesmo é READAPITADO e fica trabalhando dentro da escola, só que em outro setor. E se der um surto na pessoa? Ela continua lá. As políticas tucanas não são focadas no SER HUMANO, professores e alunos são vistos sabe como?

GASTO!

Isso mesmo, gasto público, é assim que o governo vê as escolas, por isso a pressão encima dos professores que depois das PLCs, as políticas educacionais no governo Alckimin culminam agora em discriminação proibindo professoras obesas de assumirem concursos, para isso, usam como pano de fundo o que chamam de Perícia Técnica. Precisamos combater a política de exclusão do governo e sermos mais solidários, principalmente em um governo que acha que o PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO, dai a instituição de provas e avaliações que a nada avaliam e nem respeita profissional algum da educação. Concurso sim, isso é dignidade, provinhas é simplesmente uma esculhambação da profissão-professor, um meio de desmoralizar essa categoria já que não garante segurança alguma a quem faz: provinhas não garantem salário, pioram a auto-estima do professor transforma esse profissional num "inimigo" do aluno sem que ele queira e mal visto e mal quisto na sociedade que não sabe como são e como funcionam as demoníacas e sagaz artimanhas do governo tucano, cuja finalidade é cortar gastos públicos, e o alvo principal das propostas NEOLIBERAIS é eliminar, além dos gastos com serviços gastos sociais como saúde, segurança e educação, é uma política que ELIMINA também os profissionais dessas árias, principalmente o PROFESSOR ou a PROFESSORA, uma espécie em extinção. Tá na hora de juntos gritarmos...

- Save the teachers!

- Save the Schools!

Save public education and free

Save the educacion!

Salvem os professores e professora, salvem as escolas s, salvem o ensino público e gratuito.

Please!

Salve a educação!