A ERA DA CAÇA ÁS BRUXAS NA EDUCAÇÃO RECOMEÇOU

Até o momento em que se deu aula como contratado temporariamente, sem problemas. Bastou passar no concurso para que o governo dissesse: Você não serve mais!

A política do governo do estado de São Paulo parece mesmo odiar a profissão-professor. Não bastou barrar professoras obesas de assumir seus cargos como efetivas após concurso, agora ele barra, impede de assumir quem já teve depressão. Quem tirou, ainda que seja poucos dias de licença por deprê deve ter ficado ainda mais deprê após o “INÁPTO” dado pela perícia médica, claro, isso é uma decisão e pressão de um governo que não respeita acima de tudo um ser humano, que enquanto estava submisso a um mero contrato temporário lhe servia, mas como passou num concurso, é “inapto” para esse governo. Não adianta culpar o médico perito, e a justificativa de que foi a perícia técnica é quem determina é um argumento falso de um governo que se esconde atrás da capa. O perito só faz aquilo que o governo manda, e isso ouvi da boca de um perito. Quando tive que me afastar por 15 dias por depressão. O perito olhou o meu histórico e disse: “Você é um bom funcionário, quase não se afasta e como seu último afastamento foi de poucos dias e em 20002, vou lhe conceder parecer favorável a estes 15 dias que se afastou. Mas fique sabendo que a ‘ordem do governo’ é que eu negue e indefira a todos os pedidos de licença”, foi taxativo.

Veja, o perito deixou muito claro de onde vinha a ordem. Parece que estão lidando com máquinas e não pessoas com sentimentos e que estão sujeitas em qualquer momento ter um momento de crise como é comum a todo ser humano que adentra ao mundo do trabalho. Logo logo vão ter que estudar o histórico da família para barrar professor, porque, há casos mais ou menos propensos à depressão, conforme a genética determina. Veja o que diz uma matéria feita com um especialista, a matéria diz: Depressão é doença hereditária!

“Está mais do que comprovado que a depressão é uma doença que precisa ser tratada, mas muitos ignoram esse assunto.” Muitos, eu diria, e principalmente o governo que não está nem ai com os professores. A matéria continua e fala da relação esposa-marido-filhos:

“Quando o casal é depressivo, os filhos podem ter 75% de probabilidade de herdarem a doença dos pais.”

Quantos professores e professoras não se enquadram nessa estatística dos 75%, antes de ingressarem no magistério?

A matéria fornece alguns dados interessantes, que facilitam o entendimento de quem é ou não propenso à depressão:

• Filhos de pais depressivos: a chance é de 75%.

• Pessoas viciadas em bebidas ou droga ilegal.

• Pessoas com deficiência física: o que fazer com esta, mata?

• Pessoas com doenças crônicas como diabetes e câncer.

• Pessoas com traumas psicológicos advindos da infância ou da adolescência.

A matéria vai mais longe, quando diz que no Brasil a incidência depressão é de:

• 15% para os homens.

• Mulheres, 25%.

O professor de medicina da USP Rodrigo Dias afirma: “É importante que a doença seja diagnosticada mais cedo pela família, para que possa ocorrer um encaminhamento para o tratamento. Além disso, a família também precisa aliar-se ao enfermo, diz o psiquiatra e professor.

Agora eu perguntaria: se é uma doença hereditária, então, como condenar alguém por isso? Como tirar-lhe o direito a ter um trabalho? Quem pode ou não estar dentro dos 75%? Isso, só um estudo encomendado e bem aprofundado poderia dizer, mas de antemão posso afirmar que na estatística de 75% enquadram-se policiais, professores, médicos, advogados, juízes, promotores, governos, empresários, enfim, todos podemos nos encaixar dentro dessa estatística sem saber. Agora pense comigo: já pensou se um governo fosse impedido de assumir por conta disso? Com certeza muitos seriam barrados, e José Serra, por exemplo, não teria passado nem perto do posto de governador. Bem que antes das eleições poderia se fazer um estudo aprofundado para todos saberem quem poderia ou não estar dentro dos 75%, assim o povo não elegeria certos políticos, principalmente os tucanos. Que tal o senhor Geraldo Alckmin encomendar esse estudo para seus secretários e para todos os funcionários do alto escalão que atuam no setor da educação, a começar por ele próprio, Secretaria de Educação, diretorias regionais até chegar aos diretores e demais funcionários que atuam na educação e/ou privada, porque não é porque trabalho numa escola particular que não me enquadre nessa estatística, a priori, todos estão propensos até que se prove o contrário.

Se fosse encomendada essa estatística sobre os políticos, iríamos encontrar muitos propensos e inaptos a exercer o cargo que assumiram após as eleições.

A visão desse governo é nazista e fascista, porque é uma política que exclui a partir da origem, então se puderem descobrir antes, não haverá lugar no mercado de trabalho para quem for pego no exame exame anti-depssão do governo. No futebol foi adotado o exame anti-dop, nesse governo para os professores foi adotado o anti-deprê, e muitos caíram ai. É o caso de alguns professores que passaram no concurso em 2010.

A decisão do governo além de fascista é também de desrespeito aos professores da rede pública, primeiro foram vetados o os obesos, depois os de miopia e agora quem teve depressão e por conta disso teve que se afastar. Essas atitudes são uma demonstração do preconceito, além disso, são atitudes que denotam desrespeito aos direitos fundamentais da pessoa humana e aos direitos adquiridos por aqueles que participaram de um concurso e nele aprovados, conclui o Fax da Apeoesp.

É meus amigos, a coisa está feia, estamos diante de um governo preconceituoso, que usa o seu poder para dizer quem pode ou não ter emprego na educação, só falta a suástica como símbolo, já que a origem também é determinante para quem quer galgar a carreira de professor. Ah, quase ia me esquecendo: cuidado ao usar óculos de grau, já que os míopes estão sendo barrados. Não terão lugar nesse governo: os míopes, os “gordinhos”, os ex-viciados em alguma coisa (certa vez uma professora me confessou que quando era mais jovem usou maconha, hoje, é uma professora mais madura e atua sem problemas na sala de aula), quem fez por acaso uma tatuagem em época do calor das emoções, cuidado, logo isso poderá reverter contra você, cuidado também com o uso de pearce, a cor da pele, algum tipo de deficiência física etc. Estamos vivendo um momento delicado, que mais parece uma ditadura fascista do que democrática.

Vivemos em tempos de exclusão velada que acontece em nome da inclusão!

Trata-se de uma inclusão para excluir. Primeiro inclui-se o aluno, depois exclui-se o professor. Tratado como coisa nesse processo perverso, o professor já não pode mais ficar doente, tem direito a apenas 6 atestados médicos por ano, sendo dói por mês, logo, não pode ficar doente mais que seis vezes por ano e duas vezes no mês. O governo é como um “deus” que determina quem vai adoecer, quantas vezes pode ficar doente e se passar da quantia estabelecida, perde os dias. Quem pode determinar a que hora, quando, em que momento e quantas vezes se pode adoecer num ano ou mês?

Até então eu pensei que as condições de saúde do ser humano estivesse associada às suas condições econômicas e as condições de alimentação, que por sinal é bem precária para os professores, maioria deles passam o dia na escola e come porcaria, e já que não dá tempo de fazer uma boa refeição, tem que se contentar com um cafezinho preto ou um chazinho quase transparente fornecido pela cantina. Que organismo agüentaria isso? Além disso, tem as doenças psicológicas que afetam essa categoria que fica exposta às violências do bairro e dos alunos o tempo todo. Mas já que os governos tucanos quem determinam quem vai viver ou quem vai morrer, e não Deus ou as condições precárias em que vivemos, então Deus são eles: os tucanos que ocupam há 20 anos o governo de São Paulo!

Já que estou falando dos governos

Oxalá pudesse esquecer a truculência de um governo que dizia ser do povo

Suportamos na pele a truculência,

Exageros de um governo

Sem diálogo ele mandou

Espancar quem protestava

Reacionário e ditador

Reticente quando o assunto fosse o tema educação

Assim foi o ano inteiro, mas logo renunciou, candidatou-se a presidente e ai se estrepou!

SAI JOSÉ, ENTRA GERALDO: o que mudou?

Pena que nada mudou. Continua tudo do mesmo jeito. Continuamos sofrendo com os descasos de um governo tucano, e se comemoramos “O Fora José”, o que haveremos de comemorar agora que entrou Geraldo? Se ano passado poderíamos perguntar “E agora José?” Ele se calou, mas a resposta veio com Geraldo que adotou novas regras pra excluir o professor.

Graças a esse governo

Educação não é vista como investimento, é gasto inútil

Rechaçar quem não lhe interessa, é a moda deste governo

Assim economiza mais e pode desviar mais dinheiro da educação

Lugar para quem tem problema de obesidade, miopia e depressão?

Deus me livre, diz governo pronto pra excluir

Ode aos professore!

Aos míopes e aos gordinhos...

Linda essa política, não?

Como se o professor fosse o único culpado, um “bode expiatório”: o que fazer com ele?

Klick apenas um botão e tudo estaria resolvido: pronto, lá vem a solução!

Inapto!

Mal formado!

Isso é o que diz o governo, sem qualquer reflexão

Não diz que sua política é a desgraça da nação e que está levando à falência...

O bem mais precioso de um país, sem o qual ninguém progride.

Não se chega a lugar algum se não tiver educação!

Alguns dados e informações que se encontram neste artigo foram extraídos de:

Aprendiz: aprendiz.uol.com.br/cont/stuveprude.mmp

Apeoesp: APEOESP.org.br/test/Fax_1211.pdf