ANÁLISE DAS IDÉIAS DE SÓCRATES À LUZ DE SEU TEMPO E A EDUCAÇÃO HOJE.

ANÁLISE DAS IDÉIAS DE SÓCRATES À LUZ DE SEU TEMPO E A EDUCAÇÃO HOJE.

Sócrates viveu entre 469-399 a.C, época em que o ideal humana era o homem belo e de valor, ou seja, uma pessoa de estirpe, um nobre,atlético, orador, o excelente em tudo. Atenas, cidade de Sócrates, é o centro de saber da Grécia e, como centro cultural importante, haviam as figuras mais importantes da época, como poetas, retóricos, em fim, era uma cidade repleta de intelectuais.

Dentro deste quadro cultural é que viveu Sócrates, o qual começa a questioná-lo, dando início assim a um verdadeiro combate entre os valores antigos dos “mestres” gregos e dos novos valores de Sócrates, provocando desta forma, uma crise no modelo de educação dos gregos. Sócrates, rompendo com esta tradição, cria um novo modelo de educação baseado no diálogo, onde ele parte dos problemas do dia-a-dia, propondo perguntas e encaminhando a discussão. Em seu diálogo usa uma técnica chamada maiêtica, a qual tem como objetivo fazer seu interlocutor parir as idéias.

Para Sócrates, a educação deviria formar o homem por inteiro, não somente em beleza estética, capacidades atléticas e esportivas, nos feitos heróicos. É necessário, segundo Sócrates, uma reflexão sobre a vida e a qualidade de vida. Enquanto que o objetivo da educação grega era a glória, a riqueza, a saúde, a honra, o que significava a felicidade, Sócrates propõe como caminho à felicidade, o conhecimento, mas não qualquer saber e, sim o saber autêntico. A ignorância é a causa de todo mal. O homem só pratica o mal, por não conhecer o bem.

O método de educar de Sócrates e, que também foi um dos motivos de sua condenação, é de questionar os valores instituídos, desalojando “certezas”e ensinando a pensar. Para ele, pensar é propor problemas e buscar soluções em conjunto.

O método dialético, ou método de investigação socrático, ainda hoje pode contribuir com a educação. As principais contribuições do método de Sócrates são: a) Partir da experiência do estudante e, este busca respostas em seus próprios conhecimentos e experiência; b) desperta o pensamento crítico, pos o professor analiza as possíveis conseqüências da intervenção do aluno e dar ênfase ao processo de raciocínio do estudante, o qual deve pensar por si mesmo; c) retira do aluno a resposta correta para a problemática; d) o aluno chega à verdade, quando aprende a pensar corretamente.

BIBLIOGRAFIA

SOFISTE, Juarez Gomes. Sócrates e o ensino da Filosofia: investigação dialógica: uma pedagogia para a docência da pedagogia. Petópolis, RJ: Vozes, 2007

REZENDE, Antonio (org.) Curso de Filosofia para professores e alunos dos cursos de 2º grau e de graduação. 13º edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2005

OS AVANÇOS DAS IDÉIAS CIENTÍFICAS DO SÉCULO XVIII Á LUZ DO PENSAMENTO CARTESIANO E, SUA IMPORTÃNCIA NO FAZER CIENTÍFICO DA ATUALIDADE.

Considerado o fundador da ciência moderna, viveu do final do século XVI à metade do século XVII (1590-1650). De origem francesa e, inconformado com sigo mesmo por sentir que ainda não chegara à verdade que tanto procurava. Após várias viagens pelo mundo, entra em contato com a teoria copernicana, tendo como objetivo, conciliar ciência com as “verdades”do catolicismo.

Descartes escreveu várias obras, das quais destaca-se O Discurso sobre o Método e As Meditações Metafísicas. Todos os seus escritos foram proibidos pela Igreja em 1662. A época de Descartes era de muitas perturbações políticas sociais e religiosas. As teorias de Galileu questionaram as concepções aristotélicas do cosmo e, portanto, desafiaram a autoridade da Igreja. A Reforma havia também desafiado e questionado o catolicismo, o qual até então se achava dono do saber.

Nestas circunstancias, Descartes tenta demonstrar que não há incompatibilidade entre as verdades das ciências e as verdades da fé cristã.

Enquanto que para Aristóteles, o homem é animal político, para Descartes, o homem é um animal racional. No início de seu discurso sobre o método, ele afirmava a igualdade de direitos, do bom senso ou razão. Ou seja, todos têm a capacidade para julgar o certo ou o errado. O que ocorre é que nem todos utilizam corretamente a razão, por isto é necessário um método.

O racionalismo, como fruto do cartesianismo, constitui-se como uma supervalorização da razão, tendo como objetivo chegar ao conhecimento de todas as coisas. A verdade aceita é somente aquela compreendida e demonstrada racionalmente. Só a razão conhece. Portanto devem ser excluídos dogmas religiosos, preconceitos sociais, etc.

A contribuição de Descartes ( e também de Galileu ) foi de grande importância para todo o conhecimento científico, desde do século VXIII até aos dias atuais. Valorizando a razão, dá-se autonomia ao homem e, este sente-se liberto e capaz de transformar a natureza. Graças à sua filosofia, o homem dedicou-se à ciência, compreendendo assim até o que lhe parecia incompreensível.

A obra de Descartes ( O discurso do método ) continua sendo uma referência para o fazer científico, tanto nas academias como para qualquer pessoa que se dedica às ciências. O método da pesquisa científica de hoje é resultado e fruto do método de Descartes. Não se chega ao conhecimento científico sem se seguir rigorosamente um método científico.

BIBLIOGRAFIA

SOFISTE, Juarez Gomes. Sócrates e o ensino da Filosofia: investigação dialógica: uma pedagogia para a docência da pedagogia. Petópolis, RJ: Vozes, 2007

REZENDE, Antonio (org.) Curso de Filosofia para professores e alunos dos cursos de 2º grau e de graduação. 13º edição. Rio de Janeiro. Jorge Za

Tete
Enviado por Tete em 28/03/2011
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