Ganhando por produção

A preocupação de quem visa um bom desempenho profissional precisa estar ligada à ambição, o que, em geral, não acontece na realidade. Isto pode ser verificado no enorme contingente de profissionais que se limitam as suas áreas de atuação. Isso é válido quando ele diversifica e cria dentro dessa área, mas infelizmente não é o que ocorre com a maioria. O exemplo mais significativo dessa evidência ululante, podemos encontrar no grande número de profissionais que tem medo de arriscar.

O medo, nesses casos, diz respeito à suposta garantia trabalhista representada pela estabilidade no emprego, carteira assinada, férias, fundo de garantia e outros benefícios de fachada que induzem à dependência e à inércia. Isto está evidenciado nas filas dos bancos para recebimento de seguros desemprego, fundos de garantia que tem por objetivo acomodar o sonho do desenvolvimento. Chega a ser alarmante a preferência por um salário fixo à dedicação a uma função de venda, por exemplo, com uma pequena ajuda de custo e com a possibilidade de multiplicar por dez aquele salário oferecido.

De dez pesquisados, invariavelmente, sete ou oito vão escolher o salário fixo. Isto mostra como o homem é destituído de ambição e rondado pelo medo de arriscar. Quantos morrem dentro de um emprego público porque implantaram em suas mentes a ideia de que a estabilidade era tudo o que queriam porque anularia a possibilidade de se tornarem desempregados? Esqueceram que uma habilidade técnica, linguística, ou uma capacidade comprovadamente indubitável os colocariam acima da média e os fariam disputados no mercado ou uma ambição empresarial os levaria ao topo da realização profissional. Mas, não; tudo o que queriam era tirar o máximo do governo sem dar de si o mínimo suficiente. O trabalho por produção é aquele que, de fato, demonstra a capacidade profissional.

Às vezes horas gastas dentro de um escritório podem não refletir a intenção de beneficiar a empresa, mas de querer aparecer para o chefe. Já a produção verdadeira traz satisfação à empresa, sentido de realização profissional e, quando remunerada por comissão, pode enriquecer a ambos. Saber que cada mês pode ser diferente do anterior e que tem, no mês seguinte, as chances de dobrar o salário, só isso já traz o ânimo de dar de si o máximo. Sendo assim, não é o número de horas trabalhadas que conta, mas o que se produziu nas horas em que se dedicou ao trabalho.

Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 04/01/2012
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