A arte da compreensão é fruto do silêncio.
O Estado de Amor é o prêmio da compreensão.
 
 
Eis a sua cantiga que aninha a vida
 
Dentro do silêncio,
quando a luz chegar
portando a simplicidade,
apenas navegue em suas ondas,
não pense.
 
Ouça sua música
e dance sua dança
em seu doce balançar
aí suas vagas irão crescer
e banhar as praias
ressequidas pelo pensar
 
que cria pedras onde se pode tropeçar.
 
O pensar
não traduz sua beleza,
mata sua vida,
aniquila sua liberdade.
 
Não a prenda,
deixe que dance,
que te beije
e então,
pousará em seu coração
presa pelo amor que ali mora
saudoso desse dançar
tecendo aí um ninho
com a plumagem das nuvens do céu
que guarda entre seus fios de alva lã
a suavidade da brisa
que se esconde
na sutileza do canto
do tilintar das estrelas
 penduradas no céu
onde aninhará carícias para sustentá-lo.
 
Ela não é daqui.
 
Vem de dentro do dentro
de um outro Universo
no alento da intuição.
 
Nossos adjetivos
são tristes,
 velhos,
feios,
não podem sequer tocá-la
então,
como descrevê-la?
 
Portanto,
não pense.
 
Ela vem no suspirar,
no ansiar por uma vida bela,
no amor que se pode
ad-vinhar
pelo qual ficamos ébrios
podendo ser nutrida
pela filosofia
que alimenta a alma
 com  a beleza que há no Universo
recebendo assim
a invasão da harmonia
com que é constituído
e que em soluço espera
então,
não pense,
pois só assim poderá ficar
embalada pela ternura
 que rondará o olhar.
 
Viaja na luz
que é como o pássaro.
 
A liberdade é sua vida.
 
Seu cantar ecoa no infinito,
 assim constrói,
tão bem,
 as ondas do mar.
 
Cavalga nos fragmentos das partículas
que iluminam
e que são deixadas no portal do templo
onde adentra,
absoluta
e constrói o SER
deixando como lembrança,
no Estado
o Amor,
fruto do poder.
 
 
 
 
 
Sandra Canello
Enviado por Sandra Canello em 06/02/2012
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