A Difícil Prática de Garantia do Aprendizado

A Difícil Prática de Garantia do Aprendizado

Luiz Eduardo Corrêa Lima

O desejo e a vontade de aprender devem estar ligados aos interesses primários do próprio aluno, ao professor cabe apenas estimular a prática de coisas que reforcem esse interesse que o aluno já possui. O professor deve fazer comparações e criar situações contextualizadas, dentro dos objetivos potenciais manifestados pelo aluno. Além disso, essas experiências pedagógicas devem procurar demonstrar, para os alunos, as vantagens obtidas por aqueles indivíduos que acumulam maior número de experiências e aprendem mais nas diferentes áreas do conhecimento ao longo da vida.

A partir daí, o professor deve levar o aluno a passar por situações diferenciadas (exercitar) que viabilizem, cada vez mais, as possibilidades para que o aluno consiga atingir os objetivos e desejos que lhe interessam. Por outro lado, o professor deve ser consciente de que sempre existirão outros atrativos, alheios ao interesse da educação e que o aluno ainda não possui total discernimento sobre essa questão e por isso mesmo o professor deve ser um facilitador do aprendizado no interesse do aluno, buscando criar mecanismos que, cada vez mais, atraiam e envolvam o aluno no aprendizado.

O trabalho escolar, ou melhor, o treino do aprendizado que leva ao acúmulo de experiências e ao conhecimento do assunto, além de atrativo, deve ser desenvolvido em prol de demonstrar ao aluno que: quanto mais capaz ele for naquilo que ele deseja, maior será a possibilidade de alcançar e até mesmo superar, o limite do seu desejo. A busca será sempre dele e o alcance também.

Em geral, o aluno, como todo iniciante, só irá ser capaz de compreender a prática da realização do trabalho escolar, se essa prática puder lhe trazer alguma satisfação pessoal, ou seja se justificar o seu desejo. Ninguém gosta de fazer aquilo que não é agradável e seu aluno não foge a essa realidade. Sendo assim, a prática escolar deve se coadunar com o desejo do aluno e essa prática precisa ser estabelecida a partir desse desejo e deve estar definida dentro de um modelo contextual que atraia o aluno à realização desse algo que lhe é prioritariamente afim.

Desta maneira, o professor, no primeiro momento, deve tentar travar um contato próximo com seu aluno, procurando identificar seus anseios e interesses maiores, a fim de estabelecer procedimentos coerentes e de poder traçar um plano de metas que enriqueçam cada vez mais esses interesses. Com certeza, a partir desse quadro, o aluno realizará os seus trabalhos escolares de forma proativa, gostará de aprender e consequentemente de saber progressivamente. Seu aprendizado será facilitado e o professor terá cumprido bem sua missão.

Luiz Eduardo Corrêa Lima (56) é Biólogo (Zoólogo), Professor, Escritor e Ambientalista. leclima@hotmail.com