QUAL O PAPEL DA TELEVISÃO NA VIDA DOS CIDADÃOS?

Uma boa discussão essa sobre a dimensão da influência que a televisão exerce na vida cotidiana das pessoas. Particularmente, eu acho que a televisão é fruto do que ocorre no dia a dia das pessoas. Ela reproduz aquilo que é passível de acontecer e, a partir desse imaginário real, passa a desenvolver tudo aquilo que ela pretende para dar sentido ao seu projeto de empresa. É evidente que esse sentido nem sempre é voltado para uma formação totalmente acadêmica, haja vista os interesses que norteiam toda uma estrutura organizacional, na qual existem interesses das mais diversas formas – principalmente as baseadas na categoria chamada financeira (que depende, na maioria das vezes, do seu papel publicitário de demanda de produtos, veiculados em sua programação, para poder subsistir), e deixa, algumas vezes, de exercer o papel de repassar conceitos éticos e morais vigorantes em uma sociedade – especialmente aqueles voltados para o conhecimento científico.

Contudo, a televisão abre a sua programação para os debates e as reflexões acerca de temas importantes, em que o cidadão tem a oportunidade de analisar o processo de mudança cultural que ocorre, ciclicamente, na nossa sociedade como um todo.

Neste ponto, a televisão tem um importante papel. Ela, ao jogar o tema, espera, em contrapartida, a sua aceitação ou a sua rejeição. O telespectador pode até ser passivo diante da tela, mas, em muitos casos, o que é veiculado como determinante para o dia a dia do cidadão é rejeitado, dependendo do grau de liberalidade imposta ou da proposta inovadora e avançada do que se coloca.

Não vejo que a TV veicula poucas informações para, especificamente, a educação. Ela coloca o necessário para que não haja acúmulo de informações e os telespectadores não fiquem saturados. Temos bons programas educacionais veiculados pelas emissoras televisivas, o que dá ótimas alternativas de como o jovem deve vê-los, em que canal, horário e tema.

Os canais ditos educativos trazem uma variedade enorme de temas, das diversas ciências, com uma estrutura visual exemplificativa e variações textuais ótimas. Os debates sobre cultura, arte, literatura também se fazem presentes em programas alternativos dos finais de tarde e, até, as famigeradas novelas trazem temas interessantes do ponto de vista educacional e social.

Na verdade, o que se precisa fazer é como se faz (ou deveria se fazer) no texto jornalístico: tirar o joio do trigo e mostrar aquilo que, de fato, é realmente importante para ser mostrado.

Nunca vai deixar de existir o interesse comercial por trás dos meios de comunicação, já que eles são, do ponto de vista econômico, essenciais para uma empresa continuar existindo no mercado comercial. Embora a sua essência seja nociva, ela é determinante para que, na grade televisiva, uma programação benéfica vá ao ar.

Devemos lembrar que aquilo que nos causa receio, medo ou pavor, causa a rejeição. Portanto, a televisão, por si só, com a sua programação, não é a vilã da história. Vários fatores contribuem para que determinada coisa aconteça e várias delas sejam introduzidas no dia a dia do cidadão – afinal, nada é feito aleatoriamente. O mundo gira em torno do marketing, da pesquisa, da opinião daqueles que são os consumidores. Não se coloca nada que, previamente, não seja estudado, pesquisado e aceito.

E, neste ponto, a TV assume um papel importante e gera, de fato, expectativas positivas, independente do sensacionalismo de algumas emissoras e até do conservadorismo de outras que, contrariamente ao progresso, teimam em querer doutrinar à sua maneira, o que é praticamente inviável, justamente por esse leque de possibilidades que permite a mudança de canal, de entretenimento, de informação, de debate ou documentário.


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Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 15/11/2012
Reeditado em 03/09/2018
Código do texto: T3987707
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