A INFORMÁTICA NO DIA A DIA DO FAZER PEDAGÓGICO

Indiscutivelmente, a informática já faz parte do dia a dia do educador e, especialmente, de qualquer instituição de ensino do nosso país. E não é porque o acesso à informática, aos meios midiáticos ou ao conhecimento desses sejam, obrigatoriamente, uma necessidade dos muros das universidades ou da própria escola básica. Não, não é. É, na verdade, porque ela está inserida em qualquer esquina que tenha uma lan house e tenha um jovem curioso a acessar o computador que tem por lá. Desta forma, é imperativo (e é) que a escola se adeque a esse novo modelo de ensino e procure, ela, a escola, modernizar-se neste sentido, para poder dar suporte aos que precisam dessas multiplicidades de informações, que são oriundas de um sistema no qual se globaliza tudo em redes, e delas se criam teias para todos os caminhos possíveis da informação.

Particularmente, eu acho que o uso da informática não só é eficaz como imprescindível para a sala de aula de nossos tempos. Agora, o que, na verdade, deve-se perguntar é: os profissionais estão preparados para dar esse suporte em suas instituições? Ou seja, o uso dessa ferramenta é eficaz (como realmente ela é) nas mãos de pessoas que não se atualizam, não se capacitam ou são resistentes às mudanças? Recentemente o governo distribuiu computadores para uma gama de professores da rede pública (com o intuito de modernizar e/ou até transformar e desmistificar o uso dessa tecnologia – que alguns acham complicadas), mas o que se viu, em alguns casos, foi que ele não serviu para o fim a que foi destinado pelas cabeças pedagógicas pensantes da nossa educação. Para começar, alguns profissionais trocaram, logo de cara, o programa “Linux” pelo Windows da Microsoft. Ou seja, para não ter trabalho na operacionalização do programa, esquecendo-se, eles, que uma ferramenta como o Linux é garantia de produção livre e alternativa para desenvolver trabalhos bem mais elaborados do que o programa de Bill Gattes, eles simplesmente o trocaram por um programa mais usual, mas que é limitado à vontade de seu criador.

Independente disto, a informática caminha, em paralelo, auxiliando o dia a dia do educador e da instituição de ensino. Ela, a informática, é responsável pela rapidez e, consequentemente, pela agilidade nos processos administrativos e, com isso, colabora, na outra ponta, com a eficácia em sala de aula. Exemplo disso é a utilização da informática nos processos avaliativos, que determinam um menor tempo e maior disponibilidade de seus digitadores – para fazerem outras tarefas – contribuindo, desta forma, com um espaço de tempo muito maior para as reflexões dos alunos (na hora da “prova”), estendendo o prazo para um melhor desempenho final de cada um deles.

Com relação ao desempenho dos alunos com o uso da informática, ou sem ela, acredito que é com ela que eles aprendem mais. E é simples isso: os jovens são parte desse fenômeno chamado internet. São eles que mais se utilizam da ferramenta tecnológica chamada computador. São eles que mais acessam os meios interativos; são eles quem procuram, descobrem e produzem novos aplicativos e linguagens neste meio de comunicação e, ouso dizer, de aprendizagem virtual. Então, se são eles quem melhor se apropriam dessas ferramentas; quem melhor interagem com elas, porque então essa tecnologia chamada informática não servir para o ensino tradicional? Serve sim. Serve e deve ser utilizada, mais bem aproveitada e aperfeiçoada – não por esses jovens que já sabem muito, mas pelos educadores que estão algumas gerações atrasados na concepção dessa ferramenta e precisam, urgentemente, acompanhar o ritmo da evolução educacional do século XXI.

Na ponta que nos cabe, vemos o “esforço” desencontrado dos meios políticos – através de seus governos – de tentarem acompanhar essa evolução globalizada, dotando suas escolas com salas de informática e até tentando capacitar seus técnicos para atuarem junto com os professores, minimizando assim os efeitos causados por essa lacuna existente entre a escola que queremos e a escola que temos. Ou seja: a escola do século XIX, com alunos do século XXI e professores do século XX – como muitos pesquisadores dizem. Por outro lado, a inserção das ferramentas tecnológicas do século XXI – mesmo sendo aproveitadas nas escolas de forma ainda não sistematizada (para toda regra há exceção) – auxilia, e muito, a compreensão, por parte de sua clientela, nos afazeres didáticos. A utilização do Data Show, acoplado ao computador e dotado de slides do Power Point, por exemplo, traz a novidade e estimula o conhecimento através do visual, deixando a aula mais atrativa e mais perto da realidade de vídeos do You Tube que essa clientela do século XXI – e que está ainda dentro dos muros das instituições – assiste, cotidianamente, em suas casas e nas lan houses da vida. A elaboração, portanto, de textos mesclados com a imagem dos acontecimentos (vídeos, filmes, slides, etc.) é positiva para o ensino e a aprendizagem desses jovens que estão, no mínimo, quatro gerações na frente da geração de quem está intermediando esse conhecimento formal, estruturado em academias e que ainda não ultrapassou os muros das mesmas.

Acompanhar a evolução dos tempos, capacitar-se para produzir melhor a sua arte; buscar na tecnologia a sua contribuição para uma sociedade mais justa e igualitária; enfim, formar, de fato, cidadãos plenos para as futuras gerações sociais é um dever do educador, seja ele do século XX ou do século em que estamos, que deseja que tudo isso aconteça de forma estruturada, sistematizada, com responsabilidade e segurança.

Acompanhar a evolução não é só ser expert, é, também, saber como funciona (ligar, desligar, acessar, inserir, editar, interligar, etc.) e muitas ferramentas são simples demais e facilitam em muito a compreensão de quem as está utilizando. Vemos, hoje em dia, o Projetor Multimídia Interativo, que já elimina o Data Show e até o computador e é fácil de ser manuseado. A Lousa Interativa Multimídia Digital é outro exemplo de como a tecnologia elimina barreiras e aproxima mais o conhecimento – de forma prazerosa – da sala de aula. Nesses dois exemplos (Projetor e Lousa), o mundo está dentro da sala de aula e é só viajar por ele, com curiosidade e prazer, para descobrir, aprender e interagir com esse mundo fantástico; entre hipertextos e hiperlinks, o universo se aproxima cada vez mais de cada sala de aula e basta apenas um quadro e um educador à sua frente.



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Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 15/11/2012
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