A Educação das nossas crianças

Li a seguinte notícia hoje:

"O governo federal publicou nesta sexta-feira (5), no “Diário Oficial da União”, a lei número 12.796 que altera a lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Como novidade, o texto muda o artigo 6º tornando "dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade".

Me causou um impacto grande ao deparar-me com a notícia de que nossas crianças deverão estar regularmente matriculadas nas escolas públicas, estaduais e municiapais com a idade de 4 aninhos.

O Governo Federal ainda determinou um prazo de até 2016 para que as escolas fizessem as adequações necesssárias para acolher essa nova leva de alunos.

Pensando cá com meus botões, de início, percebi que eu seria a última pessoa a discordar desse posicionamento, uma vez que meu primogênto foi às aulas com exatos 1 ano e 3 meses de vida!

Pois é, ele era um garoto sozinho. Eu trabalhava exaustivamente por, no mínimo, 10 horas diárias e via-me obrigada a deixá-lo sob os cuidados de uma senhora de meia idade, idônea e amorosa que era sua babá.

Ligada em 220 wolts que sou, logo percebi que ele não estava desenvolvendo bem com a convivênvcia integral com a babá, e, como eu precisava conquistar coisas e mais coisas efêmeras e passageiras nesta vida (ato que não faço e nem recomendo mais a mãe nenhuma na face da terra), fui obrigada a largar meu pimpolho aos cuidados da doce babá que se esforçava e fazia sua parte na educação, zelo, cautela e cuidado com meu pimpolho. Mesmo assim, eu vivia num conflito eterno, vez que eu queria ver meu guri mais integrado com outras crianças. Dai, resolvi matriculá-lo numa escolinha de meio expediente para que ele pudesse interagir com outras crianças da sua faixa etária.

Graças a Deus, foi uma excelente ideia, pois meu filho se tornou mais sociável, mais relaxado, menos extressado e muito mais inteligente.

Constatei que a ida prematura dele aos bancos escolares, mesmo que na lista de material constasse um colchonete, valeu e muito a pena, pois os resultados foram favoráveis, promissores e perceptíveis logo de pronto.

No entanto, como mostrado no início deste artigo, tenho visto que saiu uma lei fresquinha aqui no Brasil que dispõe que as crianças devem estar na escola não aos 6, mas aos 4 aninhos de idade.

Conhecendo de crianças como conheço, acho, de início, a ideia fantástica. Contudo, sabendo que a estrutura educacional atual no nosso Brasil está deficitária, mormente no campo da educação básica, fiquei preocupada.

Uma criancinha de 4 aninhos é muito bobinha ainda, gente!

Ela precisará de muitos incentivos, pessoas preparadas, carismáticas, treinadas e motivadas para lidarem com essa nova faixa etária imposta pelo governo.

Não estou aqui desmerecendo nossos educadores. Pelo contrário: eu amo a categoria, mas sei e conheço de perto a falta de estrutura para poder abarcar toda essa mudança que está aí sendo implementada pelas autoridades, porém, é mister realçar que é preciso dar condições, estrutura apropriada, recrutar mais profissionais habilitados, equipar salas com equipamentos diferenciados, com brinquedos pedagógicos realmente em bom estado, educativos, elucidativos e em ótimas condições de uso e masuseio para que mantenha acessa a chama do conhecimento em nossa criançada. Elas precisam estar motivadas.

Entendo que deverá haver haver o importante auxílio de assistentes sociais, psicólogas e psicopedagogas com experiência em lidar com criancinhas naquela faixa etária, pois é um mundo totalmente diferente do mundo dos jovens e adolescentes ou mesmo de crianças com 6 aninhos que, mesmo precariamente, já detém um conhecimento mais aprimorado que uma coleguinha de meros 4 aninhos.

No geral, achei a ideia fantástica, vez que as crianças de hoje são muito mais antenadas e inteligentes que as de outrora, mas o que me preocupa é a estrutura que irá acolher, acomodar, orientar, ensinar e incutir as primeiras letras na cabecinha linda das nossas crianças, onde, diga-se de passagem, é um momento único na vida de qualquer pessoa.

Resta torcer para que tudo dê certo!

Avança Brasil!

Educação é tudo de bom!