Luckesi, Pedagogia da Avaliação e Aprendizagem.

Luckesi, Pedagogia da Avaliação e Aprendizagem.

Pensador, filósofo e pedagogo professor Cipriano Carlos Luckesi, é sem dúvida hoje um clássico da literatura pedagógica brasileira, estudioso e crítico.

Desenvolveu uma teoria pedagógica exuberante, usando a Filosofia como instrumento e fundamentação epistemológica da Pedagogia, com mérito, influenciando não apenas o Brasil, mas o mundo.

No seu livro principal, elaborou nove artigos, com a finalidade de desenvolver no programa de pós-graduação da universidade Federal da Bahia. UFBA.

Trabalho desenvolvido nos anos de 1976 a 1994, com a finalidade de abordar e desenvolver uma reflexão epistemológica, a respeito da questão exclusivamente da avaliação na perspectiva da aprendizagem.

Por que a escola precisa avaliar o aluno? A resposta é simples, o aluno precisa aprender, aprendizagem é contínua e cumpre estágios, os quais podem estar defasados em relação ao mecanismo do processo permanente de ensino.

Sua teoria é suficientemente crítica a respeito da avaliação, a verdadeira finalidade, não é a reprovação, mas ajudar o professor perceber o mecanismo de defasagem dos modos de sínteses no ensino aprendizagem, com o propósito da recuperação contínua do aluno na sua promoção e construção dos novos estágios.

Luckesi usa diversos instrumentos como ferramentas para análise dialética das diferentes áreas do ensino, na perspectiva de uma pedagogia interdisciplinar.

Seu método multi-referencial a análise das diferentes áreas da teoria do conhecimento, cruzando interdisciplinarmente, as referências da Filosofia, da Sociologia, da Política e por último faz recurso da psicologia, também como instrumento colaborativo na análise para avaliação como mecanismo da continuidade.

É fundamental entender como as questões propostas por Luckesi, continuam atuais e têm influenciados diversos novos pedagogos.

Apesar de estudos recentes terem sidos publicados por diversos autores, Luckesi continua sendo ainda uma fonte indelével da pedagogia contemporânea, nas suas diversas fontes.

O que é verdade na crítica epistemológica de Luckesi, o fato inestimável é que na realidade muitas escolas antes do desenvolvimento da Pedagogia sua, entendia avaliação como um ato em si mesmo, como finalidade punitiva.

Sem o objetivo de compreensão para estágios de vácuos no processo da aprendizagem e por outro lado, não era visto, como mecanismo de recuperação da construção dos novos estágios, a perspectiva da verdadeira razão da avaliação.

O grande erro das Pedagogias tradicionais ou outras tendências não referenciais nesse artigo elaborado, a avaliação era entendida de forma autônoma sem vínculos com o projeto político pedagógico da escola ou de qualquer instituição. A livre vontade do professor.

A forma tradicional e conservadora para o desenvolvimento do ensino aprendizagem, a crítica que é naturalmente mérito de Luckesi.

As antigas concepções ou outros modelos, já conhecidos, sempre foram criações férteis ao campo para o desenvolvimento de práticas políticas conservadoras fundamentadas no autoritarismo.

A grande finalidade anterior da Pedagogia, nunca foi em defesa do Estado de Direito e com justificativas da defesa dos mecanismos de exclusão, substanciados em Filosofias positivistas favorável ao liberalismo econômico.

Ao ler o trabalho de Luckesi é fundamental estar atento as suas ideias pedagógicas, na introdução ele apresenta sua visão política do projeto pedagógico.

Formula os contextos de produção de cada artigo, vinculados à trajetória por ele desenvolvida a respeito do tema e da finalidade da avaliação.

A obrigação permanente do estabelecimento de um diálogo frutífero entre o ensino e a aprendizagem e do sistema de avaliação com a finalidade de entender atrasos nos estágios do desenvolvimento da aprendizagem em relação a recuperação diária.

Tudo o que Luckesi deseja é a apresentação de uma avaliação com qualidade, fundamentos relevantes, com ideias qualificadas para tomada de decisão não no sentido da reprovação do aluno.

O ato de avaliar não pode transformar em uma atitude punitiva, além dos estágios já referidos o mecanismo avaliativo, tem necessariamente que ser inclusivo.

Com efeito, questionar ações passadas visando o futuro, superando estágios negativos, uma Pedagogia cuja sua natureza essencial transforma se em instrumento valioso, para os professores e alunos voltarem ao modo de ver para si mesmos.

Em busca de modificações qualitativas nos processos não apenas dos mecanismos de sínteses que são fundamentais, mas também para o autoconhecimento que possam gerar mecanismos de produção que levem a cidadania.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 09/05/2014
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