O bom professor e sua prática

A finalidade do texto é definir o conceito do “Bom Professor”, bem como suas origens e métodos. Há muito tempo tem-se procurado essa definição, utilizando diversos métodos de ensino na tentativa de solucionar o problema da falha na transmissão do conhecimento, que na verdade, não se resolveria sem essas investidas. Há uma hipótese confirmada de que o professor em sala de aula, é o principal agente da localização, instrução e transmissão do conhecimento, seja qual for o currículo a ser seguido. E, que fatores como regionalismo, cultura, experiência de vida, formação didática dentre outros menos relevantes são primordiais para a formação do bom professor. Isso é o que define a forma como ele atuará em sala de aula, e, ainda, é o que garante se essa atuação será ou não satisfatória chegando ao ponto do aluno atingir o seu aproveitamento pleno sem que haja perda de qualidade de ensino e aprendizagem.

Estudos comprovam ainda que até mesmo o ambiente de onde se originou a pessoa do professor, tem influência direta em seu comportamento e tolerância em sala de aula, bem como o interesse não-financeiro do docente. Entende-se como não-financeiro, o interesse em transmitir o conhecimento ao aluno, ainda que o retorno financeiro não seja pertinente à função ou, até mesmo, insuficiente de acordo com sua formação. Esse ponto deve ser observado com muito cuidado, pra que o docente não acabe por ser condenado sem que todos os fatores sejam incisivamente analisados.

O bom professor não nasce pronto;não sai da faculdade pronto. Ele nasce da necessidade, interesse, ou até mesmo vocação, sendo que essa última, atualmente quase está em desuso.

Ao analisar os docentes em seus diversos níveis, percebo que em determinados momentos, a individualidade do profissional chega ao nível de perda total do coletivismo, até mesmo entre eles próprios, professores. Essa falta de troca pode levá-los a falharem em suas didáticas, não por vontade própria, mas, pela sua própria história de vida, pela forma que leva a vida. Postura essa que fica latente dentro de si e repercute no seu ensinar, na sua relação com os alunos. Isso ocorre principalmente em pessoas que têm um histórico de dificuldades ou naqueles que não adquiriram certos valores morais que o tornem membro importante de um todo. São pessoas e profissionais automatizados, comandados, que seguem apenas o sistema e pacotes prontos e, no final tem o salário como recompensa pela árdua tarefa. São profissionais que visam apenas o ganho financeiro mais que o de ampliar suas técnicas e conhecimento. Dessa forma o docente se vê “obrigado” a levar o conhecimento dentro de um ritmo imposto ou até mesmo pouco didático, pelo simples fato de que, se estiver atuando da forma como lhe foi previamente definido, terá seu ganho garantido.

O aspecto humano, principal influência da formação pessoal, é o principal pré-requisito para quem quer ser um profissional da educação, e, reflete na forma como ele vai atuar em sala de sala, como vai se relacionar com a comunidade escolar.

Há comprovações de que o docente recebeu influências de seus professores, e, o seu interesse em contribuir com o conhecimento de seu aluno, pode levá-lo também a querer se espelhar nele e ser tal como ele é. Neste sentido, a postura do professor em sala de aula pode selar de vez o destino desse aluno, até mesmo, a continuidade aos estudos ou não. Esse aspecto pode ser determinante até mesmo para a formação pessoal do futuro “bom professor”.

O bom professor desperta o interesse nos alunos, utilizando a participação e incitando-os para que o façam da mesma forma entre eles mesmos, faz com que o conhecimento seja assimilado de forma mais clara e efetiva, tornando-o apto a realizar essa mesma tarefa com habilidade e eficácia.

As principais pesquisas em Educação mostram que o bom professor é capaz de fazer qualquer aluno aprender e ainda é capaz de potencializar seus alunos, pois, consegue mobilizá-los e, transformá-los. O bom professor é a principal atração da sala de aula e, determina o envolvimento do grupo, o prazer em adquirir novos conhecimentos.

A aptidão para ensinar não depende apenas de bons métodos, didáticas ou diplomas disso ou daquilo. Há inúmeros pontos que fazem do bom professor um profissional de qualidade -, o bom professor explica, demonstra, inspira e encanta o seu aluno.

Não há receita específica para o bom professor, no entanto, os aspectos e pontos de vista explanados, esclarecem detalhes importantes que não podem ser desconsiderados. A escola deve definir e buscar uma forma mais eficiente de atuação do docente em sala de aula para que o professor seja agente do conhecimento e da alegria, evitando assim, a evasão escolar de um grande número de crianças já na passagem do 5o. para o 6o. ano (Isso também é estatístico).

Finalmente, o currículo pedagógico, deve obedecer o regionalismo e a cultura tanto dos alunos quanto dos docentes para que se torne eficaz e não flua para a dispersão do conhecimento, ao invés de acumulá-lo. A proposta não é inalcançável, mas, está e sempre esteve frente aos órgãos responsáveis pela Educação (Direito de Todos), que talvez por comodidade em sobreposição à prática, ficou recessiva em meio a currículos, métodos, e práticas ultrapassados e engessados que não possuem utilidade prática no contexto geral do aluno.

Maria Teixeira

WWW.psicopedagogamariateixeira.com.br

MariaTeixeira
Enviado por MariaTeixeira em 15/09/2014
Reeditado em 23/09/2014
Código do texto: T4962460
Classificação de conteúdo: seguro