HABILIDADES SOCIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

HABILIDADES SOCIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

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Maria Raquel Soares de Souza

Especialista em Psicopedagoga pelas Faculdades Integradas Ipiranga.

É Coordenadora Pedagógica – SEDUC/PA

Francisco de Assis Pinto Bezerra

Economista; Educador e Consultor Acadêmico

RESUMO

No atual momento contemporâneo se tornou recorrente os alunos apresentarem problema de comporto socialmente inadequado no ambiente escolar, o que nos levou a discutir e avaliar a contribuição das Habilidades Sociais no comportamento social da criança no ambiente de ensino, de modo a melhorar o desempenho escolar das crianças. O estudo foi desenvolvido a partir da pesquisa bibliográfica, com alicerce particular em Del Prette (2005), complementada por outros pensadores que abordam as Habilidades Sociais. A pesquisa revelou que o comportamento social dos pais molda o padrão da habilidade social das crianças no contexto escolar, bem como das práticas educativas destes para com os filhos, ou seja: as habilidades sociais das crianças são condicionadas pelo grau de interação entre pais e filhos, como também dos professores. A análise das Bibliografias permitiu concluir que: As habilidades sociais podem sim contribuir significativamente para melhorar o comportamento social da criança no ambiente de ensino, desde que os pais passem a praticar o bom relacionamento interpessoal e social no ambiente familiar, pois os autores supracitados foram contundentes em afirmar que o comportamento da criança nada mais é do que à expressão do comportamento social familiar.

Palavras-Chave: Competência Social. Habilidades. Relação Social.

ABSTRACT

In today's contemporary moment it became recurring students to present socially inappropriate behave problem at school, which led us to discuss and evaluate the contribution of Social Skills in the child's social behavior in the school environment in order to improve school performance children. The study was developed from the literature, with particular foundation in Del Prette (2005), supplemented by other thinkers who address the Social Skills. The survey revealed that the social behavior of parents shape the pattern of social skills of children in the school context and educational practices of these to the children, ie: the social skills of children are conditioned by the degree of interaction between parents and children as well as teachers. The analysis of bibliographies concluded that: Social skills can indeed contribute significantly to improving the child's social behavior in the school environment, as long as parents start to practice good interpersonal and social relationships in the family environment as the aforementioned authors were damning in stating that the child's behavior is nothing more than the expression of family social behavior.

Keywords: Social Competence. Skills. Social relationship.

1. INTRODUÇÃO

O objeto formal de investigação deste artigo é as Habilidades Sociais. De modo generalizado, as Habilidades Sociais têm relação direta com o comportamento humano, quando em relação com outros indivíduos de mesma espécie, gerando dada relação social.

As Habilidades Sociais passaram ter visibilidade a partir das pesquisas de Salter (1949), quando se preocupou com o comportamento das crianças, sendo considerado o pai da terapia comportamental. Por volta dos anos de 1950 este pesquisador difundiu técnicas para aumentar a expressividade verbal e facial dos indivíduos. Este método terapêutico foi corroborado por Wolpe, em 1958, ao utilizar pela primeira vez o termo “comportamento assertivo”, referindo-se à manifestação de sentimentos negativos e de defesa dos próprios indivíduos (CABALLO, 1996).

Desde então, as Habilidades Sociais passaram a ser discutida no meio intelectual e acadêmico. Dentre os trabalhos de expressividade e que contribuído para difundir a temática, destacam-se: Del Prette (2005); Conte (1997), Kaiser e Hester (1997); Caballo (1996); Del Prette e Del Prette (1999); entre outros pensadores. Buscaram, contudo, compreender os elementos que determinam o comportamento do sujeito no ato do relacionamento com o outro.

As habilidades sociais, derivado das relações sociais, são resultados do estilo parental de cada família e do meio que este está inserido, do convívio diário, dos estímulos recebidos dentre outros, enfim estes aspectos influenciam no comportamento das crianças, os quais se manifestam no ambiente de ensino (DEL PRETTE, 2005).

È justamente por esta linha de discussão que se propõe a desenvolver este artigo, pois acreditamos que, no decorrer do desenvolvimento dos indivíduos, os pais se esforçam no sentido educar seus filhos dentro de certos princípios morais. A finalidade de transmitir certos valores é garantir comportamentos adequados e que permitam o desempenho e a autonomia da criança, de modo a favorecer uma relação interpessoal saudável, quando em contato com os colegas na escola.

Na sociedade em que vivemos, permeada pelos atributos capitalistas, as Habilidades sociais são poucas praticadas. Não é difícil perceber isso, pois os meios de comunicação se encarregam de mostrar cenas de violência praticamente em todos os espaços sociais, inclusive no estabelecimento escolar, onde se tornou rotina alunos se confrontando, chegando ao extremo do ataque físico e psicológico.

No bojo desse conflito, se por um lado os pais tentam transferir a responsabilidade à escola do ensinamento dos bons valores sociais; por outro, os educadores dizem que são os pais que não têm mais o autocontrole dos seus filhos e, por isso, as crianças apresentam problemas comportamentais socialmente inadequados, cujos conflitos entre os alunos tornam a escola um ambiente desfavorável à aprendizagem e a boa formação do indivíduo.

Como verificamos, é fundamental trabalhar as Habilidades Sociais nas crianças, desde os primeiros anos de vida, visto ser um período em que a criança se envolve em situações de experiências no ambiente familiar, favorecendo comportamentos pró ou antissociais. Ou seja, nessa fase os pais podem orientar as crianças sobre os corretos valores sociais, sob o risco de estas gerarem problemas de conflitos no ambiente de ensino e que certamente impacta no desempenho escolar da criança. Daí a pertinência para o desenvolvimento dessa temática tão importante para garantir a boa interação social e a aprendizagem da criança.

Por esta explanação, colocamos no palco das discussões a seguinte premissa: A ausência das habilidades sociais pode compromete o desempenho social da criança durante o período escolar, notadamente nos anos iniciais da sua formação, implicando diretamente no seu rendimento escolar.

O problema comportamental socialmente inadequado das crianças no ambiente escolar foi discutido a partir da seguinte linha de investigação: De que maneira as habilidades sociais podem melhorar o comportamento social e o desempenho escolar das crianças?

Destarte, o objetivo do artigo é avaliar a contribuição das habilidades sociais no comportamento social da criança no ambiente de ensino, com abordagem na relação social familiar.

2. MATERIAL E MÉTODO

O estudo foi desenvolvido a partir de autores representativos e que tomam como objeto de pesquisa as Habilidades Sociais no campo da educação, com particular referencial teórico em: Del Prette e Del Prette (1997; 2003; 2005; 2009), além de tomamos o apoio de outros pensadores para atender as necessidades do estudo.

A triagem de um conjunto de autores para analisar o objeto de estudo se traduz, por tanto, em um estudo de pesquisa bibliográfica, cuja leitura acurada do material coletado (livros, artigos e documentos oficiais da educação) permitiu a ciência das Habilidades Sociais e, assim, a produção do artigo.

Considerando que o problema comportamental socialmente inadequado das crianças no ambiente escolar passa por vários aspectos, no entanto se propôs a discutir esta temática pelo enfoque dado por Del Prette (2005), cujo pensamento é de que: as Habilidades Sociais são resultados do estilo parental de cada família e do meio que este está inserido, do convívio diário, dos estímulos e modelos recebidos, os quais se manifestam na escola.

3. HABILIDADES SOCIAIS

A grosso modo, a habilidade social tem relação direta como o comportamento humano, quando em interação com outra pessoa ou pessoas. Formalmente, Ladd e Mize (1983) apud Del Prette (2005) entendem que as habilidades sociais são voltadas para organizar cognições e comportamentos em curso de ação integrada, dirigida para objetivos sociais ou interpessoais. No entanto, o próprio Del Prette (2005) contesta, dizendo que esta definição é passiva de ressalva, uma vez que as culturas possuem normas e valores diferentes umas das outras, ou seja, o que é permitido numa cultura pode não ser em outra. Por este motivo, esta definição exige determinado ajustamento a padrões culturalmente estabelecidos, que podem ser distintos daqueles do próprio indivíduo.

Este conceito ainda é constituído de sentido adjetivado de habilidades sociais, na medida em que a concepção manifesta “capacidade para” o que sugere juízo de valor sobre o desempenho do comportamento do sujeito. Neste mesmo sentido, as habilidades sociais podem ser definidas como “o conjunto dos desempenhos apresentado pelo indivíduo diante da demanda de uma ampla situação interpessoal” (DEL PRETTE, 2005, p. 29).

Até aqui podemos inferir que as habilidades sociais envolvem categorias de termos, como: comportamento; desempenho social e interpessoal. Trata-se de elementos cognitivos, internamente ao indivíduo, os quais se manifestam em uma dada relação interpessoal.

No que diz respeito a competência das habilidades sociais esta está relacionada a funcionalidade, podendo ser de imediato ou de longo prazo, o que afeta o desempenho social. Del Prette (2005) define competência social como a capacidade do indivíduo em manifestar desenvoltura em diversas situações interpessoais, de modo que mantenha a sua relação com seus pares, com vista a atingir o equilíbrio das relações de troca. Este nivelamento das relações sociais contribui para melhorar a autoestima e a satisfação dos envolvidos.

Tal que Matson, Seven e Box (1995), apud Del Prette (2005), chamam atenção de que a ausência de habilidades sociais gera dificuldades de relações interpessoais. Por esta linha de discussão, os conflitos sociais não são considerados distúrbios ou patologias humanas, porém, se não forem tratadas, contribuem para diminuir a qualidade de vida das pessoas. As intervenções preventivas, como a educacional, são de suma importância para evitar desarranjos sociais entre os pares, sob risco de gerar danos irreversíveis a saúde do indivíduo.

As habilidades sociais podem ser discutidas sob dois prismas. O primeiro está relacionado à característica própria da personalidade do indivíduo, entendido como algo nato. O segundo aspecto diz respeito ao bom desempenho em uma dada situação, ou seja, trata-se da capacidade que o indivíduo tem para solucionar problemas e interagir de forma harmoniosa com seus pares.

A análise destes dois conceitos nos remete a reflexão da herança ambiente, segundo a qual diz que todos nascem com potencial para desenvolver habilidades sociais, porém esse desempenho depende de vários fatores apropriados aos primeiro anos de vida do sujeito, um dos elementos da estimulação precoce (DEL PRETTE, 2005). Isto indica que o desenvolvimento social da criança se inicia a partir do nascimento e vai se tornando mais bem elaborado ao longo do seu ciclo vital, sobretudo, na infância; período considerado propício para a aprendizagem das faculdades intelectuais e sociais, segundo os autores cognitivos.

Esta estimulação relacional do ser depende do contato físico com a mãe, podendo isso ocorrer no momento de higiene, aleitamento, aconchego do colo ou nas brincadeiras com a criança ou ainda nos momentos afetivos. Nesse ponto, pode-se pontuar que a criança reage a cada contato que vem dos pais e de pessoas que tem contato direto com a mesma, cujos estímulos significam a construção de laços de relações sociais.

As habilidades sociais possuem, contudo, aspecto pessoal, situacional e cultural, sendo que estas dimensões estão presentes nas interações sociais que, ao se entrelaçar, afeta o desempenho da relação. A dimensão pessoal diz respeito ao repertório do indivíduo em seu aspecto comportamental, cognitivo-afetivo e fisiológico, como também conta a idade, sexo, altura, peso, estado de saúde, formação, aparência física, etc. Nesse contexto, tem grande importância as habilidades de componentes, como volume da voz, contato visual, entonação, expressão facial, uso do EU e outros componentes que condicionam a relação social.

A Dimensão situacional das habilidades sociais diz respeito a soma das características do sistema de um comportamento durante um encontro social. Argyle et al. (1981), apud Del Prette (2005) enfatizam que seja necessário considerar os objetivos, a estrutura, as regras e as normas sociais explícitas e implícitas, as quais definem os comportamentos adequados (permitidos/proibidos), os papéis formais e informais associados a posição do indivíduo na sociedade.

Quanto a dimensão cultural das habilidades sociais esta tem relação com os aspectos históricos das relações sociais, levando em conta as diferenças e semelhanças de conhecimentos a respeito da temática. Tanto que determinados desempenhos sociais podem ser generalizados para diferentes culturas, enquanto que outros são mais especificas.

O modelo da habilidade social influencia a aprendizagem das crianças, pois estas percebem tudo o que se passa ao seu redor, imitando o que veem, ou seja, os pais modelam os comportamentos dos filhos, na medida em que as crianças reagem as manifestações de habilidades de seus pais. A punição dos desvios de conduta dos filhos é uma forma de habilidade, a qual é absorvida pelo filho, ou seja, estas experiências de aprendizagem contribuem significativamente no comportamento social do indivíduo.

Ainda no âmbito familiar, os irmãos também exercem influência a partir do momento que desempenham diferentes papéis, como; amigo, opositor, conselheiro, cúmplice, enfim, tudo isso influi nas experiências vivenciadas pela criança e que se reproduz no seu comportamento durante com seus pares. Por outro lado, não podemos esquecer que a fase da infância é um período crítico para o desenvolvimento das habilidades sociais, pois é um momento em que a criança precisa aprender novas habilidades, as dependem da circunstância, do contexto social, e do ambiente em que vive.

Assim, na medida em que o indivíduo vai se desenvolvendo, as demandas de ralações também aumentam, como também são mais complexas, porque, além dos pais, agora o adolescente tem a sua frente os professores e amigos, os quais exigem um comportamento mais bem elaborado do sujeito. Trata-se da construção das relações através do diálogo, o que exige comportamento diferente em cada situação, como no bom dia, na recusa de algo, no pedido de alguma coisa, etc. Este ciclo de desenvolvimento do indivíduo mostra que a aquisição de comportamentos sociais passa por um processo de aprendizagem, iniciando-se com o nascimento e se pro longa nas demais fases da vida adulta.

O arcabouço desse conhecimento constitui a Teoria das Habilidades Sociais, THS, e representa algo abrangente, por significar um conjunto de técnicas que pode ser aplicada a todo déficit de natureza interpessoal, independente de relatos de ansiedade ou de outros fatores. Por isso que Del Prette (2005, p. 56) afirma que: “as habilidades sociais correspondem a um universo mais abrangente das relações interpessoais e se estendem para além da assertividade, incluindo as habilidades de comunicação, de resolução de problemas, de cooperação”.

4. CORRENTES DAS HABILIDADES SOCIAIS

A THS é permeada por diversas linhas de pensamentos e sustentada por autores que fundamentam a temática. Hidalgo e Abarca (1992), apud Del Prette (2005) destacam cinco modelos teóricos recorrentes na formação do campo da THS: Assertividade, Percepção social, Aprendizagem social, Cognição e Teoria dos papéis. Esses modelos buscam explicar a estrutura e o funcionamento das habilidades sociais para, posteriormente, levantar hipóteses sobre os problemas e estratégias de intervenção pedagógica sobre comportamentos interpessoal e social.

- Assertividade

O modelo da assertividade se fundamenta em duas vertentes: o condicionamento respondente e o condicionamento operante, os quais explicam os déficits ou dificuldades de desempenho social. Pesquisas desenvolvidas por Wolpe sobre neurose experimental com gatos mostrou que a aprendizagem da ansiedade ocorre através da associação do desempenho social a estímulos aversivos na emissão de respostas assertivas, direcionando o papel da intervenção terapêutica sobre comportamentos emocionais (condicionamento respondente).

O condicionamento operante, também apoiada em experimentos, diz que as dificuldades de desempenho social nada mais são do que consequência do controle inadequado de estímulos na sucessão de respostas sociais. As pessoas se comportam de acordo com os reforços que recebem, ou que deixam de receber, ou ainda são recompensadas ao emitirem um comportamento não assertivo.

- Percepção social

Ressalta a análise do processamento cognitivo envolvido na habilidade de perceber e decodificar o ambiente social, ou seja, a capacidade que o indivíduo tem para fazer inferência no seu contexto social, e consequentemente, definir que comportamento adotar, seja ele verbal ou não verbal. A falha na leitura e na decodificação das mensagens verbais e não verbais do interlocutor pode acarretar em dificuldades interpessoais e impedir o desdobramento de sequencias interativas que facilitariam a compreensão das demandas sociais.

- Aprendizagem social

Este modelo enfatiza a diferença entre aprendizagem e desempenho, destaca que grande parte das habilidades sociais é aprendida através de experiências interpessoais vicariantes, ou seja, através da observação do desempenho de outro, num processo de assimilação mental dos modelos bem sucedidos. As noções básicas sobre aprendizagem através da observação de modelos foram amplamente adotadas aos objetivos das intervenções em THS.

- Cognitivo

Este modelo visa desenvolver o desempenho social através das habilidades sociocognitivas que se desenvolvem através da interação da criança com o seu meio social. Neste sentido a criança terá que ser capaz de utilizar adequadamente seu repertório de HS e saber fazer uso com excelência de tal competência. A ausência dessa habilidade pode resultar em desempenho social equivocado, e possivelmente com consequência negativa. Estes e outros processos cognitivos formam um conjunto importante de componentes do aspecto pessoal e cognitivo-afetivo das habilidades sociais.

- Teoria dos papéis

Neste modelo o comportamento social depende, principalmente, da compreensão que o indivíduo tem sobre seu próprio papel e do papel do outro na relação social, ou seja, tem como característica marcante a empatia. Esse modelo contribui para estabelecer o caráter situacional-cultural das habilidades sociais, além de identificar problemas relacionados aos diferentes papéis que um indivíduo pode assumir nas relações sociais, examinar fatores relacionados aos fenômenos de liderança e autoridade. Também é interessante cogitar um conjunto de técnicas advindas das hipóteses explicativas para as dificuldades interpessoais, como podemos identificar quatro modelos que fundamentam os déficits ou dificuldades interpessoais:

- Déficits no repertório

Esta abordagem supõe que o desempenho social incompetente ocorre em virtude da falta ou da carência de elementos verbais e não verbais. Muitos indivíduos apresentam baixo desempenho social porque não aprenderam comportamentos sociais adequados, precisando de intervenções terapêuticas ou educativas. As falhas na aprendizagem do comportamento social podem ocorrer devido a vários fatores:

- falta de oportunidades de experiências em virtude de baixa renda

- relações familiares conflituosas, onde pais são agressivos e pouco empáticos,

- inteligência rebaixada,

- práticas parentais que valorizam a dependência e a obediência

Deve-se considerar que aprendizagem das habilidades sociais é resultado de um processo longo e complexo, portanto, àquilo que se apresenta como esperado num determinado ciclo de desenvolvimento do indivíduo, o qual se reflete nos ciclos posteriores do desenvolvimento do indivíduo.

- Inibição mediada pela ansiedade

Parte do ponto de que a ansiedade e as respostas assertivas são processos que atuam em sentido contrário: de um lado, a ansiedade impede o indivíduo de desenvolver interações sociais; de outro as respostas assertivas contribuem para redução da ansiedade. As implicações práticas dessa hipótese orientam as intervenções em THS para dois conjuntos de objetivos: a diminuição da ansiedade, através de relaxamento e o fortalecimento de respostas socialmente competentes, firmadas por técnicas de comportamentos.

- Inibição cognitivamente mediada

De acordo com esta categoria, presume-se que a aprendizagem dos comportamentos sociais seja mediada por processos cognitivos, portanto, problemas nesse processo irão se refletir no desempenho interpessoal. Por exemplo, há diferenças cognitivas entre indivíduos que receberam alta, média e baixa avaliação de competência social, dando suporte a hipótese cognitiva. Nessa hipótese, os programas de THS recorrem a procedimentos de reestruturação cognitiva e outras técnicas “cognitivo-comportamentais” para a alteração desses processos.

- Problemas de percepção social

Esta abordagem está relacionada à capacidade de fazer “leitura” da situação social, também chamada de percepção social. Ela é representada pela identificação do papel do interlocutor, das normais culturais, dos sinais verbais e não verbais presentes na comunicação, permitindo dessa forma uma seleção de comportamentos apropriados ao contexto e a tomada de decisão de emiti-los ou não. A hipótese de problemas de percepção social direciona os objetivos de intervenção em THS para a promoção de maior aperfeiçoamento na decodificação dos estímulos do ambiente físico e da situação social, bem como na identificação de papéis e regras sociais culturalmente determinados. Podem ser implementados através de técnicas, como o feedback, visando o automonitoramento.

5. AS CRIANÇAS NO CONTEXTO DAS HABILIDADES SOCIAIS

As mudanças que vêm ocorrendo no atual momento contemporâneo de formas aceleradas exigem dos pais e dos educadores novos conhecimentos, a fim de atender as demandas da criança. Tal que é recorrentes queixas de pais e professores que, confusos, não sabem como lidar com os diferentes comportamentos de crianças e jovens.

Del Prette (2009) diz que diariamente as crianças se deparam com situações complexas; notam regras sociais contraditórias na escola e na família, convivem com diferentes valores, defronta-se com cenas de violência exibida todos os dias através dos meios de comunicação social, percebe-se, que de um lado elas vivem sob cobranças, e de outro identificam uma permissividade que as deixa perplexas.

Diante dessa realidade observa-se que os desafios frente às demandas atuais são grandes, e isso, requer competência e compromisso por parte dos profissionais que trabalham diretamente com este público. Da criança é esperado que ela desenvolva um repertório cada vez mais elaborado de habilidades sociais, que contribua para o desempenho social e seu desenvolvimento integral.

De acordo com Del Prette (2009) um repertório elaborado de habilidades sociais contribui significativamente para as relações harmoniosas com colegas e adultos na infância; habilidades como comunicação, expressividade e desenvoltura nas relações sociais podem resultar em amizade, respeito, e convivência cotidiana mais agradável, inclusive, há documentos-compromisso de agência de amparo à infância e leis que relatam sobre a importância das habilidades sociais para a promoção da qualidade de vida de crianças e adolescentes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, sugere que serviços de saúde incluam a promoção das chamadas “habilidades de vida”, da qual fazem parte as habilidades sociais denominadas empatia, comunicação, “lidar com” emoções, estresse, solução de problemas e tomada de decisão. Esta necessidade da criança é corroborada pela Lei n. 8.069, de 13/07/90, que trata do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que, no Cap. I, art. 7º, prescreve: “a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso em condições dignas de existência” (ECA, 2000, p. 24).

Verificamos que o papel do poder público não é apenas de construir escolas, mas dar condições para que elas prestem serviços de qualidade para a população, onde possa se discutir e vivenciar comportamentos socialmente adequados, limites e responsabilidades de deveres e direitos para o bom convívio social.

De acordo com Del Prette (2009), a fase mais difícil para a criança é quando ela começa a frequentar outros espaços, como por exemplo, a escola além do ambiente familiar. A escola é o espaço onde a criança irá aplicar e aperfeiçoar seu repertório social, o que contribui muito para a aquisição e desempenho das habilidades sociais.

Mas vale destacar que essa passagem para outros contextos sociais, nem sempre se dá de forma tranquila, por isso, neste momento é indispensável o apoio e a participação dos pais. Com a entrada da criança na escola, ela passa a fazer parte de dois sistemas (família e escola), que por sua vez encontrará uma diversidade de cultura e interdependência, onde irá interagir com outras pessoas e adquirir normas e valores.

Segundo Del Prette (2009) a preocupação dos pais e educadores com a competência social da criança é considerável e merece especial atenção no sentido de promover a qualidade de vida das crianças e adolescentes, bem como prevenir problemas de comportamentos. Neste sentido, Del Prette (2009) apresenta as principais habilidades sociais que as crianças deveriam ter para ter bons desempenhos no comportamento relacional:

- Saber lidar com sentimentos, pois é através dessa habilidade que a criança saberá expressar seus próprios sentimentos, respeitando os sentimentos dos outros, controlando a ansiedade e o humor, tolerando frustrações e sentimentos afins.

- Saber expressar sentimentos negativos, controlando a forma de expressão, pois visa o controle diante de reação negativa ou indesejável de um colega.

- Procurar atingir os objetivos, preservando a relação, sem denegrir a imagem de colegas ou passar o sentimento de que o outro é incapaz.

- Perseverar nos objetivos o próprio comportamento, o que exige autoestima, porém considerando suas limitações e qualidades.

- Discordar do grupo, o que significa em saber lidar com as diferenças, colocando o seu ponto de vista.

- Defender os próprios direitos, respeitando os direitos alheios, porém sem prejudicar seus colegas, reconhecer e nomear diretos e deveres básicos.

- Valorizar-se sem ferir o outro, cujas qualidades não signifiquem ofender os demais.

- Fazer as próprias escolhas, considerando opiniões alheias, porém reconhecendo a qualidade de desempenho do outro, participando e contribuindo com as discussões.

- Gerar, em relação a si, sentimentos de respeito, de modo a expressar atitudes e comportamentos que levem as pessoas a perceberem sentimentos de respeito.

- Produzir uma imagem positiva de si mesma, como efeito da autoestima elevada, gerando sentimentos de confiança e de segurança.

Estas habilidades contribuem para que a criança, nas interações em grupo, fale num tom em que todos possam ouvir e compreender sem muitos esforços. Saber ouvir requer olhar para o interlocutor, da atenção. Portanto, esses elementos devem compor as habilidades sociais no contexto escolar, mas, com relevância, para a formação da pessoa humana da criança, que lhe marcar para o resto da vida.

Por outro lado, Del Prette e Del Prette (1999) atribuem as habilidades sociais das crianças no contexto escolar ao padrão de comportamento social de seus pais, bem como das práticas educativas destes para com os filhos. Nos seus argumentos, estes autores consideram que os comportamentos sociais dos pais, associado à maneira de educar os filhos, contribuem decisivamente para desenvolver na criança comportamentos pré-sociais ou antissociais.

Conforme Silva (2000), as habilidades sociais das crianças são condicionadas pelo grau de interação entre pais e filhos, em especial dos professores. Trata-se, segundo este autor, de comportamentos socialmente adequados ou inadequados, cujos “déficits” ou “excedentes” certamente contribuem para a interação e convivência da criança no ambiente escolar.

Com base nos autores supracitados, as relações sociais das crianças no contexto escolar nada mais são do que a reprodução do comportamento dos pais e sua interação com os demais membros da família. Sendo assim, as crianças, ao ingressarem no ambiente escolar, reproduzem o mesmo padrão de comportamento familiar. Acreditamos que o ambiente familiar não apenas reflete nas relações sociais dos filhos, mas afeta o desempenho escolar da criança.

Caballo (1997) considera que os seres humanos passam a maior parte de seu tempo engajados em alguma forma de comunicação interpessoal. Quando se tornam socialmente habilidosos, sendo capazes de promoverem interações sociais satisfatórias, o que reflete na maneira de se relacionar com os demais elementos da sociedade, com ênfase ao ambiente escolar.

Conforme ainda o entendimento de Caballo (1997) o comportamento socialmente habilidoso ou mais adequado se traduz em sentimentos positivos ou negativos nos indivíduos, como opiniões, desejos, respeito aos outros. Enfim, as habilidades sociais podem gerar atitudes anti/pro - social nas crianças, tornando-se um indicador do seu comportamento futuro. Neste sentido, é interessante transmitir às crianças valores sociais positivos para poder atuar na escola em harmonia com os demais indivíduos.

Em outro estudo Caballo (1996) considera que o comportamento socialmente habilidoso resulta nas seguintes capacidades nas crianças na escola, como: iniciar uma conversa; falar em grupo; expressar sentimentos afetivos; ser prestativo; cumprimentar as pessoas, saber enfrentar as críticas recebidas; etc. Desta feita, as habilidades sociais geram valores sociais de boas maneiras e de convivências nas pessoas, em especial nas crianças no contexto escolar. São valores, pois, que contribuem efetivamente na formação do estudante e na qualidade do seu relacionamento pessoal com os demais atores que se atuam na escola.

6. RELAÇÕES SOCIAIS NA ESCOLA

Como já bem colocado pelos autores analisados, as habilidades sociais que as crianças deveriam ter para se inserirem no contexto escolar são derivadas do grupo familiar, ou seja, as habilidades sociais dos pais moda e padroniza os valores subjetivos nos filhos, os quais são reproduzidos no ambiente escolar. Inclusive, Patterson, De Baryshe e Ramsey (1989) afirmam que o comportamento antissocial ou a Ausência de Habilidades Sociais dos pais resulta, contudo, no fracasso das crianças na escola. A ausência de um diálogo no ambiente familiar entre pais e filhos interfere na autoestima da criança e, que por sua vez, afeta o seu comportamento e rendimento escolar (SILVA, 2000).

De acordo ainda com Skinner (1993) a punição, enquanto técnica educativa é questionável, pois a longo prazo traz desvantagens tanto para quem foi punido (criança) como para o agente punidor (pais/professor). Esta ausência de habilidades sociais se manifesta em conflitos no contexto escolar, afetando a interação entre alunos e professores, comprometendo também o relacionamento e a amizade com os demais indivíduos na escola. Sidman (1995) diz em se tratar de reforçamento negativo que, ao contrário do reforçamento positivo, surge quando o indivíduo, ao se comportar, o obriga a eliminar algo desagradável de ambiente, ocorrendo uma probabilidade futura da reprodução deste mesmo comportamento, isto é, a violência.

Del Prette e Del Prette (1999) investigaram as causas das Dificuldades de Aprendizagem das crianças e concluíram que: a) Os professores avaliam as crianças de forma negativa; e b) Carência das interações sociais entre professores e alunos em sala de aula. Por este viés, o péssimo comportamento das crianças pode ser explicado pela ausência de habilidades sociais, indicando a existência de uma avaliação equivocada sobre a criança.

Nos estudos de Del Prette e Del Prette (1998), nos estabelecimentos de ensino público onde não imperavam habilidades sociais foram constatadas: a) Elevada frequência de conflitos e/ou excessos e déficits interpessoais; e b) Dificuldade dos professores em administrar a atividade escolar. Desta forma, a ausência de habilidades sociais contribui preponderantemente para gerar um ambiente de conflito no espaço escolar, o que exige do professor o uso de instrumentos coercitivos para que possa desenvolver suas atividades educativas.

Por outro lado, muito embora da AHS das crianças para o ingresso na vida escolar, Del Prette (1994) aponta que no Brasil já há indicio de alguns profissionais da educação se mostrarem favoráveis à inclusão de valores e comportamentos sociais que venham aumentar o relacionamento e a interação social no contexto escolar, como forma de reduzir os conflitos entre os atores (alunos, professores, coordenadores, pedagogos, diretora, etc.) que desenvolvem suas atividades neste espaço.

Há autores, como Branco (1992), que criticam a escola por deixar em segundo plano e/ou “faz vista grossa” a questão da interação e das habilidades sociais, como um instrumento para aumentar a eficácia da educação. Tais autores argumentam que uma das funções sociais da escola é desenvolver no alunado atitudes de relacionamento e de comunicação humana. A escola, portanto, é um ambiente potencialmente rico de interações sociais educativas e que pouco é explorado.

Não é difícil notar que a criança precisa adquirir condições de aprendizagem em habilidades sociais para ter bom relacionamento com seus pares no ambiente escolar. Neste aspecto, Del Prette (2005) destaca alguns elementos que fundamentam as habilidades sociais no aspecto pessoal comportamental, situacional e cultural dos indivíduos:

- Verbais de Conteúdo, como: Fazer e responder perguntas; lidar com o comportamento do outro; saber fazer e receber críticas; opinar/concordar/discordar; elogiar e agradecer; saber pedir ou recusar; etc.

- Verbais de Forma, como: Tempo da fala; latência da voz; transtornos da fala; etc.

- Não Verbais, como: olhar e contato visual; sorriso; Gestos; Expressão Facial, Postura Corporal; Contato Físico; proximidade; etc.

- Cognitivo-afetivos, como: Conhecimentos Prévios sobre cultura, ambiente, papéis sociais e Autoconhecimento.

- De Processamento, como: Leitura do ambiente; Resolução de problemas; Auto-observação e Empatia.

- Fisiológicos, como: Taxa Cardíaca; Respiração; Fluxo Sanguíneo; etc.

Portanto, é importante investir na aquisição desses fatores, de modo a gerar competências de habilidades sociais nas crianças, principalmente na fase inicial de escolarização, quando a mesma está se desenvolvendo, cujo bom relacionamento com os demais se reflita no aumento da aprendizagem e no bom desempenho escolar. Ao contrário disso, como é recorrente, impera a agressividade e o conflito na escola, como produto das relações sociais inadequadas, prejudicando a própria socialização da criança, o que vai se refletir ao longo da vida adulta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo avaliou a contribuição das habilidades sociais no comportamento da criança no ambiente de ensino, cujo enfoque foi à relação social familiar. No geral, o estudo mostra que o comportamento social dos pais molda o padrão da habilidade social das crianças no contexto escolar, bem como das práticas educativas destes para com os filhos, ou seja: as habilidades sociais das crianças são condicionadas pelo grau de interação entre pais e filhos, como também dos professores.

Mostrou o estudo que as habilidades Sociais, como técnicas voltadas para organizar estruturas cognitivas, de modo afetar comportamentos individuais ou coletivos, devem ser alcançadas a partir da Assertividade, Percepção social, Aprendizagem social, Cognição e Teoria dos papéis que, ao lado de algumas hipóteses, buscando o bom relacionamento interpessoal e social na escola.

As principais habilidades sociais que as crianças devem adquirir para o bom convívio no ambiente de ensino são: falar fluentemente, usar expressões afirmativas, produzir imagem positiva de si mesma, fazer as próprias escolhas, porém considerando as opiniões alheias, defender os próprios direitos, respeitando os direitos alheios e, quando expressar sentimentos negativos, a criança deve ter autocontrole.

As habilidades sociais, revertidas de bons atributos de convívio social, deve se traduzir em comportamentos socialmente adequados, positivos e harmônicos, como: bom dia, boa noite, por favor, com licença, obrigado, entre outros, enfim tudo isso expressa um comportamento socialmente adequado, o que favorece a interação social e a boa aprendizagem.

Diante destes indicativos apresentamos a seguinte conclusão: As habilidades sociais podem sim contribuir significativamente para melhorar o comportamento social da criança no ambiente de ensino, desde que os pais passem a praticar o bom relacionamento interpessoal e social no ambiente familiar, uma vez que os autores supracitados foram contundentes em afirmar que o comportamento da criança nada mais é do que a expressão do comportamento social familiar.

Outra solução de curto prazo para reduzir o problema comportamental socialmente inadequado das crianças é a intervenção pedagógica psicopedagógicas e psicológica no próprio ambiente de ensino, cujos profissionais especializados possam corrigir comportamento antissocial, a partir da instrumentalização das habilidades sociais, com vista a gerar resultados positivos de comportamentos interpessoais e sociais.

Afinal de contas, o contexto escolar é um ambiente propício para lidar com as questões de relações interpessoais, pois neste espaço a criança se depara com outras tantas crianças, interagindo com as mesmas, além do professor e demais pessoas envolvidas no processo de ensino e aprendizagem.

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Como citar este Documento:

SOUZA, Maria Raquel Soares de; BEZERRA, Francisco de Assis Pinto. HABILIDADES SOCIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR. Recanto das Letras. Disponível: http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/editor.php?acao=ler&idt=5366949&rasc=0. Acesso em: Dia, Mês, Ano.

Assis Bezerra

Pesquisador. Consultor Acadêmico.

Contato: pinto.bezerra@hotmail.com

ASSIS BEZERRA e MARIA RAQUEL DE SOUZA
Enviado por ASSIS BEZERRA em 01/09/2015
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T5366949
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