Qual a relação do defeito de caráter como o desvio de caráter.

O que é desvio de caráter, e qual sua relação com o defeito de caráter, ambos estão relacionados em uma estrutura mental de perversidade, organicamente.

Herdada socialmente, de um determinado povo, em consonância com a cultura política de desenvolvimento, institucionalizada no Estado.

Sobre essa análise não existe caráter puro. O que é o caráter certa ideologia, digamos essencialmente política sustentada na antropologia cultural, normalmente em modelos religiosos.

Não existe caráter a priori, ele é construído ou deformado ao longo da evolução das civilizações, o mundo ocidental, particularmente a sociedade inglesa e o Norte da Europa, entendem o caráter do latino, como defeituoso.

Desse modo, a civilização latina, tem caráter transviado, ideologia como produto da Reforma e da Contra Reforma, o caráter não deformado, os protestantes.

Com efeito, como definir um comportamento fundamentado no desvio de caráter, quando a análise em última instância é uma ideologia política, modelo de desenvolvimento econômico.

O bom caráter aquele que pertence à sociedade que escolheu os preceitos do protestantismo clássico, sustentada hoje no liberalismo econômico. Com efeito, em muitas sociedades o que se denomina de neoliberalismo.

Desse modo, muito difícil definir o desvio de caráter, o que é entendido pelo mau-caratismo. Portanto, classificar apenas como teoria da perversidade é muito simples, como formata a psicanalise.

Não existe o individuo isolado da sociedade, o caráter desviado manifestado na pessoa, como perversidade é o resultado da substancialidade social do meio complexo, desse modo, em maior ou menor proporção atinge a todos.

Não é Pedro ou João como brasileiro que tem defeito de caráter, a sociedade inteira brasileira, não se formata com o bom caráter.

Desse modo, a pergunta fundamental, tem cura para o desvio de caráter, não, isso por quê o desvio de caráter não é um uma doença, entretanto, antropologias culturais.

Todavia, um procedimento mimético cultural. Portanto, só condenável quando manifestada na pessoa.

Sendo assim, não existe o indivíduo perverso, entretanto, a sociedade perversa, psicopática, efetivada no indivíduo.

Portanto, curar o sapiens, é impossível, uma vez que o supostamente curado, tem que voltar ao meio que provocou a doença, aliás o curador e tão doente, igual a quem está em tratamento, por não propor a eliminação da causa, partido da ideia que sociedade é sadia.

O caminho da cura seria as revoluções culturais, superando modelos políticos provocadores das doenças psíquicas, o que significa a eliminação do modelo neoliberal para implantação de um regime de governo social liberal, como é em boa parte do mundo.

Desenvolvimento econômico, com a distribuição da renda, um capitalismo compartilhado. Única cura objetivando a superação do caráter deformado, uma revolução social política, boa parte do mundo já realizou.

Todavia, não existe a cura individualizada, como se a doença psíquica fosse da pessoa, quando é da tipificação da forma de Estado Político, modelo de sociedade produtiva institucionalizada.

Exemplo do Brasil, o mau-caráter, não pertence à classe política, no entanto, ao povo brasileiro, a renovação da classe política brasileira, tem constituído em perda de tempo.

O mau-caratismo invertido, ideologicamente, quando usa da propaganda do mau-caráter para combater ideologias, tendências de governos.

A crença ingênua, que através do neoliberalismo, o Brasil voltaria sua normalidade comportamental, desse modo, eliminado o desvio de caráter, sendo que também seria superado o comportamento como resultado do defeito de caráter, mistificação psicanalítica.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 07/01/2017
Reeditado em 07/01/2017
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