Batalha de Santa Laura, Chile.
Quando todos duvidavam, eu ainda tinha fé no flamengo, igual a sexta feita por Marcelinho no basquete brasil contra o franca, e a cobrança de falta feita pelo Petkovic aos 43 minutos contra o vasco.
Era difícil eu sabia,mas como dizia o velho guerreiro chacrinha, o jogo só acaba quando termina”.Sempre foi muito difícil, jogar uma copa libertadores, aqui na nossa américa estamos exposto à altitude, frio,moedas,pilhas , pedras,arbitragem sem critério, e até bolas de golfe que vinham da torcida local,naquele estádio do Universidad del chile(La U) estádio de Santa Laura, às laterais do campo, e na entrada dos vestiários, ferindo os jogadores do flamengo.Precisávamsos de dois gols e fizemos, porém tomamos um gol,um golpe mortal que nos furtou a classificação, em menos de dois minutos, uma alegria fugaz me invadiu quando Adriano fez o segundo gol, gritei, pulei,quis chutar as almofadas que estavam num canto da sala ao lado de uma cadeira de madeira, mas a minha esperança caiu verde feito capim,48 minutos, fim do jogo, infelizmente não deu, não teve santo que deu jeito, tudo bem Deus não quis, perdemos a batalha de Santa Laura.
No outro dia pela manhã, ao acordar,não conseguia firmar o pé esquerdo, meu tornozelo doía demais, e então percebi que havia um corte,enfim, ao invés de chutar as almofadas, acertei a cadeira de madeira que estava bem ao lado, com o corpo antes quente não tinha sentido dor.
Procurei um médico, graças a Deus nada tive de grave,tomei uma injeção e depóis foi pomada e gelo.
Na volta pra casa, um pouco dolorido e revoltado por meu time ter perdido e ferrar meu pé, um conhecido antiflamenguista me fez uma pergunta em tom de ironia:
_ Está machucado, tava jogando ontem no Chile?
Respirei fundo, olhei pra cara dele e disse ainda mancando:
_ Mas o império do amor funcionou, eu fiz a dupla de ataque com a sua mãe.