UM VIOLINO NAS JORNADAS - PREFÁCIO

Pelo cronista: Rhamati Hogrub Mar

Já li vários livros do amigo Luzirmil, (ICOPERE) mas sem sombra de dúvidas “Um Violino nas Jornadas” pode ser considerado sua obra prima.

Se dependesse da minha opinião teria um título pomposo: algo semelhante à “Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swith (1667–1745), escritor Irlandês nascido e falecido em Dublin. Aliás, anos atrás lhe dei apelido semelhante, mas Icoperê, (Luzirmil) em sua extrema humildade preferiu transferi-lo ao seu carro chamando-o de Goliver, (mistura de Gol e Oliveira) o qual utiliza em suas andanças, preferindo auto-intitular-se “O Peregrino”, apelido dado por um desafeto em seu tempo de criança. Tal alcunha lhe dá um sentido vulgar, com o propósito de despojar-se das áureas da grandeza, que não é seu forte. Optou pela interior: A grandeza da alma: subjetiva, oculta, desprezível e sem aparência; aspectos que revelam sua personalidade introspectiva.

Esta grandeza interior não pode ser tateada, não visível ao simples mortal, mas aos seres que possuem sensibilidade etéria, dada a volatilidade das mensagens que procura transmitir através de seus escritos, de maneira simples, sem preocupar-se com estilo, regras gramaticais, ortografia ou concordância, o que indica despojamento de vaidade.

-Os escritos de Icoperê são destinados a pessoas eruditas, de espírito nivelado ao amor de Deus.!

Conheço Icoperê a trinta e sete anos, desde então formamos sólida e duradoura amizade, talvez por termos ideais em comum, sempre o admirei, não só pelo porte cristão, mas também pela inteligência, coragem e determinação estóica.

Um violino nas jornadas faz-me lembrar “Harvey Birch o bufarinheiro”, um personagem empolgante do romance “O Espião”, de Fenimore Cooper, que trata de um episódio da guerra da independência dos EUA. (Harvey Birch era considerado um espião, correndo perigos e sendo caçado como uma raposa. Certa ocasião, ao ser feito

prisioneiro por uma súcia de malfeitores foi entregue as forças do exército continental e condenado à forca. Ficou preso no alojamento do destacamento para ser morto na manhã do dia seguinte, mas conseguiu safar-se. Utilizando sua argúcia enganou a guarda fazendo-se passar por uma velha que servia de cozinheira aos soldados.)

-Lendo “Um Violino nas Jornadas” senti algo a ver com as andanças do bufarinheiro. Na verdade aquele que consideravam como um espião era um herói anônimo, que lutou pela independência de sua pátria rejeitando qualquer espécie de recompensa, reconhecimento ou vantagem material. Sendo conhecido pessoalmente do general G. Washington, contudo manteve segredo de sua identidade até o fim; mesmo quando prestes a ser enforcado.

Icopere viaja desde a época em que o conheci. Viagens estas feitas com desprendimento, na maioria delas, com seus próprios recursos, sempre instruindo e as vezes socorrendo os menos favorecidos, sem almejar recompensa.

O leitor menos avisado poderá ficar céptico quanto ao conteúdo deste livro que é uma miscelânea de acontecimentos, entretanto a realidade é que o autor quis descrevê-los como uma forma de realização pessoal, sem contar porém com os profundos conhecimentos literários exigidos nas artes literárias.

Não recomendo esta leitura a pessoas que não tenham sensibilidade para entendê-la e assimilá-la. Se o prezado leitor não tem tal virtude pare no prefácio, pois correrá o risco de criticá-la negativamente no sentido de despojá-la de seus méritos e legando ao autor, desmerecimentos injustos.

Aos fatos narrados em sua essência, merecem credibilidade.

Vale a pena ler está obra e meditar na mensagem que ela nos transmite.

Parabéns Icoperê! Por sua iniciativa. Poucos tem a coragem de tornar público seus ideais.

Sinto-me orgulhoso por ter me procurado para avaliar seu trabalho. Valeu a pena, vá em frente!

Rhamati Hogrub Mhar

Luzirmil
Enviado por Luzirmil em 07/07/2010
Reeditado em 07/07/2010
Código do texto: T2363474
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