O Português "Tal & Cual"...

<<... Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido ...>> (Leonardo da Vinci)

De: Silvino Potêncio,... (com chapéuzinho por favor!!!) ® Os Gambuzinos (276)

&#61656; O Português tal & cual!...

Há mais de 60 anos que vimos a incorporar milhares de verbetes ao nosso dicionário pessoal, e... talvez por isso o acúmulo de palavras em arquivo mental seja um dos motivos pelos quais insistimos na nossa forma pessoal de expressão literária, à qual resolvemos apelidar de "Catramonzeladas Literárias"!

O vernáculo, a sintaxe, os fonemas, as firulas, os sinônimos, acrônimos, antônimos, heterônimos, homônimos, os verbetes em suma!... todos misturados em uma verdadeira sopa de letras, são as bases de um português complexo, complicado, exdruxulamente detestado pelos estudantes naquelas longas horas de aulas de estudo gramatical, então utilizado no ensino público-básico, para se atingir um conhecimento mais ou menos filológico, mais ou menos erudito,... mais ou menos intelectual (estamos em dúvida se devemos escrever o intelecto com um “CÊ” ou sem ele!?...) que nos conduziu a todos para uma situação tantas vezes hilariante... e dái nós escolhemos o estilo hilário para fazer as nossas crônicas, que muitos Leitores dizem que são escritas nas entrelinhas!...

Nada disso meus caros leitores!... na verdade o que nós escrevemos, e da forma que o fazemos nada mais é do que o português falado, escarrado, cuspido, palreado, a torto e a direito por todos... desde o cidadão mais analfabeto até ao mais ilustrado utente da língua do Ti Zé das Couves!

- ah... e quem é o Ti Zé das Couves?!... que nunca ninguém leu nada sobre ele?

Ledo engano... o Ti Zé das Couves é primo do Ti Zé Pô Vinho e vem da figura alegórica, absolutamente desconhecida mas que está perene na cultura popular seja no Brasil, seja na Aldeia de Caravelas de Mirandela (e... mais uma vez temos o dever de esclarecer que as nossas “Caravelas” nada teem a ver com as Naus dos intrépidos Marujos do Ti Bartolomeu Dias, porque... embora este nosso Conterrâneo tenha nascido lá por Trás Dos Montes próximo das nossas Berças, segundo dizem alguns historiadores, há controvérsias em saber se Caravelas nasceu antes do Ti Bartô – só para os íntimos – ou se ele foi o inventor das Caravelas!!!).

Posto isto, nós queremos deixar aqui registrado (ou será só registado?!) que a necessidade de se elaborarem regras para a forma, o formato, o modo, o jeito, a maneira como cada qual fala, tem que ter uma homomorfologia no seu conteúdo... uma homogeneidade literária concordante e aceitável. Uma unipersonalidade de características (ou devemos escrever apenas caraterísticas?!) pessoais transmissíveis, legíveis mas não hereditárias; explicamos!

A unipersonalidade dos nossos escritos revela o nosso conhecimento próprio! Aquele que nasce da nossa individualidade intelectual (mais uma palavra que suscita dúvidas nas entrelinhas... somos inteletuais ou intelectuais?... didatos ou didactos?...).

Já a homomorfologia da palavra da frase, da sentença, do reticismo da retórica que imprimimos em cada vocábulo depende da forma como apreendemos (diferente de aprendemos) a composição, e subseqüente “dês” composição da mesma palavra usada por mais de 250 milhões de falantes!...

Certo é que cada um tem uma e ao mesmo tempo todos devem usar uma só!... isso é o português tal “qual” se usa no acordo!... - tão diferente daquele tal “cual” se fala!!!... mesmo quando se está em “des”acordo.

O assunto é inacabável, infindável... incabível seria melhor dizer, mas...todavia sempre verdadeiramente discutível até ao final dos tempos. Por isso muitas das nossas crônicas (artigos de opinião pessoal) que lançamos via internet ao conhecimento de cada leitor, elas terminam muitas vezes com um termo infinito, envolvedor...<< Portugal é eterno, e acrescentamos... nunca se diga ADEUS para sempre!!!>>

Porquê?... porque Deus não é eterno!

Ele não é eterno além do nosso conhecimento enquanto humanos...ELE é Omnipresente e Omnipotente porém apenas enquanto duramos, nós que cremos n’ELE, enquanto temos fé e cremos verdadeiramente em algum DEUS QUE SÓ ELE, é igual para todos. - Nós homens somos apenas feitos à sua imagem logo somos todos copiados, clonados, incorporados aleatóriamente ao longo dos multimilénios, dos quais a mente humana consiga imaginar a nossa existência original intransferível.

Teóricamente a “caixa de pandora” da nossa língua foi aberta lá em Campo de Ourique (tinha que ser no Além Tejo dirão os Compadres Além Tejanos) lá pelos idos do ano da Graça Divina de 1139 depois do nascimento do Ti J.C. quando o Papa homologou a Carta Patente ao proclamar o Ti Dom Afonso Henriques, como sendo o Primeiro Rei (com iiii, por favor) Português!

Na verdade ele já era Rei e se comunicava em Português “Portucalense” desde 1124 mas, por causa das dificuldades do “Trem Bala” daquele tempo, que era uma Cavalo Russo da região do Riba Tejo, um “puro sangue Luz & Tano” muito usado pelos “correios” e pelo STPM (Serviço Templário-Postal Militar) mas que demorava muito tempo,... às pessoas em Lisboa, entenderem bem o que o Português “puortucalense” queria dizer aos Mouros, que eram os donos da caixa forte e do caixa do Mao Mé, então logo ali se começou a usar esta língua Luz & Tana...

Vejamos aqui alguns relatos do Português daquele tempo que ainda não estava “acordado” – isto para que os leitores entendam porque é que nós escrevemos tanto nas entrelinhas!

- Mas já o príncipe Afonso aparelhava

o Lusitano exército ditoso,

contra o Mouro que as terras habitava

de além do claro Tejo deleitoso;

já no campo de Ourique se assentava

o arraial soberbo e belicoso,

defronte do inimigo Sarraceno,

posto que em força e gente tão pequeno.

Ao sermos pequenos em tamanho físico, nos tornamos gigantes pela fé, pelo credo, pela força interior que emana da nossa criatividade cultural e intelectual expandida no gene da origem de cada um, que é como quem diz; cada qual é p’ró que nasce!... e se escrevermos isto de outra forma literária poderemos afirmar que as batalhas foram ganhas pelo povo baptizado e perdida pelo povo não baptizado!... os Mouros. Agora esperemos pelo reverso da moeda...

Ainda dentro das entrelinhas do gênio da língua de todos nós, nos deliciamos aqui com mais outra estrofe ;

- Em nenhua outra cousa confiado,

senão no sumo Deus que o Céu regia,

que tão pouco era o povo baptizado,

que, para um só, cem mouros haveria.

Julga qualquer juízo sossegado

por mais temeridade que ousadia

cometer um tamanho ajuntamento,

que para um cavaleiro houvesse cento.

- Por isso vos digo que... depois de tanto tempo já nada mais nos resta para escrever nas entrelinhas... apenas que fiqueis com Deus o vosso, aquele em quem confiardes o vosso entendimento da origem da vida antes de abrir-des novamente esta caixa de pandora com a descomunal diferença do <<um por cem... e todos por apenas um conto de reis “” dos tempos do Português arcaico, do qual nos orgulhamos até Deus querer!...

Silvino Potencio - Emigrante Transmontano. - O Home de Caravelas - Mirandela

http://osgambuzinos.blog.com

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Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 10/09/2010
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