Eu e minhas rotinas:lançamentos,palestras,academias,escolas,uma luta constante




 Escrever me dá  prazer.Mas,como escritora independente,sem o apoio de nenhuma editora de porte e tendo que faze ,sozinha o trabalho de dezenas de funcionários,isso,pesa,meu irmão.

Primeiro a gente escreve,depois  revisa, imprime e envia para o  EDA (Escritório de Direitos Autorais),espera receber seu número de registro,procura uma Editora,procurando fugir das caça – níqueis,paga a impressão,escolhe ou manda fazer a capa recebe  a prova para análise e,um dia,recebe ,pronto,seu livro.

É a mesma emoção de pegar um bebê nos braços.E, a cada novo livro a mesma emoção se repete.

Mas,o trabalho está apenas começando. Temos que fazer o lançamento,a prova de fogo do autor.

Por ai  a gente sabe quantos amigos,de verdade,tem;família grande também   ajuda.

Para um médico,um professor,um ator ou publicitário não é tão difícil;aquela pessoa tem um público.

Nós ,também,depois do segundo livro,quando já marcou território.Pertencer a uma entidade ligada ao livro,ajuda.Câmaras do Livro,Academias,Projetos Culturais.Amigos na mídia é fundamental,pois,quem não aparece,não existe.

Comecei na Internet e,quando publiquei meu primeiro livro solo,o “Contos E Causos”,já tinha mais de 300.000 leitores na rede.Muitos compraram meu livro,leram,elogiaram bastante e estimularam outros a comprá-lo.

Quando cheguei na Bienal de Minas/2009,diversas pessoas vinham direcionadas para comprar o livro que esgotou no segundo dia.

De forma mais modesta,aconteceu o mesmo com “A Bahia de Outrora”,na Bienal de Curitiba/2010.

Mas,retornando ao lançamento.A escolha do lugar é importante.Pode ser uma livraria de fácil acesso,um salão cultural ,a sede  de uma academia ou mesmo uma Bienal ou feira de livros.Esses lugares têm muita concentração de pessoas que ,mesmo que não procurem seu livro,ao menos,não deixam o escritor com cara de paisagem,diante de uma pilha de livros não procurados.

Ao marcar o lançamento,com uma certa antecedência,vale fazer os banners,folhetos para distribuir com o público,enviar convites por e-mails,procurar as principais redes de comunicação,oferecer um exemplar autografado  juntamente com um convite impresso,personalizado.

Não esquecer o serviço.Eu prefiro servir um pro seco,água mineral, refrigerantes  e   sequilhos,doces e salgados.

Qualquer notinha num jornal ou  TV importante ,ajuda.Uma entrevista na qual a gente fala do livro ,é a glória!

 

Bem,passou o lançamento,se a gente vender 20 livros,pelo menos aqui na Bahia,podemos levantar as mãos para o céu e agradecer.Foi um bom começo.

Agora,outra chatice,a distribuição.

Muitos autores não gostam de colocar seus livros em livraria por causa das altas comissões,cerca de 40 a 50 %.

Concordo, é um tiro! E, nós já gastamos com  a feitura do livro,lançamento,etc

Eu procuro livrarias sérias e coloco meus livros lá.Até então,recuso  as grandes redes,pois,a comissão cobrada  é maior e ,devido ao tamanho e às cabeças coroadas que são vendidos lá,seu modesto livrinho,passado o lançamento,ficará hibernando em alguma prateleira escondida por aí.

A diferença entre mim e meus colegas ,segundo os próprios livreiros é que eu trabalho meu livro.Visito as livrarias duas vezes por mês,imprimo  folders colocando  a relação das livrarias onde o livro é encontrado,ponho a listinha nos  meus blogs.Talvez por isso,por não fugir à luta,o "Bahia de Outrora" já chegou à segunda edição ,com a primeira, esgotada.
Sei que o trabalho é custoso,mas,anda.

E,quem quer resultados,mexe- se!

 

Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 29/04/2011
Reeditado em 29/04/2011
Código do texto: T2938181
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