VERDADES RELATIVAS

Embora precisemos acreditar em nossos semelhantes, aliás, bastante semelhantes, temos que ter a consciência que nesse mundo de provas e expiações, depararemos com os tipos mais sórdidos, mais cruéis e que assim deverá ser para que possamos exercer nossa tolerância, compaixão e sobre tudo evitar que ambas as partes se endividem ainda mais, para então trilharmos o íngreme caminho da escala evolutiva.

Não existe mal que perdure para sempre, pois, as “trevas” na verdade são frágeis, tão frágeis que a simples chama de uma vela é capaz de dissolvê-la ao irradiar luz para um ambiente milhões de vezes o seu tamanho, alcançando pontos que teimavam em permanecer na escuridão, incluindo aquele detrás da macieira.

A vida é como uma escola aonde entramos para evoluir, se não conseguirmos as notas necessárias, repetiremos e repetiremos e repetiremos, até o dia em que tomarmos as decisões corretas, acertarmos nas escolhas e enfim aprendermos a lição. Nosso destino, se assim posso chamar, tem seu objetivo final como ponto imutável desde a origem, só nos resta chegar lá, já o tempo que levaremos para percorrer esse circuito, só dependerá de nós mesmos e do bom uso de nossa liberdade.

Devemos conviver com o contraditório como uma necessidade para a afirmação do seu oposto, procurando sempre entender que a sobrevivência de um está diametralmente ligada a existência do outro.

O Sentido destes escritos, gosto sempre de deixar isso transparente não é formar opinião, dogmatizar, não há um cunho doutrinário, embora nem meu espelho acredite nisso, mas sim, ampliar nosso leque de observação direcionando-o para ângulos diferentes. Quando o inimigo se apresenta não necessariamente deve ser encarado como motivo para alardes ou lamentações, acaso não existe, pode estar aí à chance que tanto esperamos para nos redimir de um tropeço anterior e avançarmos um degrau em nossa escalada. É curioso como somos obrigados a escalar sem que o mínimo treinamento de alpinismo tenha sido ministrado, só caindo é que aprendemos a subir, mas é assim mesmo. Meu pai dizia - Menino não sobe aí! – e eu subia, depois caia e não subia mais até obter segurança.

Temos que sempre procurar usar nossa visão periférica no sentido de tentar desvendar o segredo daquele momento, como um quebra cabeças, a vida nos dá oportunidades numerosas disfarçadas em maus momentos, basta parar de olhar e começar a enxergar. O momento é sempre agora. Lembrando que neste plano a verdade sempre será relativa ao nosso estado de evolução, portanto, vamos procurar não acreditar em tudo, mas não devemos duvidar de nada.

Anderson Du Valle
Enviado por Anderson Du Valle em 20/05/2011
Código do texto: T2982494
Classificação de conteúdo: seguro