A importância do gênero Ficção Científica na literatura

Quem nunca sonhou em ter uma máquina do tempo e viajar para o futuro para se ver mais velho? Ou mesmo regressar ao passado e rever os avós? Conhecer como seria o centro da terra, caso a tecnologia da época permitisse, e ver o que encontraria muito abaixo de nossos pés? E por que não alimentar a imaginação de outras pessoas passando isto para o papel? Os pais deste gênero literário; o francês Júlio Verne e o inglês Hebert George Wells foram mestres em apresentar um cenário futurista aos leitores.

Mas saiba que no começo, por incrível que pareça, eles não tiveram aprovação pela elite literária por considerar seus “romances- ficção” como fora do contexto aceito por eles e pela “massa” do século XIX. Nos anos de 1800 houve diversas transformações, e com isto a literatura puxou a fila seguindo as novas tendências incorporadas aos poucos. Os romances foram transportados de um passado insólito, sem mudanças expressivas, para um presente vibrante e mundano.

A grande sacada destes escritores foi pular esta fase indo direto ao futuro, e pondo a irritar a quem estava acostumado com a nova tendência. Os “velhos” afirmavam que “o futuro é apropriado à imaginação” e de nada contribuiria à sociedade do recém-transformado século XIX.

Fico eu pensando no grande equívoco que estas pessoas cometeram. Como não houve contribuições? Além de abrir a cabeça de leitores e mostra-lhes caminhos a seguir em uma eventual mudança de conceitos, os autores introduziram em suas ficções científicas, preocupações com possíveis instabilidades como: O crescimento populacional e a diminuição de alimentos, tese defendida por H.G Wells, as invasões e o pedantismo de certos chefes de governo em subestimá-los, a evolução das espécies, e assim por diante.

Até os escritores mais contemporâneos deste estilo como: Aldous Huxley e George Orwell procuraram mostrar sua preocupação com a formação de uma época não tão distante, e envolveram temas como autocontrole de governos por meio de aparatos tecnológicos, o desenvolvimento de drogas capazes de barrar o descontrole emocional, e também a “fabricação” de bebês sem nenhuma doença, com sua vida pessoal, profissional, moral, definidas em seu DNA ainda nos tubos de decantação.

Grandes escritores espelharam nestes, e produziram teses e romances que serviram se não para deixar uma sociedade melhor, deixá-la menos ordinária possível.

Chronus
Enviado por Chronus em 13/05/2012
Reeditado em 15/04/2013
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