Plenitude
Creio que esta é uma das palavras mais usadas em um bom romance de ficção científica. Isaac Asimov é um belo exemplo do qual podemos ilustrar a utilização desse termo. Suas personagens envolvem-se e se desenvolvem, geralmente, em torno da plenitude. Contudo, nos faz pensar que seu significado intrínseco é muito mais profundo do que nossa vã filosofia.
Quando dita ou escrita, levando-se para o lado ficcional, nos remete ao estado futurista. Algo praticamente longínquo, mas que sabemos que em determinada faixa temporal e espacial um dia chegará.
Entretanto, como será a forma na qual se apresentará? Será ela fisicamente palpável? Será ela gasosa, lembrado o frio espacial característico também nos livros de FC? Ou será um estado de espírito, algo que é construído no subconsciente das pessoas e serve de força motriz para todos os avanços tecnológicos presentes na ficção e agora em nossa realidade?
Antes mesmo de nos imaginarmos pisando em solo marciano ou transpondo a barreira temporal para anos luz, devemos nos encontrar sobre a difusão deste em trechos bíblicos.
Na Bíblia, plenitude é algo a ser conquistado. É a recompensa de Deus àqueles que trabalharam duro para finalmente levantar o troféu da vitória. É o paraíso propriamente descrito no livro de Gêneses. É a redenção de algo que nunca imaginávamos um dia chegar. Enfim... é a união do espírito com o divino.
É assim que os autores se enveredam em histórias utópicas fazem. Elevam o espírito em busca do divino seja ela entendida em suas várias vertentes: tecnológicas, sociais, humanas e/ou sobrenaturais.
Portanto, praticamente todos os livros que se apresentam com epopeias de FC trazem no seu bojo o poder divino que se desdobrará no poder do progresso humano. É a força magistral que se perpetuará por anos, séculos e milênios no universo. Tudo isto se concentra em apenas uma única palavra: “Plenitude”.