Das interações
Que escriptor/escriptora que, desde o tempo dos centuriões, gladiadores e seus leões, não gosta de ver às suas composições uma ou mais interações? E o Recanto das Letras propicia esse diálogo entre quem escreve e quem lê.
Encorajadoras, jocosas, reflexivas, críticas, ou mesmo crípticas, orbitais e elípticas, elas têm o condão de dar ao texto sobrevida, repercussão, extensão, e até, pois é, o que não está ao alcance da mão, mas bem nos domínios do coração.
E em meio à vasta e crescente confraria recantista, quanta justificada alegria não se cria com o uso desse mecanismo de tão fácil acesso. Nada obstante, casos há em que autor/a opta por suspender a recepção. Decepção? Ou decepação?
A memória pode me falhar agora, ma mi parla ancora: das primeiras interações que fiz desde que aqui entrei, há uns 4 anos, experimentei ver meu textículo subir para a página da poetisa Hull de la Fuente, sob um enunciado acolhedor - como sói a essa pantaneira amiga, que de Tesouro (MS) compartilha a origem e o caráter. E dali pra frente, cresceu e frutificou nosso diálogo, a despeito das tentações da Boate Azul, e das reprimendas coléricas do Frei Dimão, que tudo vigia, de norte a sul.
E o que sobreveio, foi uma cascata delas - as interações - mais clientes com alguns e mais formais com outros, mas sempre dentro dos limites da aceitação mútua. E a vontade, de excitar, é de aqui citar um bom número desses verdadeiros/as titãs da escrita e da leitura, que tanto prazer proporcionam a este quase ancião que a nada teme, senão a picadura - duma injeção. Mas só por medo de infecção. E a quem, que maldade, hein, Don Facury não entrega a chave do harém...