A VIDA É UM JOVEM QUE JOGA

DO LIVRO - REFLEXÕES SOBRE O DIREITO APLICADO, A MICROPOLÍTICA E A GESTÃO PÚBLICA NO BRASIL -

Vamos nos soltar em imaginações-reflexões-conclusões sobre este registro de HERÁCLITO DE ÉFESO?

A vida pode ser vista, ouvida, percebida ou sentida (por qualquer dos nossos sentidos) como se nós e a própria vida fossemos crianças livres, imaginária ou realisticamente, mental ou fisicamente; ou eternos jovens resolutos, também imaginaria ou realisticamente, ora equilibrados e prudentes, ora ousados e temerariamente insistentes ou contumazes e antenados militantes, experientes e exímios em armas e táticas guerreiras.

Ou podemos contatar a vida considerando-a desde uma brincadeira infantil até um campo de batalha. Ou, ainda, como um campo aberto e livre em que uma criança, um jovem ou um soldado ouse transgredir o comumente usual, com inventividades técnica e tática, fortuitamente improvisadas, próprias de criança, de jovem, de batalhador, de experimentado, de sábio ou de gênio.

Ou podemos também considerar uma contingência, quer da vida quer de cada um de nós, em seus milimétricos detalhes de etapas e sequências, imaginariamente ou realisticamente, possíveis de serem integrados à vida ou a cada um de nós; ou que possam ser driblados ou vencidos com qualquer das milhões de possíveis “inventações”, ainda que possam resultar em atrevidas transgressões.

Jovem aqui não é somente o jovem confinado; pode reduzir-se também numa criança, num adulto ou num velho e todos em plena, total e livre atividade vivencial.

Jogo pode ser desde brinquedo até luta; diversão até zombaria; desde astúcia até dissimulação. No grego antigo podia ser adorno para embelezar certas partes do corpo, canto ou ação destinada a acordar quem dorme na vulgaridade, na insignificância, na timidez, no desânimo.

A vida ora se nos apresenta como um contexto infantil, ora como um palco onde jovens se esbaldam, ora como um rústico e terrível campo de guerra.

Ora a vida nos é um universo de extravagâncias, ora um tablado de extroversão; ora nos propicia um fantástico mundo brincante, ora nos impulsiona para ousadias criativas, contidas ou exageradas, exigindo de nós coragem, energia e habilidade, mesmo porque o jogar requer amplas, múltiplas e ricas táticas, astúcias e espertezas, precisas e sincronizadas em e para todos os sentidos físicos, mesmo porque o bom jogador está sempre propenso a possuir e a utilizar-se com maestria de um sexto sentido, que só exímios o podem ter, e esta excelência há de estar presente nas ideias, ações e concretizações do homem-vida-jovem, e mais ainda porque...

A VIDA É UM JOVEM QUE JOGA.