A pedra cúbica - Maçonaria ...

Brita, pedra grande, diamante, pedra no rio que polida pelo andar da correnteza pedra na vidraça, granito, angular, sabão.

Todas são pedras reais e cada uma com característica e existência material próprias, proporcionais aos seus formatos.

Nos seres humanos também dá para encaixar nossas qualidades a estes modelos de pedra, nas suas peculiaridades, encaixando cada uma ao seu molde.

Grande as qualidades humanas e um vislumbre diferencial onde não há nenhum com a mesma identidade ou impressão digital, e um diferencial que somente Deus para fazer esta enorme diferenciação na impressão digital, biometria ou mesmo na íris dos olhos.

Virtudes, qualidades, harmonia, homem livre, Deus Homem filho de Deus, ou Filhos do Grande Arquiteto do Universo, eis a pedra polida Homem Grande Arquiteto do Universo, Homem Deus, oxalá mais preparado para a Vida cotidiana.

A seguir..., texto do Irmão Eduardo Alberto Nahkur Junior, um estudo mais profundo e publicado na Revista Consciência, edição 138 de 2018, como segue:

“Pedra cúbica que é, na realidade, a pedra filosofal dos alquimistas.

A pedra cúbica é o símbolo da medida áurea, do desenvolvimento harmônio e equilibrado que supera todas as deficiências e controla a tendência para os excessos de qualquer natureza, pois todo excesso, em qualquer sentido, é uma falta de controle.

Exceder-se, em qualquer sentido, é uma deficiência, pois indica a falta de qualidade oposta que deve controlar esta tendência.

É uma das asperezas alegóricas da pedra bruta que deve ser desbastada, é uma irregularidade no desenvolvimento, em determinado sentido que nos afasta do equilíbrio perfeito e da perfeição cúbica ideal.

A beleza da figura humana, assim como a de um edifício ou obra de arte, é da mesma maneira função e resultado do grau de equilíbrio, harmonia e proporção perfeita entre todas as partes que compõem o conjunto.

Quando existir desproporcionalidade e excesso, em qualquer sentido, manifestar-se-á a imperfeição que afasta a obra da medida áurea.

A beleza imortal e proverbial das estatuas gregas deriva, precisamente, deste sentido de equilíbrio e harmonia que eliminava todos os excessos e que constitui a característica mais evidente da antiga cultura helênica.

O que os gregos mais reprovavam nos estrangeiros era esta tendência habitual para a falta de equilíbrio e harmonia.

A saúde perfeita e a eficiência física também dependem do grau do justo equilíbrio, harmonia e proporção que sabemos manifestar em nossos hábitos fisiológicos; todo excesso, em qualquer sentido, se converte em elemento destrutivo.

No campo moral, todo vício é um mau companheiro que é preciso revelar e disciplinar, para que não siga exercendo uma influência destrutiva sobre a obra da vida e acabe tomando inepta a pedra que deveria ocupar seu lugar no edifício social e humano.

O mesmo deve ser dito, no plano da inteligência das diversas qualidades e faculdades que caracterizam a genialidade verdadeira, ou seja, a produtiva.

O chamado gênio não é constituído somente pelo desenvolvimento da faculdade da memoria, nem da imaginação; não consiste unicamente na abundancia das ideias, nem no desenvolvimento da concentração.

Nenhuma dessas qualidades, isolada, produz o gênio verdadeiro, que só se realiza com o perfeito desenvolvimento equilibrado de todas as qualidades da inteligência sem que haja excessos e desde que cada uma dessas qualidades e faculdades seja capaz de conservar o lugar ao qual pertence e atuar em perfeita harmonia às demais.

O iniciado deve comunicar-se com os planos superiores. A intuição, quando desacompanhada do raciocínio, pode dar a percepção imediata da verdade, porém impede aquele que a percebe de expressá-la devidamente; enquanto que o raciocínio sem a intuição nos faz girar pelo campo das concepções e criações intelectuais, sem, porém atingir aquelas regiões superiores onde resplandece a verdadeira luz e onde se pode perceber a razão íntima das coisas.

O que necessita é de uma cooperação e um desenvolvimento harmônico de ambas as faculdades.

É estado equilíbrio, esta ausência de excessos que pode fazer da pedra bruta a pedra cúbica útil ao edifício, ou seja, torna-nos tais como nossa evolução necessita.

Este trabalho deve ser feito por si mesmo, obter um aperfeiçoamento, sentir as misteriosas harmonias das esferas superiores unirem-se a estas harmonias e compreender que elas não podem ter sido formadas nem por acaso, nem sem uma finalidade.

É preciso que o iniciado se coloque por ele mesmo m um estado físico e moral que permita estas revelações que resultam de uma iluminação última que se merece.

Havendo o Aprendiz trabalhado na Pedra Bruta com o Malho e o Cinzel, transformando-a em um cubo imperfeito, cabe ao Companheiro polir este cubo com o auxílio do esquadro, do Nível e do Prumo, tornando-a finalmente m pedra cúbica.

Desbastadas as arestas da personalidade ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas ações através do conhecimento adquirido realizando contornos delicados em fazendo então, do seu “eu”, um cubo perfeito, a pedra polida que assim estará apta a ser utilizada na construção do edifício do Templo, isto é, a humanidade Perfeita.”

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 11/05/2019
Reeditado em 08/07/2023
Código do texto: T6644777
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