SWITCHFOOT - SEM LIMITES PARA AS LIMITAÇÕES
Sem rótulos mas com aptidão cristã, banda californiana esbanja simpatia e bom humor em passagem pelo país
Qualquer adepto ou simpatizante do surfe deve saber que switchfoot é uma das manobras do esporte em que o praticante, após um salto sobre a prancha, posta-se numa nova perspectiva. Agora, nem precisa deslizar na crista da onda – basta estar antenado com a música gospel internacional – para saber também que Switchfoot é o nome de batismo de uma banda formada na Califórnia há quase quinze anos por iniciativa dos irmãos Jon e Tim Foreman, filhos de um pastor evangélico. Se depois de tudo isso nada ainda soar familiar, melhor então ouvir as trilhas sonoras dos filmes As Crônicas de Nárnia, Um Amor para Recordar e Homem Aranha 2, compostas com a participação dos californianos. Foi com essas referências que eles se apresentaram o Brasil no mês de setembro pela primeira vez e que, provavelmente, não será a última. Pelo menos essa é a promessa feita pelos integrantes da banda durante a passagem por São Paulo, Ribeirão Preto e Goiânia, antes deles se debandarem para a Argentina e encerrar a Hello Hurricane Tour pelo continente latino-americano. “Foram aproximadamente dois anos de negociações e tentativas, já que seria a primeira vez que o Switchfoot visitaria o continente americano”, conta Robertt Marques, um dos responsáveis por trazê-los. De acordo com o empresário, nem mesmo a falta de suporte de uma gravadora para divulgar a turnê de uma maneira adequada atrapalhou as negociações, e os shows aconteceram sem maiores problemas. “Sem limites paras as limitações. A música ultrapassou fronteiras e eles não cansaram de agradecer o carinho do público e da produção”, comemora.
Sempre solícitos com os fãs, os rapazes do Switchfoot esbanjaram bom humor e simpatia, demonstrando que não estavam no país apenas para cumprir agenda, mas também para interagir com o público e conhecer um pouco mais da cultura brasileira. “Amamos o Brasil e principalmente as pessoas”, resumiu Jon Foreman, opinião compartilhada pelos companheiros. Desigualdade social também fez parte dos assuntos discutidos durante a turnê, e com conhecimento de causa já que uma vez por ano eles vestem a camisa do movimento social Bro-Am, espécie de evento de surfe que angaria fundos para crianças necessitadas – a última edição aconteceu em Encinitas, California, conforme postado no facebook da banda. Embora os evangélicos a tenha como referência, Jon Foreman nunca aceitou que sua música fosse rotulada como rock cristão. “Nossas canções são para todos, o que conta é a fé e não o gênero”, sentencia.
Fonte: Revista Eclésia - Edição 145
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