A ERA DE AQUARIUS

Para alguns místicos, entramos na Era de Aquarius. A sociedade Rosacruz diz que ainda faltam uns quinhentos anos para isso. O que dizem que acontece com a psique das pessoas nesse tal período é a racionalização. Ou seja: todos nós nos tornaremos mais objetivos. Pararemos de dar confiança para coisas que não têm muito sentido. Haveremos de fazer, sempre, escolhas certas e daremos de mão coisas banais. Isso implica até que politicamente o mundo haverá de se estabilizar e o verdadeiro motivo de haver a política se manifestará.

Quanto às emoções humanas que incidem nos relacionamentos, muito progresso se pode esperar, pois os sentimentos cultuados até aqui não mais farão sentido se cultuar e serão, com isso, naturalmente rejeitados pelas pessoas. Se essa Era já chegou e se for como os defensores desse conhecimento dizem, estaremos intolerantes com certos tipos de comportamento. Masoquismo, que é gostar de sofrer, por exemplo, será um dos tipos de comportamento que estão com os dias contados. E isso será muito bom. Que as pessoas gostem de sofrer é o que as religiões, a política e a mídia precisam para controlar massas e tornar o mundo beneficiando a poucos.

O grande beneficiado da aniquilação desse sentimento mórbido, o masoquismo, e de outros como saudosismo (pessoas racionais não sentem saudade), é o amor. As pessoas, enfim, entenderão o que é realmente o amor. Amar não é sofrer e nem se afligir por qualquer motivo. Amar não é querer possuir e aprisionar e nem sentir pena de alguém. Amar não é voltar no tempo ou se prostrar esperançoso.

O amor é mais racional do que pensamos que ele é. Esse tempo todo, os que determinam para nós no que devemos acreditar têm falado o contrário. Alegam que o amor desconhece a razão, tão simplesmente para nos manter pensando assim e nos tornar frágeis comotivos. Porém, o despertar da Era de Aquário naturalmente fará com que as pessoas não permitam mais serem manipuladas com táticas psicológicas. Não mais serão conduzidas pela comoção ou por emoção alguma. Elas não verão sentido e não se deixarão se levar pelo o que não fala à razão delas.

Adeus ciúmes, crimes passionais, valorização de carência ou da melancolia. Adeus melodramas e ufanismo. Viva o amor puro, simples e verdadeiro. Que torna as pessoas iguais e objetivadas, motivadas pelo único objetivo da vida que é ser feliz.