Hipnose e parapsicologia

Como todas as ciências, também estas, têm sua origem na filosofia e praticamente todos os filósofos, tiveram conhecimento ou fizeram experiências hipnóticas. Modernamente, Bacon e Schopenhauer, se dedicaram a essas práticas inclusive com alguns desdobramentos.

Embora tão antiga quanto à magia, a feitiçaria e a medicina a hipnose é um estado de sono artificial, em geral induzido por procedimentos psicológicos sugestivos e caracteriza-se por elevado grau de sensibilidade e reação a percepções internas e externas.

Derivadas da hipnose, tanto a Psicologia, Psiquiatria, Parapsicologia e hodiernamente a Apometria, têm em comum, a chave que abre as portas que permitem penetrar no interior e trabalhar a “alma” humana. Dessa forma, não existem grandes diferenças entre elas, pelo contrário, por caminhos e técnicas aparentemente diferentes chega-se ao objetivo proposto.

Digo aparentemente diferentes, porque todas essas técnicas, conduzem o paciente a um “desdobramento” dos níveis de “consciência”, de tal forma que, dormindo ou acordado, lúcido ou em transe, consciente ou não, o paciente vivo ou morto, revela por si ou através de outros, os seus problemas e traumas bem como as suas causas.

A partir de 1774, na fase do fenomênico “poder da mente” o médico alemão Franz Anton Mesmer, estudioso e pesquisador das forças magnéticas, hipnotiza seus pacientes, faz experiências psíquicas e de desdobramento, entusiasma-se com os resultados e divulga as suas experiências que ficaram conhecidas como mesmerismo.

A partir de 1800, como método terapêutico experimental, a hipnose entra na fase pré-científica, abrindo um vasto espectro de aplicação com resultados absolutamente positivos.

Em 1816 o médico francês, Philippe Pinel, aplica a hipnose nos doentes mentais e liberta-os das cadeias. Em 1859 o médico neurologista francês, Jean-Martin Charcot, confirma a influência da hipnose na remoção e produção de sintomas no campo das perturbações mentais, estava criada a Psiquiatria.

Em 1872 Frederic Willian Henri Myers, escritor e filósofo inglês, estudioso da metafísica, divulgou um trabalho sobre a sobrevivência da alma o qual denominou de psycologia ou psyqué/alma logia estudo da alma. Em 1910, o psicólogo americano John Broadus Watson, aplica a técnica hipnótica na área comportamental e dá inicio a então chamada Psicologia filosófica especulativa conhecida hoje apenas como Psicologia.

Embora as primeiras experiências parapsicológicas ou metapsíquicas do médico francês Charles Robert Richet datem de 1882, foi somente a partir de 1934 com a publicação do livro do Dr. Joseph Banks Rhine, considerado o pai da parapsicologia, é que a ciência experimental até então conhecida como Psicologia Transcendente passa a ser denominada Parapsicologia.

Nos tratamentos de problemas mentais, comportamentais, psicológicos ou para-normais, quem é doutrinado, hipnotizado, tratado ou manipulado é o espírito, e não a mente como é erroneamente entendida. Por isso, podemos dizer que a mente enquanto física não tem poder algum e nem tão pouco existe.

É assim, porque o corpo é feito para o espírito e este sendo superior não obedece ao físico, pelo contrário, o físico é que está submisso ao espírito. Mesmo porque, não seria lógico a matéria submeter o espírito.

Dessa forma, nas sessões espíritas ou de psicoterapias, diante do hipnólogo, parapsicólogo, psiquiatra, analista, psicoterapeuta ou médium, respeitado o livre arbítrio, tanto a alma quanto o físico do agente passivo, obedece aos seus comandos.

Assim sendo, por sugestão, o dirigente se torna um “deus”, com poderes de criar ou plasmar personagens e ambientes, saudáveis ou hostis, enfim um universo. Uma simples ordem do terapeuta, e a dor desaparece, pode-se “transformar” o homem em um animal, sugestionar as sensações de frio ou calor, fazer viagens astrais, voltar no tempo, inclusive visitar pessoas ou lugares em tempo real.

Isso acontece porque em estado normal prevalece na mente o consciente sobre o inconsciente e pela hipnose é invertida a ordem e passa a prevalecer o inconsciente sobre o consciente.

Uns dizem que o transe hipnótico é físico, outros que é espiritual. De qualquer forma, essa técnica tem sido benéfica em muitos casos, inclusive na medicina, odontologia e tratamentos psicossomáticos, há muito tempo.

Como resposta ás sugestões, o paciente se caracteriza por ações emocionais nas quais o indivíduo pode se tornar cego, surdo, mudo, paralítico, amnésico ou apresentar estranhos comportamentos.

É importante dizer ainda, que apesar da vasta utilização da hipnose tanto na área da medicina, terapia, diversão quanto nas religiões e cultos, os tais milagres, nem todas as pessoas têm capacidade para hipnotizar ou ser sugestionável para ser hipnotizada.

Por fim, é bom alertar que não se aprende a hipnotizar em cursos ou livros visto que somente esses recursos, que denominamos técnicos, não capacitam uma pessoa que não tenha o preparo emocional para impor a sua vontade sobre a mente de outra pessoa.

Jhon Macker
Enviado por Jhon Macker em 15/11/2017
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