Pedagogia do comportamento eficiente

 

         A PNL – Programação Neurolinguística – é uma técnica que tem como objetivo pesquisar o funcionamento do cérebro humano com o propósito de identificar e mapear os processos segundo os quais pensamentos e sentimentos são construídos dentro da nossa mente e desenvolvidos pelo nosso organismo na forma de comportamentos.

       Com ela é possível descrever a estrutura segundo a qual as atividades humanas são desenvolvidas em nosso sistema neurológico de forma que nos permita, conscientemente, interferir nesse processo e realizar, rápida e eficientemente, mudanças profundas e duradouras em nossos comportamentos.

         A cura rápida de fobias, a eliminação de hábitos indesejáveis, como fumar, beber, comer em excesso, roer unhas, insônia, procrastinar obrigações etc. bem como eliminar conflitos entre casais, famílias e grupos de trabalho, melhorar a interação entre os colaboradores de uma organização para que funcionem com mais harmonia e atinjam maiores níveis de produtividade, combater o estresse, eliciar motivação e construir estados positivos e propícios à atividade criativa são alguns dos resultados visíveis e prováveis alcançados pelos praticantes dessa técnica.      

     Como disciplina acadêmica a PNL começou a ser desenvolvida no início dos anos setenta por Richard Bandler, psicoterapeuta interessado em informática, e John Grinder, professor-assistente de linguística na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.

         A partir das observações feitas na forma de atuar de profissionais que atingiram ótimos resultados em suas vidas pessoais e profissionais,  eles criaram um modelo para estudar as experiências humanas bem sucedidas e com base nele determinar quais as estruturas neurológicas que sedimentam as habilidades das pessoas eficientes e talentosas nos mais variados ramos da atividade humana.

       Com fulcro nas descobertas realizadas em seus estudos, Bandler e Grinder verificaram que o cérebro humano é capaz de registrar a totalidade das informações recebidas pelos sentidos, mas só utiliza uma pequena parte delas para formatar o conhecimento que temos do mundo. A partir dessa descoberta deduziram que ele funciona como se fosse uma espécie de biocomputador, programado pelos resumos que ele faz das experiências vividas pelo organismo. E que para tornarmos mais preciso e eficiente o nosso “mapa” de alternativas de respostas comportamentais é preciso ampliar a capacidade de representar o mundo em nossas mentes. Isso implica numa melhor utilização dos nossos sentidos externos e internos, no primeiro caso para aprender a captar a informação com mais qualidade e no segundo, para aprender a usá-las com mais eficiência.  

      A idéia que fundamenta esse processo sugere que se soubermos trabalhar adequadamente as informações que o nosso cérebro recebe, poderemos modificar nossa forma de ver o mundo e formatar “programas de comportamento” capazes de nos dar respostas mais eficientes aos desafios que a vida nos apresenta. Isso pode ser feito através da utilização eficiente dos nossos sentidos na captação da informação e do aperfeiçoamento dos nossos modelos linguísticos para interpretá-las e usá-las com melhor proveito. Daí o nome dado à técnica: programação neurolinguística (PNL)

     Com o sucesso obtido nas experiências realizadas nos campos da terapia e da comunicação principalmente, a PNL desenvolveu-se e passou a ser utilizada em vários ramos da atividade humana, tais como a informática, a psicologia, a filosofia, a saúde, a medicina, a pedagogia, o esporte, a religião etc.

  Pela eficácia dos resultados obtidos ela pode ser considerada hoje uma espécie de pedagogia do comportamento eficiente, isto é, uma forma prática e segura de ensinar pessoas a gerar novos e criativos comportamentos e também eliminar aqueles cujos resultados não interessam à sua felicidade. Em outras palavras, trata-se de ensinar as pessoas a descobrir e usar suas habilidades de forma eficiente e habitual.    

     Hoje em dia uma plêiade de esportistas, artistas, comunicadores e profissionais de todos os ramos de atividade utilizam as técnicas desenvolvidas pela PNL como ferramentas para aperfeiçoar suas habilidades e melhorar seus rendimentos como pais, professores, profissionais, empresários, amigos, parceiros, ou simplesmente como seres humanos, já que nada tem sentido, se nessa qualidade não obtivermos bons resultados.

(continua)