O que seria Voto Útil ?

Vivemos num cenário de mais de 20 anos do corporativista oportunista eleitoreiro do continuísmo.

Votar é contribuir com a corrompida democracia.

Democracia corrompida em que a cada voto, onde já esfolados, somos esfolados um pouco mais. Votar e oferecer a outra face como aquele ditado de Cristo, ou como aquele outro ditado da mulher de malandro. E deste efeito anestesiante e acomodado, creio que daqui a uns 5, 10, 15, 20 anos... estaremos convivendo com esses mesmos pensamentos. Votar no menos pior, democracia engatinhando, e outras balelas mais.

Vivemos num estado anestesiante da Acomodação. E acostumamos com os discursos daqueles que antes diziam de que era manobra dos fernandistas e se votássemos nulo estaríamos deixando o eleitorado ignorante e ou pra tchurma FHC, para os delinqüentes de luxo, para a elite dominante de capitalistas, sejam adeptos ou adesistas ao FMI e deixando que quadrilha fernandistas nos estuprassem diariamente, com todo tipo de instrumento e outras chorumelas sobre o capitalismo. Neste país em que nada se cria, tudo se repete, pois agora, depois que os desbravadores da esperança foram testados e, não restando mais nada a ser testado, volta a reprise do velho filme e está sendo encenado mais uma vez. Pois estão aí as mesmas justificativas ao Voto, só mudam os papéis dos personagens, aqueles que estavam lá e que eram malhados por esses que agora são "a bola da vez". Segue-se nesse troca-troca.

E por essas, o Brasil segue sem povo e continua sendo público desses oportunistas, dessas encenações, desses espetáculos...

Quanto tempo mais vamos aceitar esse nosso papel de figurante nesse sempre enredo onde o cenário é o mesmo a cada eleição, os personagens de sempre onde só mudam os papéis?

A conscientização do "Voto Nulo" ou a "Queima do Título de eleitor em praça pública" não é apenas e tão simplesmente para anular tal ou tal eleição.

Seria um GRITO, a voz do povo a respeito dessa nossa democracia de cada dia do Brasil de todo nós.

A questão da queima do título seria um GRITO a forçar a quebra de um paradigma, ou seja, em todas as eleições temos que ir votar nos candidatos que se apresentam. E pior, dizem que temos que votar no menos pior.

A queima do título seria a grande dose do amargo remédio alvejando a cura a certo prazo desse crônico CÂNCER (CONGRESSO NACIONAL + SENADO + CÂMARAS ESTADUAIS) e suas METÁSTASES.

Precisamos de ações que comecem a mexer com esse Câncer.

Quando o povo irá cair na REAL?

Não e nunca aplicamos ao menos doses a conta-gotas, visando ao menos um mentiolatinho nos arranhões desse câncer.

Acho sim é que precisaríamos mudar as mentalidades.

Infelizmente não há mais movimentos como houve de meus antepassados paulistas nos anos 30.

Faz muito tempo que um dia apareceu alguém com uma de tal do voto Útil e um outro no tal de votar no menos PIOR, pronto... compramos a idéia. Agora há os chavões dizendo que votar nulo ou a queima do título seria como deixar eleitorado ignorante ou comprados pelo bolsa MISÉRIA, e mais como essa

"com a abstenção do voto ou anulução do voto - estaremos contribuindo positivamente, mas para o sequestro da democracia, entregando o País aos corruptos e incompetentes" -

Que Beleza pureza de definição, como se a Democracia NÃO estivesse já corrompida...

ou como se com cada voto que despejamos nas urnas eletrônicas NÃO contribui um pouco mais com a corrupção da democracia aos acontecimentos desastrosos de uma saúde, educação e segurança pífias e se acabando a cada dia, além da impunidade dos tantos e tantos desvios de dinheiro público dos cofres da nação - nosso dinheiro, que sustentamos com impostos extorsivos a camarilha governamental - ou como se o processo eleitoral, que aqui, através deste sistema NÃO construiu-se os maiores organismos, instrumentos e aparelhos da corrupção e desvios de dinheiro público

ou como se lá houvesse (como já foi provado por inúmeras vezes) políticos libertos do corporativismo e de consciência limpa que podem atirar as primeiras pedras nos sanguessugas e mensaleiros.

Com todas referencias e argumentos favoráveis ao VOTO, ainda estou eu aqui tentando achar as diferenças do oportunista continuísmo dos discursos das épocas de um (fhc) e de outro (lula), e também a diferença entre o Voto ÚTIL e o voto no menos PIOR.

Quer que se que se leia, manipulados: depois de mais de 20 anos de escândalos sem fim, tais chavões favorecem ao continuísmo e distorcem a realidade atribuindo aos ignorantes e recebedores de bolsa miséria como algo de um então parecido como um fator determinante da eleição passada.

Realidade: do governo do “nunca antes alguém fez mais”, Lula tem 60% da aprovação do povo brasileiro.

Pergunta: haveria então no solo brasileiro 110 milhões de ignorantes e de miseráveis recebedores de bolsa misérias?

Considero Chavões de tamanha falta de argumentos criativos e a compra de tais chavões por suas próprias inteligências é de uma baita desconsideração ao elementar raciocínio atribuir a reeleição do Lula aos beneficiados pelo Bolsa-família ou aos ignorantes.

Continha: Lula da Silva, venceu as eleições com 58.295.042 milhões de votos, que corresponderam a 60,83% dos votos válidos. Os eleitores Bolsa-família estima-se em cerca de 25 milhões de pessoas, ou seja, menos de 20% do eleitorado inscrito. Já o candidato Geraldo Alckmin, obteve o voto de 37.543.178 milhões de eleitores, totalizando 39,17% dos votos válidos.

Ou seja, considerando que todo eleitorado do bolsa miséria votaram no Lula, tirando esses 20%, mesmo assim, Lula venceria a eleição.

Os 20% de miseráveis de 58 MIL de eleitores que votaram em Lula, daria algo em torno de mais 11 MIL. Outros 47 MIL seriam de ignorantes ou esses acharam em Lula uma manifestação do chamado VOTO ÚTIL?

Os mais de 730 mil votos de Maluf e os 660 mil votos de Ciro Gomes, as vitórias desses dois deputados com mais votos do país se deram por eleitores ignorantes ou votaram nesses porque acharam neles uma manifestação do VOTO ÚTIL? E a eleição do estilista Clodovil, foi um voto ignorante, de protesto ou aqueles 570 mil eleitores cansado de levar na bunda manifestaram "um VOTO ÚTIL" ao Clodovil porque este tem vasta experiência nisso?

Se tais argumentistas do tal comunismo e ideais valorosas do voto elegem através de eleições governos inconsistente, repleto de corruptos e ladrões, tendo estes a idéia de um voto útil ou do menos pior, então se conclui que esses mesmos argumentistas contribuem com seus votos, junto com ignorantes e miseráveis, aos acontecimentos desastrosos de uma saúde, educação e segurança pífias e se acabando a cada dia, além da impunidade dos tantos e tantos desvios de dinheiro público dos cofres da nação (nosso dinheiro, que sustentamos com impostos extorsivos a camarilha governamental nos três níveis: estadual, municipal e federal).

Por mais que os fatos ao oportunista continuísmo que estão aí na nossa cara e que sempre se apresentam em mais de trinta e tantas eleições nesses 20 anos de democracia, tais e tais considerações estão mais pra ovo cozido com fanta quente, e haja gazes!!!

Penso que no brasil eleitoral (isso mesmo, com minúsculas) não há povo, e sim, publico platéia de simpatizantes e fanáticos torcedores de figurinhas partidárias.

E já começo a pensar que somos inúteis funcionais acomodados eleitores do voto útil e do voto no menos pior.

O VOTO NULO não pegou e a uma manifestação de protesto como a QUEIMA DO TÍTULO DE ELEITOR EM PRAÇA PÚBLICA, tem tudo para não pegar. O povo vai a rua assistir, acompanhar e se interessa mais pelas manifestações da marcha da legalização da maconha, das paradas gay (cujas reivindicações legais ganham corpo a cada parada realizada) e das manifestação do MST que agora gozam de direitos trabalhistas.

Creio que a minha proposta da QUEIMA DO TÍTULO DE ELEITOR NUMA FOGUEIRA EM PRAÇA PÚBLICA é muito mais que um SIMBOLOGISMO, seria uma forma de AGIR, seria uma atitude do imediato, do agora, do agir. Seria uma semente que deveria ser plantada na consciência da massa. Assim, dessa semente, poderia germinar outras ações que nos levassem a crescer nas atitudes do exercício de nossa cidadania, conquistando assim, o respeito que merecemos."

Se pelo menos uns 15% se prestassem a uma manifestação de protesto desta magnitude, pelo menos haveria uma ampla discussão, repito... pelo menos chamaríamos atenção para esses caminhos que estão levando a democracia brasileira. Chamaríamos atenção nos meios de comunicação para algo a ganhar força ao combate a impunidade e criações de medidas como, apenas para ficar no eleitoral:

- na promoção de uma PEC que forçasse a exigência por meio de lei da arrecadação de impostos e tributos de partidos políticos e das baciadas de igrejas existentes em cada município do país.

- a derrubar o nojento corporativismo das bancadas cristãs-evangélicos de padres e pastores do congresso, o exercício de atividade religiosa simultaneamente à atividade política, padres, pastores, bispos, sacerdotes, rabinos ou gurus que desejassem candidatar a cargos eletivos deveriam se afastar das funções religiosas que exercem até dois anos antes do pleito.

- cláusula de barreira exigindo um número mínimo de votos, nada menos do que uns 10% do total de votos válidos

- criação de uma lei que impeça a candidatura de qualquer cidadão que esteja respondendo algum processo, cível ou criminal.

- fim da impunidade com criação de leis mais duras e severas que obrigasse o corrupto a devolver tudo que roubou em esquemas de corrupção e desvios do dinheiro público.

E outras mais... Será que isso é sonho, ilusão ou tolices de um incomodado acomodado do teclado internético?

Enquanto não fizerem Reforma Eleitoral com justas medidas aplicáveis a mudar por completo este Sistema podre continuamos a votar nos 172 deputados desta atual legislatura que respondem a processo criminal. Isso significa 33% do Congresso Nacional como todo. Raras corporações abrigariam em seus quadros semelhante fatia de foras-da-lei. E ainda temos o tal quociente eleitoral que permitiu a volta dos tipos como: Waldemar Costa Neto, Genuíno-Cueca, prof. Luizinho, Palocci e tantos outros " afins". Depois de danças rebolativas e outras armações de absolvições, esses agora têm direito ao foro privilegiado.

Mas o certo mesmo é que Necessitamos de uma REVOLUÇÃO. Uma revolução que resgate valores e instituições, que desperte a consciência que há muito temos nos distanciados. Se procurarmos novamente um meio de plantio de ações, levando às massas o sentido justo do que é de nosso direito, talvez, comecemos alguma coisa no meio desse tudo. - Queimar o título de eleitor em praça pública, chamaríamos atenção nos meios de comunicação para algo a ganhar força a funcionar como meio de discussão e um protesto cívico e pacifico de interesses coletivos ao beneficio do povo, para o povo e com o povo a derrubar os detritos que garantem os interesses eleitorais escusos que formam desde corporativistas oligopólios a associações monopolizadoras desses interesseiros "lucros" nas fartas colheitas das urnas eleitoreiras.

Mas... já estou começando a pensar que somos inúteis funcionais eleitores do voto útil e do voto no menos pior.

E votar assim e nos discursos e nas plataformas que vão apresentar, VOTANDO, pergunto...

então qual é o instrumento que temos como um canal de cobrança e fiscalizador?

A internet que faz parecer que não somos inúteis funcionais?

Dizem que o "voto nulo é voto burro".

No regimento interno do Senado, do Congresso Nacional e das Câmaras Legislativa, diz que o Senador / Deputado presente no Plenário não poderá escusar-se de tomar parte na votação, salvo para registrar “abstenção”.

Escolhemos um Senador / Deputado para votar (aprovar ou derrubar) projetos nacionais ou estaduais, que são o não de interesse do povo.

Tal abstenção não seria como um voto nulo?

Para o eleitor, considera-se abstenção quando o cidadão simplesmente não comparece na sessão eleitoral para votar e nem para justificar.

Então, como chamaríamos quando um Senador / Deputado "simplesmente" não comparece nas votações do plenário?

Se abstendo de uma votação ou não comparecendo ao plenário, não estão esses "nobres" entregando o País aos mandos dos corruptos e incompetentes? Tal como escreveram os contras sobre a queima do título de eleitor a uma idéia de um tal Voto Útil.

E como considerar que: votamos num político o qual consideramos como íntegro, ou como disseram, entre os piores aquele que é menos ruim. E a cambada dos piores se elegem graças ao quociente eleitoral que elegeu 94% da atual legislatura, entre eles, 172 deputados ou 33% da casa que respondem processos criminais.

Senadores / Deputados se abstendo nas votações e não comparecendo ao plenário, quociente eleitoral.

Pergunto...

Já não estamos votando Nulo?

Leia também:

A questão é o Voto ou a Fé?

link: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/992484