ELEIÇÃO É BOM DEMAIS

Adoro eleições.

Sempre defendi que deveria haver eleições todos os anos.

Nos diferentes escalões e com o maior descasamento possível. Nada de coligações partidárias na votação proporcional.

Nenhuma mudança excepcional nos mandatos.

Quatro anos para Presidente, governador, prefeito, deputados e vereador.

Reduziria o mandato de Senadores para seis anos com eleições nos anos pares.

E extinguiria a figura do suplente. Na falta do eleito, entra o segundo colocado.

Exemplificando a idéia:

Em 2010 – presidente.

Em 2011 – governador

Em 2012 – prefeito.

Em 2013 – Um ano de folga. Dá tempo para o TSE dar uma limpada nas fichas. Usar um desinfetante, cloro, alvejante.

Junto com o presidente, elegeríamos os vereadores e um senador. Com o governador, deputados federais e com o prefeito, deputados estaduais e mais outro senador.

O outro senador?

Façam as contas. Dá certinho. Não encavala dois mandatos.

Mas, o mais interessante de muitas eleições é que, bem ou mal, obrigatória ou facultativa, eleição é muito bom.

Em época de eleição, mesmo o mais “apolítico e omisso” eleitor, que não sabe nem quem é o síndico, toma conhecimento de alguma falcatrua, de sacanagens, de crimes, desvios de caráter sigilosos.

Não fosse a imprensa.

Queira ou não, o verdadeiro trabalhador lê a manchete na banca de jornal enquanto espera o ônibus, escuta a chamada do telejornal no intervalo da novela.

Fica sabendo que compraram panetones com o dinheiro que era para as escolas, procura saber o que é aloprado, descobre porque não chega nem remédio, nem médico na sua cidade. Essas coisinhas do dia a dia que os picaretas fazem em suas maracutaias e afeta a vida de todo mundo.

Eleição não é circo, nem palhaçada.

Os donos do poder não querem que a população saiba da importância.

Que é preciso votar muito para aprender.

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 28/09/2010
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