Três tipos de líderanças

Direção Autocrática

O ditador não se importa em saber o que seus subordinados pensam. Ele os trata como simples lacaios, dando ordens que devem ser cumpridas sem discussão: faça isto, faça aquilo, é o lema do diretor.

É em geral uma pessoa irritável, brutal, colérica, egoísta e incapaz de compreender os outros.

Não tem, aliás, nenhum interesse para isto.

Muitas vezes trata o outro assim, porque ele mesmo foi criado de maneira ditatorial e reproduz, inconscientemente, a atitude de seus próprios educadores, ou, pelo contrário, foi criado com um mimo excessivo e acostumado desde cedo a mandar em todos, inclusive em seus próprios pais.

O dirigente autocrático provoca, em geral, revolta nas pessoas que ele dirige, ou, então, uma passividade completa que se pode resumir da seguinte maneira: “É melhor fazer o que ele quer, mesmo se eu achar que ele vai levar o empreendimento ao fracasso; não adianta discutir; a culpa será dele e não minha; também não vou fazer um pingo a mais do que ele me ordenar”.

Direção Laissez-faire

Em português, quer dizer deixar fazer. O lema deste grupo de dirigentes é: “deixa como está para ver como é que fica”. Em geral o dirigente desse tipo é uma pessoa muito insegura, que tem receio de assumir responsabilidades.

Ao contrário do outro que dava ordens, este não dá instrução alguma, cada um de seus auxiliares faz o que quer e como bem entende. Na divisão do trabalho, na repartição das responsabilidades, a confusão é completa. A sua direção gera atritos e desorganização entre seus funcionários.

Direção Liderada

A liderança é a direção na qual se procura concentrar toda a atenção sobre as atitudes e interesses dos subordinados que não são tratados como simples auxiliares, mas, sim, como colaboradores. O líder é a pessoa que procura dirigir com a cooperação, a participação espontânea e a boa vontade das pessoas que ele dirige. O líder não diz: “faça isto, faça aquilo”, mas, sim, “é preciso fazer isto, quer-me fazer um favor, nós temos necessidade de levar este trabalho para frente”, etc.

O líder considera o grupo mais capacitado em resolver os problemas do que ele sozinho. Respeita o homem e crê nele. Consegue a cooperação do grupo, pela sua competência, paciência, tolerância e honestidade de propósito. Não dá ordens; dá o exemplo, estimulando, em vez de ralhar. Toda a sua atenção está concentrada sobre o que o pessoal pensa; ele sabe obter o máximo de produtividade através do máximo de boa vontade. O líder consegue, graças a dois fatores principais, que são: a sua personalidade e a sua técnica de liderar.

Rogério de Sousa
Enviado por Rogério de Sousa em 02/11/2010
Reeditado em 07/01/2016
Código do texto: T2592394
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