QUÉRCIA MORRE NO HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS

Quércia morreu a 8 horas da manhã de hoje, depois de uma longa luta de cerca de dez anos contra o câncer de próstata. Orestes Quércia nasceu em Pedregulho, no interior de São Paulo, em 18 de agosto de 1938. O empresário foi vereador, deputado estadual, senador, vice-governador e governador do Estado de São Paulo. Construiu a maior parte de sua trajetória política dentro do PMDB, algumas vezes em oposição aos rumos da direção nacional do partido.

Quércia viveu com a família parte da infância nas cidades de Franca e de Campinas. Foi em Campinas, quando ainda era adolescente, que deu os primeiros passos na política estudantil, envolvendo-se no grêmio da Escola Normal Livre. Nesse mesmo período, trabalhou como repórter do “Diário do Povo”.

No governo paulista, Quércia investiu na reforma de estradas, construiu o Memorial da América Latina e criou a Secretaria do Menor. O político também atuou como empresário nos ramos imobiliário e de comunicação, além de investir no setor agropecuário. Após deixar o cargo de governador, Quércia foi presidente nacional do PMDB entre 1991 e 1993.

Em 2010, chegou a lançar candidatura ao Senado, mas em setembro, o peemedebista anunciou, por meio de carta, a desistência da candidatura.

“O motivo da desistência foi o diagnóstico do retorno de um tumor de próstata que havia sido tratado há mais de 10 anos. “Entendo que essa atitude, nesse momento, apesar de difícil, é a mais correta a bem dos interesses da Coligação, do meu Partido, do meu estado e meu interesse em recuperar minha saúde", diz Quércia na carta. Após a o diagnóstico, Quércia começou o tratamento com sessões de quimioterapia e ficou internado 36 dias, entre agosto e outubro.”

Começou na política em 1963, quando foi eleito vereador em Campinas pelo Partido Libertador. Filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) após o Ato Institucional nº 2. Pelo MDB, em 1966, foi eleito deputado estadual. Voltou para Campinas em 1969 para assumir a prefeitura da cidade.

Nas décadas de 70 e 80, Quércia tornou-se um dos políticos mais influentes no estado conquistando apoio de políticos do interior. Em novembro de 1974, venceu a disputa ao Senado. Em setembro de 1979, apresentou proposta de emenda constitucional convocando uma assembleia nacional constituinte. Em Campinas, no mesmo ano, fundou o “Jornal Hoje”, publicação posteriormente incorporada ao “Diário do Povo”.

Já no PMDB, em 1982, foi eleito vice-governador na chapa de André Franco Montoro. Em novembro de 1986, derrotou Paulo Maluf na disputa pelo governo do estado. Após a série de vitórias nas urnas que teve seu ápice no governo do estado, o peemedebista não venceu nenhuma outra eleição. Concorreu à Presidência da República em 1994, mas ficou em quarto lugar. Em 1998, tentou voltar ao governo de São Paulo, mas recebeu apenas 4,3% dos votos válidos. (Trechos extraídos do G1)

POR QUE QUÉRCIA ALIOU O PMDB AO PSDB CONTRA DILMA ROUSSEFF?

Enquanto o seu partido articulou uma aliança para a eleição de Dilma Rousseff, Quércia e o PMDB paulista ratificaram o apoio já estabelecido ao PSDB, que lançou José Serra como candidato.

Já ouviu falar de um pássaro preto chamado Chupim? Curiosamente o chupim possui um hábito que lembra muito os políticos do PMDB. O próprio partido em si é assim desde a época em que recebeu o apelido de “Oposição disfarçada”, ou seja, quando só podia existir dois partidos a ARENA era o partido do governo militar e o MDB era um tipo de oposição permissiva dentro do regime militar, era uma forma de os militares terem a certeza – e tiveram – de que nenhum dos cabeças desse partido os iriam incomodar nem contrapor aos seus projetos.

Foi no contexto do Regime Militar entre 1964 a 1985 que o PMDB tem sua origem como um partido que não veio para incomodar, mas para achar uma beirinha no poder e se acomodar ali. É por isso que enquanto em nível federal o PMDB resolveu apoiar Dilma, em nível estadual o PMDB resolve apoar quem tinha reais chances de ganhar as eleições, assim, seus integrantes garantiriam participação nos cargos eletivos e nos ministérios tanto em nível federal como em nível estadual. É assim que eles do PMDB jogam, eles fazem da política um meio para se beneficiar, e quem eles considerarem que tem mais chances de ganhar as eleições eles coligam. O PMDB é como o chupim!

O chupim é uma ave cuja característica se assemelha ao PMDB!

O chupim tem como hábito colocar seus ovos em outros ninhos já prontos para que outros pássaros os choquem, em ninho alheio, assim são chocados os ovos do chupim. Os ovos são de colorido uniforme e com a casca sem brilho, branco-esverdeados, vermelho-claros ou verdes, ou ainda com manchas e pintas, conforme a região geográfica. O período de incubação do vira-bosta é de 11 ou 12 dias. Alimenta-se de insetos e sementes. Segue o gado para capturar os insetos por ele deslocados Aprende a comer em comedouros artificiais de aves, a catar migalhas em locais públicos e a seguir arados para capturar minhocas e outros pequenos animais. É considerado uma praga agrícola, especialmente em arrozais do sul do país. É provavelmente a ave mais odiada do Brasil, principalmente por causa de seus hábitos reprodutivos parasitários, pois nunca cuida de seus próprios ovos, sempre os botando nos ninhos de outras aves para que elas criem seus filhotes.

Curiosidade

O hábito de fuçar nas fezes do gado a procura de sementes mal digeridas lhe confere seu nome popular vira-bosta. Também conhecido por maria-preta e chopim. É provavelmente a ave mais odiada do Brasil, principalmente por causa de seus hábitos reprodutivos parasitários, pois nunca cuida de seus próprios ovos, sempre os botando nos ninhos de outras aves para que elas criem seus filhotes. O tico-tico (Zonotrichia capensis) é muito parasitado e a adaptação vantajosa para o vira-bosta é a postura de seu ovo antes, ou no mesmo dia, do primeiro ovo do hospedeiro. Seu filhote, que é bem maior, nasce antes. Desta forma, pode eliminar do ninho seus companheiros tico-ticos ou receber mais alimento, tendo maior probabilidade de sobrevivência. (http://www.wikiaves.com.br./vira-bosta?s[]=chupim)

Conhecido no norte de Minas Gerais como Maria-preta, a ave também pode ser chamada de chopim ou chupim. Além de por seus ovos em ninhos alheios, os chupins chupam ovos das outras aves, devorando os filhotes. Esses caras perderam a habilidade de fazer seus próprios ninhos, e hoje tiram proveito dos ninhos dos outros. Não é uma ave que voa muito longe, possuindo uma conduta de vôo de duas formas: vôos curtos voltando para o local de partida e vôos curtos mudando de lugar; as duas formas com duração estimada inferior a 30 segundos. A ave costuma dar vôos curtos voltando para o local de partida podendo ou não repetir essa conduta várias vezes, e vôos batidos curtos, com o objetivo de mudar de lugar. Os chupins se utilizam de vôos curtos para deslocamento a curtas distâncias, apenas mudando a posição no gramado. Veja como a ave é parecida como o jeito como se comporta os partidários do PMDB. É por isso que não consistia numa ameaça aos militares na época da ditadura, hoje ainda eles continuam agindo da mesma forma parasitária de antes, nunca foram oposição, mas um meio de sufocar a própria oposição e favorecer o sistema. Assim, com essa atitude, eles compõem facilmente com qualquer partido, seja ele de direita, extrema direita ou de esquerda. Eles se infiltram aonde vê possibilidade de conseguirem uma boquinha no comando, seja do Estado de São Paulo onde apoiaram Alckmin ou no Governo Federal onde apoiaram Dilma. Eles só querem ministérios. É um partido light, e seus partidários são do tipo “venha o que vier, nós estaremos lá a qualquer custo”. Na ditadura esses zeros a esquerda nada fizeram para mudar aquele regime, por isso, assim que houve a abertura democrática quem era de esquerda correu ou para o PT ou para o PCdoB e outros partidos mais ligados à esquerda. O MDB era uma presença tímida. Praticamente só havia Arena no Brasil, aos poucos, entretanto, tendo agregado companheiros de ideais comunistas e socialistas de linha marxista, o MDB foi ampliando sua capacidade de fustigar a ditadura, nele havia desde liberais até comunistas, todos unidos com um propósito básico: acabar com o regime militar, restaurar a democracia no Brasil. Hoje basicamente não se sabe mais quem é de esquerda ou quem joga do lado da direita. Uma anomalia tomou conta dos nossos antigos militantes de esquerda, até mesmo os ex-guerrilheiros. Com a abertura democrática, ressurge o multipartidarismo, mas a esquerda é remendada, reconstruída numa espécie de laboratório, e o que vemos hoje é uma espécie de ser deformado, um frankstein feito com uma mistura ideológica confusa e difusa que acaba levando a acreditar que não existem mais partidos de esquerda no Brasil. A juventude, a sociedade perderam o seu o referencial de luta, os sindicatos, os movimentos organizados, todos perderam o referencial, por isso há quem sinta saudade da juventude dos anos 60 e 70. A partir de 1980 a esquerda acabou!

Quando pensamos que determinado líder é de esquerda, logo nos decepcionamos pelas propostas defendidas e pela maneira de se relacionar com os partidos declaradamente direitistas!